quarta-feira, 7 de abril de 2010

Papaléo cobra a contratação de aprovados em concurso da Polícia Federal

O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) cobrou nesta terça-feira (6) a nomeação de 74 candidatos habilitados em todas as fases de concurso realizado no fim do ano passado para agente da Polícia Federal. Um dos obstáculos ao aproveitamento dos habilitados, identificados pela Comissão Nacional dos Aprovados no Concurso para Agente de Polícia Federal (CNAPF), segundo o senador, está no gabinete da própria superintendência da PF.
Papaléo lamentou que setores importantes da Polícia Federal estejam dificultando a contratação desses jovens, "que foram rigorosamente submetidos a provas de conhecimento intelectual e físico, sendo aprovados em um concurso de âmbito nacional". Mais difícil de entender ainda, conforme disse, "é saber que a instituição está em crise por falta de pessoal, precisando urgentemente desses agentes, mas sua direção não assume a defesa da nomeação".
Para o senador, a convocação desses candidatos torna-se indispensável para melhorar o desempenho da Polícia Federal, "que convive hoje com a falta de mais de 1.700 agentes para tornar mais eficiente seu combate ao crime organizado".
- Além de tudo, é inquestionável que a Polícia Federal precisa estar preparada para atuar nos dois megaeventos que o Brasil vai realizar nos próximos seis anos: a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016.

Fronteira

Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) observou que um dos grandes problemas da Polícia Federal é a falta de efetivo. O senador disse que seu estado tem uma extensa fronteira com países como a Guiana e a Venezuela completamente desguarnecida. Essa fronteira, segundo ele, só dispõe de Polícia Federal em um ponto, na BR-174, próximo à Venezuela.
Papaléo Paes disse que a Polícia Federal não dispõe de quadros suficientes, na Amazônia, para monitorar todo o ecossistema. Como exemplo, disse que navios com bandeiras da Índia, Libéria, Grécia, Noruega e Panamá quase sempre partem dos portos da região com cargas irregulares de minérios, de espécies animais e plantas. O mesmo acontece, conforme o senador, com milhões de litros de água doce que são levados dos rios amazônicos por essas embarcações.

Da Redação / Agência Senado

Leia o discurso na íntegra...

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