Os laços entre Brasil e Líbano vão além do comércio, em função da forte presença de libaneses e seus descendentes no Brasil. Estima-se que existem no Brasil mais de seis milhões deles. O ministro da Indústria e do Comércio Miguel Jorge , que é de origem libanesa, indicou que o Brasil "tem mais de 30 congressistas dessa origem, além de outros cinco ministros". Esses descendentes formam no país o maior núcleo de imigrantes libaneses do mundo. O grande incentivador para que, em meados do século XIX , se iniciasse um intenso movimento do Líbano para o Brasil foi o imperador D. Pedro II, a partir de sua visita ao país árabe em 1876. Mas as relações comerciais entre o Brasil e o Líbano "são muito pequenas", confessa o ministro da Economia e Comércio do Líbano , Mohammad Safadi. Porém, assegura que "tem um enorme potencial para crescer". No ano passado, por exemplo, os brasileiros faturaram US$ 310 milhões no comércio com os libaneses, principalmente com vendas de carne bovina, gado em pé, café e ferro. Já o Líbano exportou US$ 1,4 milhão ao Brasil, com produtos como monofilamentos de plástico, mármores e maquinas para panificação.
Para intensificar o comércio bilateral, o ministro Miguel esteve na semana passada no Líbano com uma comitiva de 86 empresários brasileiros participando de várias rodadas de negócios com cerca de 460 empresas libanesas. Com o ministro Safadi, Jorge assinou um memorando de entendimento para estabelecer um comitê conjunto destinado a fortalecer os laços comerciais e de investimento entre os Estados. Dentre os objetivos o de proporcionar às empresas brasileiras maior acesso às vantagens e garantias que o governo libanês oferece para investidores estrangeiros atuarem no país. E, também, ampliar a cooperação técnica entre o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o Libnor, órgão similar do Líbano. Na ocasião, o ministro libanês ponderou aos empresários brasileiros que seu país "tem zonas francas, de onde os produtos saem livre de taxação, podendo beneficiar as empresas brasileiras : o Líbano é o portão de entrada para o mundo árabe", defendeu Safadi, lembrando que o seu país é uma boa base para vender à região.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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