quinta-feira, 1 de abril de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA
(Se você não teve tempo hoje de ler os principais jornais do País, leia-os agora a noite)

Petista se despede com 'até breve'; tucano contesta fama de sisudo. Líderes nas pesquisas sobre a disputa pela Presidência, a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra deixaram ontem seus cargos com criticas indiretas ao grupo político adversário. Ao discursar na cerimônia de troca de ministros, Dilma, que deixou a Casa Civil para disputar o Planalto, elogiou o governo Lula e atacou a oposição: "Aqueles que lamentam, os viúvos do Brasil que crescia pouco, (o Brasil) da estagnação, fingem ignorar que esta mudança é substancial. Têm medo." Emocionada, ela se despediu dos colegas em tom otimista e deu-lhes um "até breve". Em seu lugar, assumiu Erenice Guerra, a secretária polêmica acusada de elaborar o dossiê sobre gastos com cartão corporativo do governo FH. Serra, que fica no cargo até amanhã, fez um discurso de críticas veladas ao governo federal. Disse que os governos, como as pessoas, têm caráter. E afirmou que sua gestão não cultivou escândalos de corrupção nem roubalheiras: "Nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito." (págs. 1 e 3 a 12)

FOLHA DE S. PAULO
SERRA CRITICA ROUBALHEIRA, E DILMA , VIUVOS DA ESTAGNAÇÃO

Tucano e petista deixaram ontem seus cargos para disputar Presidência. Os pré-candidatos do PT e do PSDB à Presidência, Dilma Rousseff, 62, e José Serra, 68, atacaram as gestões dos adversários nos discursos em que se despediram dos seus cargos (Casa Civil federal e governo paulista). Na saída do Palácio dos Bandeirantes, Serra afirmou que em seu governo não se cultivou a "roubalheira" nem se incentivou "o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito". O tucano não mencionou nominalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o escândalo do mensalão. Dilma chamou de "viúvos da estagnação" os opositores à gestão petista e disse que o povo não aceitará "migalhas". "Nós nos orgulhamos de ter participado do governo Lula. Não importa perguntar por que alguns não têm orgulho dos governos de que participaram. Devem ter seus motivos." Professores grevistas da rede estadual de São Paulo voltaram a bloquear a avenida Paulista e a atacar Serra, no que chamaram de "bota-fora" para o tucano. (págs. 1 e Brasil)

Na despedida do cargo, os principais pré-candidatos delineiam o eixo da campanha à Presidência. Os dois principais pré-candidatos à Presidência deixaram o cargo e delinearam o eixo da disputa na campanha: enquanto a ex-ministra Dilma Rousseff pregou a continuidade da obra do presidente Lula, o ex-governador José Serra disse que "o Brasil pode mais". A petista atacou o governo de FHC, chamando os tucanos e os demais partidos de oposição de "viúvos da estagnação". Para Dilma, os opositores do governo "não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso, tem certeza de que sua vida mudou e não aceita mais migalhas". Segundo a ex-ministra, no governo de Lula "o povo é o centro das nossas atenções". Já o ex-governador evitou críticas a Lula e preferiu enfatizar o que diz ter feito por São Paulo, como a criação de empregos e os investimentos. Serra afirmou que seu governo é "popular" e, numa comparação indireta com a administração petista, sublinhou que fez uma gestão “ética”: “O governo tem de ter honra. Assim falo porque aqui não se cultivam escândalos, malfeitos ou roubalheiras". (págs. 1 e Nacional A4 a A8)
JORNAL DO BRASIL
CAMPANHA EM CLIMA DE DUELO

A cerimônia de posse dos novos ministros deu o tom da campanha. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado ao principal rival do PT, o tucano José Serra. "Quem dorme até as 10 horas e busca apoio de formadores de opinião pública terá de pôr o pé no barro para me derrotar", afirmou Lula. De São Paulo, ao sair do governo estadual, Serra reagiu: "Aqui não se cultivam escândalos, malfeitos ou roubalheiras". (págs. 1 e País A5, A6 A8 e A9)


Truculência dos motoristas se impõe sobre a faixa de pedestre em Brasília. Símbolo de civilidade no trânsito, a faixa de pedestre se apaga lentamente da consciência dos brasilienses. As estatísticas do Detran-DF apontam um crescimento preocupante no número de casos fatais nos pontos de travessia. Os dados referentes ao primeiro semestre de 2009 dão o alerta: seis mortos, quase o total de vítimas registrado em 2008. Nas ruas, exemplos de desrespeito são frequentes. Às 11h de ontem, na região central de Brasília, um carro avançou na pista enquanto uma mulher com duas crianças utilizava a faixa. A infração ocorreu a poucos metros de um policial militar. Às 12h13, graças à interferência de grupos de teatro, formou-se o cenário ideal: os carros aguardavam a passagem do grupo. A partir de maio, a fiscalização promete mais rigor. O motorista flagrado paga multa de R$ 191 e ganha sete pontos na Carteira de Habilitação. Especialistas ouvidos pelo Correio afirmam que campanhas educativas constantes e medidas de engenharia de trânsito são imprescindíveis para manter vivo o respeito à faixa. A capa da edição de 23 de janeiro de 1998, reproduzida abaixo, sinalizava a necessidade de se dar o bom exemplo nas pistas. (págs. 1, 34 e 35)


VALOR ECONÔMICO
EMPRESAS PAGAM MENOS DIVIDENDOS

s acionistas receberam menos dividendos em 2009, um ano de crise. Segundo dados dos balanços anuais divulgados em março, o total pago por 250 empresas abertas aos investidores, excluindo a Petrobras do cálculo, caiu de R$ 57,849 bilhões em 2008 para R$ 51,531 bilhões no ano passado, um recuo de 10,92%. Os números refletem o esforço de algumas empresas em segurar os dividendos para reforçar o caixa e enfrentar a crise, que secou as linhas de crédito durante boa parte do ano. Apesar de terem acumulado lucros ao longo de 2008, elas resolveram segurá-los. A Petrobras contrariou a regra ao distribuir R$ 15,4 bilhões, quase o triplo dos R$ 6,2 bilhões de 2008. A crise pesou no bolso dos acionistas, que receberam menos dividendos no ano passado. Segundo dados dos balanços anuais divulgados no mês passado, o total pago por 250 empresas abertas aos investidores, retirando Petrobras do cálculo, caiu de R$ 57,849 bilhões em 2008 para R$ 51,531 bilhões em 2009, um recuo de 10,92%. Os números refletem o esforço de algumas empresas em segurar os dividendos para reforçar o caixa e enfrentar a crise, que secou as linhas de crédito durante boa parte do ano. Assim, apesar de terem acumulado lucros ao longo de 2008, antes da crise, que poderiam ser distribuídos em 2009, elas resolveram segurá-los. A Petrobras contrariou a regra geral ao distribuir no ano passado R$ 15,4 bilhões, quase o triplo dos R$ 6,2 bilhões de 2008. Se incluída na mostra, ela reverteria o saldo do ano. Uma explicação é o fato de o dividendo da estatal ser importante para reforçar o caixa do governo federal em um ano de crise e redução de impostos.

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