O impacto das inovações tecnológicas traz uma nova legitimidade para a democracia, ao tornar mais próximos o Poder Legislativo e a opinião pública. A análise é do presidente do Senado, José Sarney, que participou, na manhã desta sexta-feira (23), de reunião destinada a definir um novo posicionamento estratégico para a Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal (Secs).Após deixar a reunião, Sarney foi entrevistado pelos veículos de comunicação do Senado. Indagado sobre a relação de tudo aquilo que ali se discutia com a democracia, ele respondeu:
- Isso tem um impacto extraordinário, porque estabelece outros tipos de legitimidade. Não só a legitimidade da eleição, mas também a legitimidade que se processa eleitoralmente, através da opinião pública, que passou a ser um novo interlocutor da sociedade democrática. Essa opinião pública passa a opinar diariamente, a participar e a agregar um sentido representativo.
- Onde o senhor acha que isso vai nos levar? - indagaram os repórteres.
- Esse é um passo muito importante, que mostra que a Secs, como é sua marca, está mostrando sua atualização e, com isso, o desejo de participar do futuro, com planejamento. E, ao mesmo tempo, está mostrando o desejo de saber o que vai fazer, o que vai acontecer, de como nós podemos melhor servir ao Brasil e ao Senado nesse tempo de mudança nas comunicações.
Definindo essa tarefa como extraordinária, Sarney disse que a Secs tem uma equipe excepcional, ocupada em manter os serviços de comunicação como uma referência nacional. Essa iniciativa de planejar estrategicamente para o futuro, em sua opinião, é uma providência destinada a preparar o Senado para novos desafios.
Questionado sobre como esses serviços podem melhorar, ele disse que a comunicação agora tem um caminho aberto, que é a comunicação em rede, da informação em tempo real.
- A internet veio realmente modificar tudo isso, porque o conceito de rede é justamente o de que, quanto mais cresce, mais ela se amplia autonomamente, alcançando toda a população, numa interação não somente entre os veículos e a sociedade, mas também entre os componentes da sociedade - disse.
Teresa Cardoso / Agência Senado
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