AGÊNCIA AMAZÔNIA (*)
BELÉM, PA – O senador Gilvam Borges (PMDB-AP) se reuniu na semana passada com a governadora Ana Júlia Carepa (PT), no Palácio dos Despachos – sede do governo – para debater o sistema hidroviário na Amazônia. Borges pediu-lhe apoio ao projeto de construção da Hidrovia do Marajó. O senador também convidou a governadora para assistir ao carnaval em Macapá, onde uma escola de samba vai homenagear a cultura paraense. “A obra é fundamental para o desenvolvimento da região”, afirmou Ana Júlia. Ela prometeu “total apoio ao projeto”. Quando concluída, a hidrovia reduzirá à metade o tempo de viagem entre Belém e Macapá. Prevê-se ainda que essa possa impulsionar o turismo na Amazônia.
12 mil Km navegáveis
O senador Borges propôs reunião entre Ana Júlia Carepa e o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT). O encontro está previsto para março deste ano, em local a ser definido. A malha hidroviária brasileira tem uma série de gargalos a enfrentar para se tornar mais eficiente e saltar dos atuais 12 mil quilômetros de vias navegáveis para 43 mil Km. É o modal de transporte mais barato e menos agressivo ao meio ambiente. Com mais investimentos, os trechos navegáveis podem praticamente dobrar a extensão. A Hidrovia Guamá-Capim, no Pará, por exemplo, pode ganhar mais 700 Km.
Pobreza e estagnação
Marajó se sustenta numa economia estagnada: cerca de 90% da população é pobre. O analfabetismo e o baixo grau de escolarização em todo o arquipélago, especialmente em Anajás, exibem números preocupantes: a taxa de alfabetização de somente 50,63%, a menor de todo o Marajó, e uma taxa de freqüência bruta à escola de 57,37%. Tanto na pesca da piramutaba como na do camarão, o desperdício alcança níveis absurdos e intoleráveis que causam espanto organizações ambientalistas, cientistas, e o próprio governo. A foz do Amazonas é altamente piscosa, para cada quilo de piramutaba ou de camarão pescado, são coletados também, como fauna acompanhante, pelas redes de pesca, de três até sete quilos de outras espécies de peixes, que, já mortos, são lançados às águas sob alegação de que não tem mercado de consumo, ou que sua captura não é econômica para empresa pesqueira. O fato chegou ao conhecimento do falecido Papa João Paulo II, por ocasião da visita do Bispo do Marajó. O papa ficou profundamente impressionado pela desumanidade do fato e pelo atentado criminoso à natureza.
(*) Com informações da Agência Pará e Arquivo da Agência Amazônia.
BELÉM, PA – O senador Gilvam Borges (PMDB-AP) se reuniu na semana passada com a governadora Ana Júlia Carepa (PT), no Palácio dos Despachos – sede do governo – para debater o sistema hidroviário na Amazônia. Borges pediu-lhe apoio ao projeto de construção da Hidrovia do Marajó. O senador também convidou a governadora para assistir ao carnaval em Macapá, onde uma escola de samba vai homenagear a cultura paraense. “A obra é fundamental para o desenvolvimento da região”, afirmou Ana Júlia. Ela prometeu “total apoio ao projeto”. Quando concluída, a hidrovia reduzirá à metade o tempo de viagem entre Belém e Macapá. Prevê-se ainda que essa possa impulsionar o turismo na Amazônia.
12 mil Km navegáveis
O senador Borges propôs reunião entre Ana Júlia Carepa e o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT). O encontro está previsto para março deste ano, em local a ser definido. A malha hidroviária brasileira tem uma série de gargalos a enfrentar para se tornar mais eficiente e saltar dos atuais 12 mil quilômetros de vias navegáveis para 43 mil Km. É o modal de transporte mais barato e menos agressivo ao meio ambiente. Com mais investimentos, os trechos navegáveis podem praticamente dobrar a extensão. A Hidrovia Guamá-Capim, no Pará, por exemplo, pode ganhar mais 700 Km.
Pobreza e estagnação
Marajó se sustenta numa economia estagnada: cerca de 90% da população é pobre. O analfabetismo e o baixo grau de escolarização em todo o arquipélago, especialmente em Anajás, exibem números preocupantes: a taxa de alfabetização de somente 50,63%, a menor de todo o Marajó, e uma taxa de freqüência bruta à escola de 57,37%. Tanto na pesca da piramutaba como na do camarão, o desperdício alcança níveis absurdos e intoleráveis que causam espanto organizações ambientalistas, cientistas, e o próprio governo. A foz do Amazonas é altamente piscosa, para cada quilo de piramutaba ou de camarão pescado, são coletados também, como fauna acompanhante, pelas redes de pesca, de três até sete quilos de outras espécies de peixes, que, já mortos, são lançados às águas sob alegação de que não tem mercado de consumo, ou que sua captura não é econômica para empresa pesqueira. O fato chegou ao conhecimento do falecido Papa João Paulo II, por ocasião da visita do Bispo do Marajó. O papa ficou profundamente impressionado pela desumanidade do fato e pelo atentado criminoso à natureza.
(*) Com informações da Agência Pará e Arquivo da Agência Amazônia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário