Quarta-feira, 08 de outubro de 2008
Confira os destaques dos jornais do Amapá e do Brasil. Se você não teve tempo para ler as notícias de hoje, clique nos links logo abaixo das matérias para lê-las no clipping do Ministério do Planejamento, sem que seja necessário que se cadastre. Publicaremos esta seleção todos os dias entre 19h00 e 21h00. Nos finais de semana os links com as matérias completas serão da Radiobras, que exige cadastro. Para o Amapá, serão disponibilizados os links para os sites dos jornais do Estado.
Câmbio em alta afeta a produção na Zona Franca
Monitor Mercantil
A disparada do câmbio já começa a paralisar a produção e as vendas da indústria de aparelhos eletroeletrônicos e motocicletas. No Pólo Industrial da Zona Franca de Manaus (AM), a Moto Honda, fabricante de motocicletas, e a Elgin, que produz eletroeletrônicos, comunicaram o Sindicato dos Metalúrgicos que darão férias coletivas, segundo informa o secretário do sindicato, João Brandão. Ele conta que a Honda dará férias coletivas de 20 dias, a partir da próxima segunda-feira a 4,8 mil funcionários. A Elgin planeja férias coletivas de 25 dias 200 funcionários, a partir de quarta-feira da semana que vem. "Todas os grandes fabricantes de eletroeletrônicos já sinalizaram para a diretoria do sindicato dos metalúrgicos que darão férias coletivas. Eles ficaram de confirmar a decisão na sexta-feira", afirma Brandão.
De acordo com o sindicato, a Sony teria demitido 100 trabalhadores na terça-feira, enquanto a Honda e a Elgin não descartariam demissões no retorno das férias coletivas.
Monitor Mercantil
De acordo com o sindicato, a Sony teria demitido 100 trabalhadores na terça-feira, enquanto a Honda e a Elgin não descartariam demissões no retorno das férias coletivas.
Monitor Mercantil
PT acena apoio político a Roberto Goés
Jornal do Dia
Enquanto o PC do B sai na frente fechando apoio ao candidato Roberto Góes (PDT), os diretórios municipal e estadual do PT no Amapá deverão bater o martelo hoje sobre o assunto. Porém, o que tudo indica é que o Partido dos Trabalhadores vai mesmo apoiar o candidato pedetista. Na manhã de ontem, o Jornal do Dia recebeu a visita do prefeito reeleito de Santana, Antônio Nogueira, que falou sobre a vitória nas urnas, os acontecimentos ocorridos no final da contagem dos votos em frente ao Fórum daquele município, os projetos para o próximo mandato, e ainda, sobre o rumo que o Partido dos Trabalhadores deverá tomar com relação a capital, que terá novo momento de voto no segundo turno.
PT acena apoio a Góes
Ainda nas conversas
Jornal do Dia
Os candidatos que vão disputar o segundo turno no dia 26 de outubro já estão autorizados a fazer propaganda, de acordo com a legislação eleitoral, com a distribuição de material, realização de comício e promoção de carreata. Assim como no primeiro turno, a propaganda pode ser realizada até a véspera da eleição, com exceção dos comícios, que só podem ser feitos até o dia 23. No segundo turno, continua proibida a distribuição de brindes como camisetas, broches e bonés. A propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV do segundo turno pode começar a partir de 48 horas da proclamação do resultado do primeiro turno. O último dia para que esta propaganda comece é 13 de outubro. Os juízes eleitorais têm até o próximo dia 11 para proclamar o resultado da primeira votação. No segundo turno, as regras para distribuição do tempo da propaganda são diferentes do primeiro. A propaganda será exibida todos os dias, inclusive aos domingos, e o tempo é igual para os dois candidatos. Cada concorrente terá dez minutos em cada um dos dois programas diários. No rádio, a propaganda gratuita será veiculada às 7h e às 12h. Na televisão, será às 13h e às 20h30m, considerando o horário de Brasília. Cada candidato vai contar ainda com 15 minutos diários para fazer propaganda por meio de inserções de até um minuto. Como podemos ver, tudo já está definido, porém, a única coisa que ainda não se define em Macapá são os apoios políticos que deverão surgir rumo ao segundo turno. As conversas estão intensas nos bastidores da vida política. Resta saber, quem vai dar o segundo passo.
Ainda nas conversas
Debate marcado
Jornal do Dia
Debate marcado
A TV Amapá já tem data para o debate entre Camilo Capiberibe (PSB) e Roberto Góes (PDT), que disputam em segundo turno o cargo de prefeito de Macapá. Será dia 24, informa Arilson Freires, chefe de jornalismo da emissora. Nos dias 14 e 15, Camilo e Roberto serão entrevistados no Jornal do Amapá, com cinco minutos para cada um. Outras emissoras de rádio e TV não anunciaram a intenção de promover debates.
Pijama guardado
Para completar a composição do Conselho Especial da Justiça Militar, o governador Waldez Góes acaba de chamar da reserva os coronéis Helvio, Josemir, Aires, Marques e César Sena. A chamada é por tempo determinado, até acabar o julgamento de um processo que envolve os coronéis Rodrigues e Walcir, suspeitos de terem livrado um policial militar do flagrante.
PT sem consenso
O PT reuniu ontem, mas ainda não houve consenso partidário em torno do candidato que terá o apoio da agremiação para a prefeitura de Macapá. O deputado Joel Banha e o vereador eleito Luiz Monteiro defendem apoio a Roberto Góes, até em função da participação petista no governo, mas tem gente dando pra trás, caso do prefeito Nogueira, de Santana. O martelo deve ser batido hoje.
Motivo da disputa
A decisão do prefeito Jorge Récio, de Cal çoene, em não aceitar no município a implantação de um projeto do empresário Francisco Odilon, levou Lucimar Lima, mulher de Odilon, a se candidatar ao cargo de prefeita. Isso ela disse aos radialistas José Caxias e Hildo Morais, do programa Acorda Cidade, da Rádio Cidade 101, na primeira entrevista como prefeita eleita. Lucimar obteve 2.068 votos, contra 1.404 de Récio.
Bar do Abreu
Nesta sexta-feira tem festa na Avenida FAB. É para comemorar os 26 anos do Bar do Abreu, tido como o ponto mais democrático de Macapá. O aniversário foi antes, mas a festa acabou adiada por conta do primeiro turno da eleição municipal. Zé Ronaldo promete o show de sempre.
Fila do desemprego
Dos sete vereadores (Maria Góes, Moisés Alcolumbre, Oliveira de Jesus, Valter Vieira, Roldão Brito, Alceu Filho e Dílson Ferreira) que não conseguiram se reeleger para a Câmara Municipal de Macapá, a maioria começa a demitir se us assessores e a arrumar as gavetas. Vão cumprir o restante do mandato apenas para votar a lei orçamentária de 2009, algum projeto que possa ser mandado pelo prefeito, e o valor do salário do próximo prefeito e vice.
Interdição suspensa
O juiz convocado Constantino Brahuna, no Tribunal de Justiça do Amapá, suspendeu a interdição da cozinha da penitenciária do Estado, que havia sido determinada pelo juiz Reginaldo Andrade, da Vara de Execuções Penais. A cozinha do Iapen foi " condenada" pela Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado. A direção do Iapen alegou que o tempo dado pelo juiz da Vara não seria suficiente para concluir o trabalho.
Greve dos policiais
A greve que os policiais civis do Amapá realizaram no ano passado continua rendendo. O corte no ponto dos grevistas, feito pelo governo, foi considerado ilegal pela Justiça, que mandou o Estado pagar. O governo recorreu e perdeu no agravo de instrumento interposto. Agora voltou a perder no recurso especial, que teve seguimento negado pelo desembargador Mello Castro. Os recursos têm sido contra o Sinpol.
Projeto vetado
De autoria do deputado Paulo José, foi vetado por inteiro pelo governador Waldez Góes o projeto de lei que obrigava o Tribunal de Justiça do Amapá a inserção de inscrição " Prioridade Especial - Maior de 65 anos de Idade" , em processos judiciais. Na mensagem de veto, o governador diz que a competência para formular a proposta é do Tribunal de Justiça, e não do legislador.
Cobrança derrubada
Publicação feita recentemente mostra que o empresário Gilberto Laurindo, presidente da ACIA, conseguiu derrubar na Justiça a cobrança da taxa de marinha de um imóvel na Rua Jupati, bairro do Trem. A cobrança vinha sendo feita pela Secretaria do Patrimônio da União. Os autos do processo foram remetidos ao Tribuna l Regional Federal da 1ª Região, Brasília.
Troca de vice?
Que ninguém se espante se nesta reta final de campanha ocorrer troca de um candidato ao cargo de vice-prefeito de Macapá. O sinal de fumaça já foi enviado, mas um grande cacique partidário está segurando as pontas. Não se sabe se agüenta até dia 26.
Respingando
Euforia no PMDB
Carlos Chagas
Tribuna da Imprensa
Montados nas eleições de domingo, os cardeais do PMDB celebram o fato de que logo aumentarão a pressão sobre o presidente Lula para o partido indicar o candidato à vice-presidência, na chapa liderada pelo PT, para 2010. O PMDB cresceu em número de prefeitos, vereadores e de votos. Mesmo continuando a apoiar quem o presidente Lula apresentar, sentem-se no direito de reivindicar o companheiro. A fulanização começa a dominar as conversas. O presidente Michel Temer pretende atuar como coordenador, ou seja, exclui-se liminarmente da disputa. Até agora se fala em Nelson Jobim, atual ministro da Defesa, escolha que muito agradaria o presidente Lula, mas outras opções surgirão. Por que não o governador Roberto Requião? Ou a senadora Roseana Sarney? Estão excluídos, obviamente, os líderes que adotam posição de independência diante do Palácio do Planalto, como Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon.
Carlos Chagas
A crise financeira já é crise econômica
Helio Fernandes
Tribuna da Imprensa
O dinheiro do contribuinte é usado para "salvar" o contribuinte
A crise financeira se agrava e já penetra no que se define como crise econômica. E alguns economistas chamam de RECESSÃO ou DEPRESSÃO. As definições são várias, muitas, dispersas, mas quem sofre mesmo é o trabalhador e a classe média. Existem vários limites para enquadrar o que é classe média, mas qualquer que seja a forma de colocá-la se chega a quem trabalha.
Por que na Europa e nos Estados Unidos estão GARANTINDO os depósitos dos clientes? Alguns países em 50 mil euros, outros em 50 mil libras, 50 mil dólares. São totais diferentes, mas nenhuma generosidade. Os governos estão com medo de quebradeira total, de queda de consumo e portanto da produção. Isso chegaria a tudo e a todos.
A falta de crédito atingiria setores INIMAGINÁVEIS e SURPREENDENTES. Um só exemplo: o ENGARRAFAMENTO do trânsito no Brasil, de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e outras. Como isso acontece? Em SP estão sendo jogados no trânsito, diariamente, 800 carros. No Rio, a metade. Por quê? Elementar.
As fábricas de automóveis (montadoras) descobriram que financiar carros é tão lucrativo quanto produzi-los. Então se transformaram em BANCOS, diretos ou indiretamente. Hoje ninguém mais COMPRA carro à vista nem as concessionárias se interessam em VENDER. O cidadão chega numa concessionária para adquirir um carro em algumas prestações (antigamente eram 12, no máximo), é imediatamente CONVIDADO ou INDUZIDO a comprar em 60 ou 72 vezes.
Todos precisam de carro, para se locomover ou trabalhar. Olham as prestações, concluem: "Posso pagar". Esquece ou nem pensa que ficará 5 ou 6 anos pagando, o carro envelhece, o cidadão também, mas tem que continuar pagando. As empresas passam a ganhar duas vezes, com a produção e o juro. Este é ao mesmo tempo a maldição e a felicidade do capitalismo. Isso acontece em outros setores.
Só que essas transações são feitas em tempos normais, sem crise. Quando tudo é transformado em cassino, os governos são obrigados a usar terminologia falsa e dizer: estamos ESTATIZANDO ou NACIONALIZANDO tudo. "Menas" verdade.
Ontem, a jogatina começou fulgurante. Com 5 minutos de pregão, lá na matriz e aqui na filial, o dólar bem alto, as bolsas bem baixas.
Dólar a 2,45, mais 6%. Bovespa menos 3,66, na casa dos 38 mil. O Dow já em queda de quase 3%, querendo descer dos 9 mil.
Com meia hora de jogatina, o pano verde mostrava a Bovespa com queda de 5,68, já abaixo de 38 mil. O Dow melhorava, caía 2%.
Ao meio-dia, o Banco Central já havia feito "intervenção direta" no mercado de dólar, por três vezes seguidas. O que é isso? Simples.
O BC vendeu dólares papel e não como antes, dólar "swap", ou empréstimo. Agora o BC participou da jogatina com DÓLAR DA RESERVA, IMPORTANTE.
Também vai comprar créditos de bancos pequenos, o que é medida acertada, mas agora, depois de não fiscalizar o FUNCIONAMENTO DOS CASSINOS.
13,44: o BC já colocara 2 BILHÕES de dólares papel de verdade. E não o dólar emprestado para ser devolvido a prazo certo. A Bovespa melhorou um pouco. Da queda de 5,68% na abertura, passara para menos 3,55%. Às 15,38 o dólar, que abrira com mais 6% em 2,45, vinha para 2,24, em menos 0,3%. Conclusão: o BC VENDEU dólares a 5 e 6 reais, a moeda estava quase inalterada. Valeu o prejuízo ou a venda? Às 16 horas, o Dow, que chegara a cair 3%, subia 1,20%, mas já subira 2%. A Bovespa passava de 40 mil pontos.
PS - O mercado é de OFERTA e de PROCURA. VENDEM, cai. COMPRAM, sobe. Precisa fiscalização, é muito dinheiro em dólar e ações. Nos últimos 30 minutos, o cassino abriu outra vez, reviravolta. O Dow, que subia 2%, fechou com queda de 2,20%. O dólar voltou a ficar acima de 2,30. A Bovespa caiu para 39 mil. JOGO, tudo é JOGO.
Coluna do Helio Fernandes
O Brasil no cenário do design internacional
Jorge Gerdau Johannpeter
Correio Braziliense
Presidente fundador do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e presidente do Conselho de Administração da Gerdau
O design de um produto tem uma importância fundamental: a combinação entre funcionalidade e aparência determina o seu sucesso ou fracasso. Exemplos não faltam — certamente o leitor, olhando ao redor, encontrará alguns facilmente. Desde um aparelho de televisão até um simples relógio, alguns produtos que nos cercam ganharam notoriedade e mercado, porque foram desenhados de maneira a cumprir suas funções da melhor forma possível, além de carregarem consigo atributos de beleza, modernidade, inovação, status e tantos outros que despertam o desejo do consumidor.
O Brasil no cenário do design internacional
O vôo da águia
Dad Squarisi
Correio Braziliense
O brasileiro elegeu quase 10% de mulheres. Contradição? Parece. Elas são 51,8% dos votantes. Exibem mais diplomas de nível superior que os homens. Tiram as melhores notas nos concursos públicos. Mas são gatos-pingados no parlamento, assembléias legislativas, câmaras de vereadores, palácios de governo. O pleito de domingo confirmou a regra. Dizia-se que era discriminação. Os partidos políticos não dariam oportunidade às mulheres. Veio, então, a lei das cotas. Na lista de postulantes de cada agremiação, deve haver gente de saia e gente de calças. Existe um percentual máximo (70%) e um mínimo (30%) de aspirantes de cada sexo a cargos proporcionais. Abertas as inscrições, cadê elas? Os partidos não conseguiram completar o número de candidatas. Por que a inapetência pelos palanques? As convictas alegam falta de vocação. As realistas afirmam não ter dinheiro pra sustentar a campanha. As casadas se queixam da indiferença do marido. As desligadas confessam não ter pensado no assunto. As pragmáticas declaram ter outras prioridades. As preconceituosas juram que política é coisa de homem. Reuniões intermináveis, conchavos, negociatas, conversas ao pé do ouvido… Ufa!
O vôo da águia
Lula pianinho
Correio Braziliense
Em tempos de crise, o presidente Lula já avisou aos partidos aliados que fará o possível para evitar marolas políticas capazes de comprometer a aprovação do pacote de medidas econômicas ou os futuros cortes orçamentários. Por causa da crise, e somente por ela, não fará gestos em prol de candidatos petistas que disputem com aliados. Até as gravações ele pretende dar uma desculpa para não deixar ninguém melindrado a ponto de querer votar contra o governo. Lula hoje só pensa nisso. Sabe que o seu maior teste político é atravessar essa crise entregando um país inteiro do outro lado, sem quebradeira. Ele não quer dar aos tucanos o gostinho de dizer que o PSDB soube navegar em águas turbulentas e o PT, não. Por isso, à exceção de São Paulo, dificilmente alguém verá Lula dar o ar da graça nos comícios pelo país afora. A hora é de comedimento, raciocínio e estudos. Não de palanques.
Lula pianinho
O (in)fiel da balança
Nas Entrelinhas
Correio Braziliense
Com a montanha de votos obtidos domingo, o PMDB ganhou muito mais poder para fazer o jogo de sempre
Um complicador nos balanços sobre quem é o vencedor das eleições municipais é que nem sempre é fácil saber de que lado estão os políticos e partidos no Brasil. Depende muito do referencial adotado. Vamos pegar o caso do PP como exemplo. O partido saiu das urnas com 547 prefeituras, o quarto melhor resultado entre todas as legendas. Quem ganha com isso? O PP é um dos partidos da base parlamentar do governo Lula e ocupa uma pasta estratégica, o Ministério das Cidades. Seria lícito supor que seu bom desempenho é uma vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas na imensa maioria das prefeituras conquistadas, o partido tem como grandes adversários o PT e outras legendas associadas ao campo da esquerda, como o PSB, PCdoB e PDT. Seus eleitores, em geral mais conservadores, se alinham politicamente com as forças de oposição ao governo. O PP vive um casamento de conveniência com o governo Lula e, portanto, com o PT e seus aliados. Um casamento que contraria sua história e programa. O que fará a legenda nas próximas eleições presidenciais? Dependerá das circunstâncias.
O (in)fiel da balança
Candidatura de Temer é lançada
Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense
PMDB escolhe, por aclamação, deputado de São Paulo para concorrer à Presidência da Câmara. Em discurso emocionado, ele fez uma defesa da Casa e criticou o Judiciário por interferências no Legislativo
O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), foi escolhido pela bancada federal da legenda para presidir a Câmara dos Deputados, ontem, em reunião que contou com a presença de 94 dos seus 96 parlamentares. Os caciques peemedebistas do Senado, inclusive o ex-presidente José Sarney (PM DB-AP), compareceram à reunião para endossar a candidatura de Temer, que recebeu ainda o apoio dos ministros da Saúde, José Gomes Temporão; das Minas e Energia, Edison Lobão; da Agricultura, Reinhold Stephanes; e da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), prestigiou o encontro e reiterou seu apoio à candidatura do peemedebista. A escolha foi feita por aclamação, uma vez que Temer era o único candidato inscrito.
Candidatura de Temer é lançada
TCU libera concurso da Câmara
Letícia Nobre
Correio Braziliense
Ministros do Tribunal de Contas da União aprovam parecer que julga não haver prejuízo para candidatos nas irregularidades avaliadas. Próximas etapas são retomar fases da seleção e concluir os exames
O Tribunal de Contas da União (TCU) protagonizou ontem o que pode ser um dos últimos capítulos da novela do concurso da Câmara dos Deputados. O relator do processo que mantinha suspensos 11 cargos do concurso, Benjamim Zymler, anunciou o parecer diante do plenário cheio de expectativas. Ele não acatou a argumentação do Ministério Público da União e do relatório técnico do TCU e considerou que não houve prejuízos aos candidatos nas irregularidades apontadas. Seu relatório foi aprovado pelos demais ministros do tribunal. Além de criticar a falta de uma lei que regulamente o concurso público, Zymler fez uma série de recomendações à Fundação Carlos Chagas (FCC) para que se reduza o que chamou de “desvios da subjetividade” na elaboração das regras de concursos.
TCU permite que Câmara conclua processo de seleção
Carta às jovens mulheres
Renivaldo Costa
Diário do Amapá
Aenditos os navegantes de antigamente que acreditavam que a terra acabava na linha do horizonte, de onde cairiam, mas que nunca deixaram de lançar seus frágeis barcos nesta direção, bendito os que pintaram segredos nas cavernas acreditando que um dia seriam lidos ainda que sequer soubessem se haveria amanhãs, benditos os catingueiros da aridez do sertão, tocados pelas sete adagas de anjo, que nunca se mudam de sua terra porque não hesitam, nunca duvidam que o tempo da chuva e dos ventos será alcançado. Benditos os que não deixam de semear suas roças, ano após ano, sem praguejar contra os deuses ou a sorte, sem deixar de preparar suas forças para fazer novamente, com mais cuidado e mais esperanças, as leiras do inverno que ainda vem. Bendito os que não tiram os céus dos olhos. Os que confiam. Os que acreditam na própria imensidão. Bendita as cartas de Maria do Alcoforado, bendito Shakespeare e seu soneto CXVI, Romeu e Julieta, Othelo e Desdemôna, bendito meu coração que envelheceu sem ceder ao inverno. Maldito Shakespeare, maldito meu coração, que envelheceu, com a cobiça do impossível. Agora que são outros os anéis de Saturno, que a lua não tem segredos e dragões, que domaram o sal do mar e tudo é substituível, como amar uma mulher se ela não acredita em eternidades? Que na vastidão de seu peito, não guarde a intensidade dos que amam desesperadamente e para sempre, dos que se inscrevem feito escrito antigo na pedra da caverna para ser lido em outras vidas e outros reencontros? Ou que acredita que o amor pode ser uma viagem longa e encantadora, mas com cais de ancoragem e retorno? As que duvidam que o amor maior de todos, não tem margem de contornos, nem rotas alternativas, nem tábuas de salvação. Como amar quem não se reconhece nas próprias escolhas, sem os disfarces do corpo e da alma? Como amar, hoje, as mulheres que admitem os finais e se conformam com esta possibilidade? Ah, maldito poeta que semeou ambições nas minhas vontades e este meu coração desmesurado que acredita na infinita permanência e sonha com a mulher de amor insensato...
Renivaldo Costa
Jornalista e professor
E-mail: tgmafra@gmail.com
Carta às jovens mulheres
O dia seguinte
Leonai garcia
Diário do Amapá
Passada a eleição de 5 de outubro, eis às portas a segunda etapa. Dia 26 deste mesmo mês, nova eleição. É o segundo turno em várias capitais brasileiras. Macapá no meio. O eleitor volta à urna para definir quem será o próximo prefeito da capital do Estado. Aqui, dois nomes na disputa: Roberto Góes (PDT) e Camilo Capiberibe (PSB). É hora de arrumar o desarrumado. O QG do candidato pedetista tem mais o que fazer. Os números paridos das urnas em 5 de outubro mostram a fragilidade do nicho azul em contraste com outros. Só não vê quem não quer. Por pouco o candidato da base do governo (Roberto Góes), aquele que tem apoio de 20 deputados estaduais, não é ultrapassado por Lucas Barreto (PTB), candidato de um grupo de voluntários e dono de um discurso convincente. O eleitor do candidato petebista foi convencido a votar, mais que isso, a mensagem produzida nos bastidores atraiu grande parte do voto dos indecisos e dos que se opõem à atual política de governo. Afinal, neste terreno ninguém é hegemônico. Há quem deposite, também, nessa conta, votos de simpatizantes do vice-governador Pedro Paulo Dias de Carvalho (PP), há pouco submetido a intenso bombardeio no plenário da AL por parte de parlamentares adversários. É a tal coisa: o terreno da política é escorregadio. Andar nele exige muito cuidado, equilíbrio. Qualquer passo em falso pode siginificar perdição Nem todos nasceram para a política. Muitos tentam, poucos têm êxito. A história é prenhe de exemplos. Há os que ousam entrar nessa arena munidos de apoios “firmes”. Ao menor descuido se esparramam. Quem habita o Amapá há algum tempo sabe que tem em gente expert em disseminar a desordem por onde passa. Briga familiar no poder; enfim, coisas que travam o desenvolvimento de uma sociedade. Está faltando competência aos marqueteiros do candidato Roberto Góes (PDT) para explorar desatinos cometidos contra o povo do Amapá, há pouco tempo. Tem pessoas que vivem aqui há pouco tempo, são eleitores e nada sabem dessa fase negra da nossa história. Como jornalista e cidadão, tenho a obrigação de historiar fatos que nos prejudicaram. Que isso sirva de alerta aos que fazem o marketing político; gente que tem a responsabilidade de transformar fatos em informação convincente e esclarecedora ao eleitor. Ninguém é louco de apoiar algoz. Só os dementes. O empresariado está preocupado com o futuro em caso de vitória de alguém que não reze pela cartilha do capitalismo. Os médicos, também. Ainda estão ressabiados com a história dos médicos cubanos. São coisas que brotam no dia seguinte às eleições recentes.
Leonai Garcia Médico e jornalista
E-mail: leonaigarcia@uol.com.br
O dia seguinte
TCU suspende contratos de obras no Aeroporto de Macapá
Diário do Amapá
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou à Infraero que suspenda cautelarmente contratos firmados com a Construtora Beter S/A e com o Consórcio Concremat/Maia Melo Engenharia para a realização de obras e serviços no Aeroporto de Macapá (AP), empreendimento que é fiscalizado pelo TCU desde 2006. A decisão decorreu de suspeita de sobrepreço, inexistência de projeto atualizado, execução de serviços sem cobertura contratual, dentre outras já apontadas pelo tribunal anteriormente. Segundo o relator do processo, ministro Benjamin Zymler, mesmo após 40 meses do início da obra, somente 80% do projeto executivo foi concluído. Além disso, alterações contratuais, apresentadas informalmente, elevaram o preço da obra em R$ 19,9 milhões. Para o ministro, a continuidade do contrato, nos moldes atuais, impõe riscos de prejuízos ainda maiores. “Associa-se ao projeto executivo uma planilha orçamentária em franco descompasso com a realidade da obra, uma vez que as alterações contratuais que vem sendo realizadas desde 2006, não se encontram lastreadas em termos aditivos correspondentes, e tampouco se vêem justificadas pela Infraero”, acrescenta o ministro. O TCU também determinou à estatal que adote medidas para sanear as irregularidades apuradas no prazo de 15 dias. Cópia da documentação foi encaminhada ao Ministério Público Federal para ajuizamento das ações cabíveis.
TCU suspende...
Ministério diz que safra de grãos será igual à anterior
EDUARDO SCOLESE
Folha de S. Paulo
AGRICULTURA
Em meio ao receio dos produtores rurais por conta da falta de crédito motivada pela crise internacional, levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgado pelo ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) aponta que a atual safra de grãos deve ao menos repetir os números da anterior (2007/2008).A estimativa do órgão é que a safra em curso (2008/ 2009) tenha um ligeiro crescimento na área plantada. Projeta-se um avanço entre 1,2% e 2,7% em relação ao período anterior, de 47,3 milhões de hectares.
Ministério diz que safra de grãos será igual à anterior
Saúde, pobreza e desigualdade
Octávio Luiz Motta Ferraz
Folha de S. Paulo
A assistência médica é apenas um entre vários fatores determinantes da saúde da população, e nem sempre o mais importante
Estamos comemorando os 20 anos do direito constitucional à saúde e do SUS (Sistema Único de Saúde), criado para implementá-lo, mas ainda não há consenso sobre o exato conteúdo desse direito. A julgar pelos milhares de ações que tramitam no Judiciário de todo o país, o mundo jurídico enxerga o direito à saúde pelo prisma restrito do tratamento médico, em especial do fornecimento de medicamentos. Os especialistas em saúde pública reiteradamente demonstram, porém, que a assistência médica é apenas um entre vários fatores determinantes da saúde da população -e nem sempre o mais importante. Fatores socioeconômicos, como renda, educação, qualidade de moradia e ambiente de trabalho, os chamados determinantes sociais da saúde, são tão ou mais importantes que a assistência médica, como confirma o importante relatório da Organização Mundial da Saúde que acaba de ser publicado ("Closing the Gap in a Generation: Health Equity through Action on the Social Determinants of Health", de 28/8).
Saúde, pobreza e desigualdade
A força da lógica
Jânio de Freitas
Folha de S. Paulo
Chegou a ocasião de louvar e agradecer a capacidade que economistas e notáveis das finanças têm de dar mancadas
Os economistas e os notáveis das finanças são unânimes em admitir que ignoram as dimensões da crise financeira. E, como complemento, na certeza de que os Estados Unidos, entrando em recessão de alcance também imprevisível, vão arrastar o mundo para destino semelhante. Há aí bem testados motivos para não aumentarmos as inquietações a que o mundo, quando em seu estado normal, já nos obriga. Previsões são e não são especialidade dos economistas e dos habitantes de Bolsas e adjacências. São, no sentido de que as fazem sem cessar, sempre exibidos em uma certeza divinatória e em superioridade sobre-humana, que a natureza não explica. E não são, no sentido de que as previsões não escapam, jamais, ao seu fim comum de desastres, em geral ridículos. O que não impede a multiplicação dos escritórios que ganham para prever o PIB, a inflação, o crescimento, a Bolsa, o aumento populacional. Nada disso sequer aproximado do que a realidade mostrará. Não importa, economistas e pessoal das Bolsas são os oráculos da imprensa, da TV e do rádio, em um jogo de reciprocidades muito interessante para os dois lados: os jornalistas preenchem espaços e, com isso, os declarantes são promovidos, quer dizer, valorizados. Jogo em que os economistas & cia. não são os únicos coadjuvantes beneficiários do jornalismo.
A força da lógica
Jogada a seus pés
Mónica Bérgamo
Folha de S. Paulo
Depois de derramar um pouco de vinho no chão, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) ganhou auxílio de sua mulher, Mariana, para enxugar os respingos em seu sapato.
O casal estava entre os convidados do evento em homenagem ao governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, realizado pelo empresário João Doria Jr. no hotel Caesar Park, em Guarulhos, anteontem. O jantar é um dos tantos que estão sendo organizados por causa do "meeting" de executivos que será realizado ainda neste mês em Portugal.
Pedra no caminho
A campanha de Marta Suplicy (PT-SP) teve um obstáculo praticamente intransponível que impediu que ela tivesse, nas urnas, o mesmo percentual que apresentou nas pesquisas eleitorais no primeiro turno: a abstenção -e não uma "ultrapassagem" de Gilberto Kassab (DEM-SP) na reta final, como se imaginava até agora. A conclusão é de partidários e até de adversários de Marta, depois de uma análise fria dos resultados eleitorais.
PEDRA NO CAMINHO 2
Os números das urnas mostram, por exemplo, que Kassab teve 26% dos votos totais (ou seja, 26% dos 8.198.282 eleitores aptos a votar na cidade). O Datafolha previu, um dia antes, que ele teria 28% dos votos totais, resultado dentro da margem de erro; Geraldo Alckmin (PSDB-SP) teve 17,5%, quando o Datafolha previu, também na margem de erro, que ele teria 19%; Paulo Maluf teve 5%, contra os 6% previstos na pesquisa; e assim com todos os candidatos. Já Marta Suplicy teve 25,5% -enquanto a pesquisa dava a ela 34%.
Jogada a seus pés
Território proibido
Painel
Folha de S. Paulo
Em resposta à pressão dos aliados para que Lula e o primeiro escalão fiquem longe da campanha de segundo turno em cidades nas quais a disputa se dá entre candidatos de partidos da base, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, pergunta: "Por que a Dilma não pode ir a Salvador e o Geddel pode? Os ministros do PT têm tanto direito quanto os do PMDB". Por via das dúvidas, a presidenciável Dilma telefonou para Geddel e disse que evitará até "o espaço aéreo" de Salvador, onde o prefeito peemedebista João Henrique enfrenta o petista Walter Pinheiro. Em tempo: não há evidência de que visitas de Lula e principalmente de ministros tenham alterado o destino de qualquer candidato no primeiro turno.
Sob ataque 1
A desvantagem de Marta Suplicy já aciona o fogo amigo no PT. Aliados da ex-prefeita enxergam a digital do secretário-geral, José Eduardo Cardozo, na idéia de que ela estaria sendo alvo de "rejeição militante".
Sob ataque 2
A possibilidade de derrota de Marta também agita a bolsa de apostas no PT sobre a candidatura ao governo de São Paulo em 2010. Até o nome de Emídio de Souza, reeleito em Osasco, passou a ser jogado na roda.
Território proibido
Um filho sem mãe
Carlos Heitor Cony
Folha de S. Paulo
Tinha de acontecer comigo. Em ida banal a uma repartição para revalidar um documento, preenchi um cadastro que me exigia a filiação. Nunca tive problemas nesse quesito. Escrevi o nome dos meus pais como sempre os escrevi. O funcionário que me atendeu tirou de uma pasta um outro documento e engrossou: "Nesta certidão aqui, o nome da senhora sua mãe é Morais, com "i". O senhor declara agora que a senhora sua mãe é Moraes, com "e". Afinal, de quem o senhor é filho?" Respondi um pouco insultado: "De Julieta de Moraes Cony. Ou de Julieta de Morais Cony. Para mim, sempre deu na mesma". "Para o senhor, sim, mas para o Estado, não. Há que decidirmos de quem o senhor é realmente filho para que o documento possa seguir o trâmite legal."
Um filho sem mãe
Comissão aprova fim do fator previdenciário
MARIA CLARA CABRAL
Folha de S. Paulo
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou ontem, por unanimidade, o projeto que extingue o fator previdenciário, índice usado para calcular o valor das aposentadorias. De autoria do Senado, o projeto ainda será analisado por duas comissões, a de Finanças e Tributação e a de Constituição e Justiça, antes de seguir para a votação no plenário. Apesar de contar com o apoio de grande parte dos deputados da base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder Henrique Fontana (PT-RS) avisou que o projeto não está entre as prioridades do governo e não deve ser votado em 2008. Ele afirmou que antes precisa calcular o impacto que a extinção trará aos cofres públicos. "Nossa prioridade agora é votar o fundo soberano, a medida provisória contra a crise, além da reforma tributária. Se votarmos tudo isso ainda neste ano, já será muito bom para o país", disse.
Comissão aprova fim do fator previdenciário
Concessionárias reajustam taxas e prazos
FABIANO SEVERO
Folha de S. Paulo
Incerteza faz financiamento de automóvel ficar menos extenso e mais caro, com variações semanais
Ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha pedido que o brasileiro mantenha o nível de consumo, quem precisa de um financiamento já começa a pagar mais pelo crédito. Comprar um carro zero-quilômetro deve ficar ainda mais difícil no fim de semana. Sem se identificar, a Folha ligou para 12 concessionárias em São Paulo de seis marcas diferentes, que trabalham não só com bancos das próprias montadoras (GM e Ford, por exemplo) mas também com os de varejo (caso do Santander). Todas reajustaram a taxa de juros entre sexta-feira e segunda-feira: passou, em média, de 1,4% para 1,7% nos planos de 60 meses. Lojistas, porém, estimam que chegará a 1,8% até domingo e passará para 2% na próxima semana. Isso significa que uma das 60 parcelas de um Volkswagen Gol 1.0 (cujo preço fica em torno de R$ 30 mil) era de R$ 839 na semana passada. Agora, é de R$ 907. Para um Fiat Punto 1.4 (R$ 43,5 mil), os valores subiram de R$ 1.102 (taxa de 1,42%) para R$ 1.175 (1,70%).
Concessionárias reajustam taxas e prazos
Petrobras negocia saída de campo equatoriano por US$ 250 milhões
Sabrina Lorenzi
Gazeta Mercantil
A Petrobras negocia com o governo do Equador indenização da ordem de US$ 250 milhões pela devolução de uma área de petróleo localizada na floresta amazônica. O valor equivale aos investimentos já realizados no campo - batizado de bloco 31 - em estudos de sísmica e perfuração de blocos, além de uma auditoria ambiental que a estatal se comprometeu a realizar antes de devolver a área. O pagamento do reembolso à Petrobras e a devolução da área podem levar pelo menos quatro meses, afirmou à Gazeta Mercantil uma fonte da estatal.
Petrobras negocia saída de campo equatoriano por US$ 250 milhões
PTB discutirá na sexta-feira qual candidato vai apoiar no segundo turno
A Gazeta
Ex-deputado Lucas Barreto: defende a neutralidade do partido, mas obedecerá a orientação do partido
A executiva do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) decidirá na sexta-feira qual o caminho a ser tomado no segundo turno das eleições 2008 para prefeito de Macapá. O ex-deputado Lucas Barreto, que obteve 45.595 votos (25,19%) no primeiro turno, defende a neutralidade do partido. Assim, os militantes ficariam livres para votar em quem quisessem.
Fiel à decisão do PTB
Em recente entrevista na imprensa, Lucas Barreto disse que não estaria sendo incoerente nessa decisão porque durante a campanha política dizia à população para ser livre, não deixar que ninguém lhe pressionasse ou humilhasse. “A minha posição é de estar neutro nesse segundo turno. O voto é pessoal, intransferível”. Mas no caso da decisão do partido ser a de apoiar um dos candidatos, Lucas frisou que obedecerá a orientação. Mesmo tendo uma opinião formada sobre o assunto, Lucas coloca como principal a orientação da executiva do partido. Acredita ser uma maneira de retribuir a garantia recebida do PTB de que seria o candidato à Prefeitura de Macapá. “O presidente do partido, Eduardo Seabra, confirmou nossa candidatura, a executiva escolheu-me por unanimidade e eu tenho o maior respeito pelo deputado Seabra porque ele podia ter acompanhado uma outra candidatura, mas acreditou no meu nome. E foi o que mais pregamos à população nessa eleição, que acreditassem no Lucas. Fizemos um programa com marqueteiros genuinamente amapaenses, com pessoas do povo que conhecem a nossa realidade e ouvimos muito a população”.
Faltou tempo
Na visão de Lucas, a vitória para o segundo turno estava garantida se o período de campanha política se estendesse por apenas mais um dia. A explicação estaria no fato da tendência de crescimento da candidatura chegar a dois pontos percentuais por dia. Com esse crescimento de progressão geométrica, bastava um dia para ultrapassar o segundo colocado na contagem final dos votos. Disse ainda que os votos se multiplicavam na medida em que as pessoas se convenciam da possibilidade em ser eleito. Um outro fator que pesou negativamente na jornada foi o encerramento do prazo para ocorrer debates. Mesmo assim, considerou-se vitorioso. “As urnas mostraram que nós conseguimos convencer muitos cidadãos que estavam indignados e até sem perspectiva de votar. Conseguimos mudar a opinião desses eleitores apresentando a nossa candidatura, o nosso trabalho, a nossa experiência. E isso foi o que nos deu essa votação expressiva”, comentou.
Lucas Barreto...
Camilo aposta no apoio de partidos que defenderam no primeiro turno a renovação política para Macapá
O deputado Camilo Capiberibe (PSB), eleito para disputar com o deputado Roberto Góes (PDT) o segundo turno da eleição para prefeito de Macapá, falou da existência de uma tendência para renovação política no município. Quadro esse composto por partidos que saíram com candidaturas próprias durante o período eleitoral, defendendo projeto alternativo para o desenvolvimento da capital.
Composição política
Como prova do poderio dessa possível união entre partidos, Camilo lembrou que o ex-deputado Lucas Barreto (PTB) obteve uma votação significativa, ficando em terceiro lugar na corrida para a Prefeitura de Macapá. A soma dos votos conquistados pelo candidato do PSB com os votos conseguidos pelo candidato do PTB, resulta em 58% do eleitorado. “Tem um campo muito grande para a renovação política, para estabelecer um projeto alternativo. Isso não significa um projeto de composição política”. O candidato Camilo acredita que a população está querendo renovação de lideranças. “E o Partido Socialista Brasileiro tem procurado mostrar novas lideranças. O mesmo acontece com o PSOL, representado pelo ex-deputado Randolfe Rodrigues, que tem reconhecimento popular. Estamos participando pessoalmente das conversas políticas, não há ninguém nos representando, mesmo porque durante a administração da cidade estaremos nós dois na linha de frente”, explicou.
Vencer e vencer
Ele disse também que será considerada a experiência do pessoal, que atualmente participa do funcionamento da máquina pública do município. Mas deixou claro que quem estará na condução desse processo será ele e o vice da chapa. Para tornar em realidade a vitória sobre o adversário Roberto Góes, Camilo acha fundamental procurar as lideranças que defenderam durante a campanha do primeiro turno, uma posição próxima da sustentada por ele. “Eu acho que Lucas Barreto fez uma campanha muito bonita, mesmo estando sozinho. Poucas pessoas estavam acreditando na candidatura, mas ele mostrou que com independência se consegue muita coisa. Ele quase tira o candidato do governo do segundo turno, faltou apenas 1%. Estamos procurando não apenas o deputado Lucas Barreto, mas todos aqueles que defendem a mudança”, relatou Camilo.
Orçamento tem
Caso seja eleito prefeito de Macapá, Camilo promete buscar parceria junto ao Governo do Estado e a bancada federal. Lembrou ainda que o orçamento municipal oferece condições para melhorar a vida do povo. “Nosso partido é da base do governo Lula, inclusive tem três ministros de Estado”. Com relação ao governo estadual, Camilo disse que vai conversar com o governador Waldez Góes.
Camilo aposta em apoio...
Curso a distância - Universidade Aberta iniciou as inscrições para o processo seletivo do pólo em Santana
A Gazeta
Estão abertas as inscrições para o processo seletivo dos cursos de licenciatura Plena em Pedagogia e Tecnologia em Gestão de Saúde Pública na Universidade Aberta, pólo Santana. Na modalidade a distância, ao todo são 100 vagas, sendo que 50 vagas para cada curso. Para o curso em Licenciatura Plena em Pedagogia serão destinadas 50% das vagas aos professores da rede municipal de ensino de Santana e que estejam em atividades no magistério. O curso faz parte do programa Universidade Aberta, mantida pelo Governo Federal. Todo o processo seletivo vai ser elaborado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará. “O curso será gratuito. É custeado pela prefeitura de Santana e governo federal”, afirmou o coordenador do pólo em Santana, Raimundo Vasques. Os interessados em participar devem preencher a ficha de inscrição disponíveis no site www.cefetpa.br até o dia 07 de novembro e pagar taxa no valor de 35 reais. As provas estão previstas para acontecer no dia 30 de novembro e constarão de 50 questões objetivas das disciplinas obrigatórias do ensino médio. Os dois cursos serão realizados no espaço da Casa Brasil em Santana. A coordenação da Universidade Aberta, pólo Santana disponibiliza o acesso à internet para os candidatos que queiram se inscrever no concurso. “O curso é a distancia. O aluno vem para a aula presencial apenas uma vez por semana. É distribuído todo o material impresso ao aluno que terá a orientação via Internet e orientação de um professor presencial”, explica o coordenador do pólo em Santana.
Universidade Aberta
É o nome dado ao projeto criado pelo Ministério da Educação, em 2005, no âmbito do Fórum das Estatais pela Educação, para a articulação e integração experimental de um sistema nacional de educação superior. Esse sistema será formado por instituições públicas de ensino superior, as quais levarão ensino superior público de qualidade aos Municípios brasileiros que não têm oferta ou cujos cursos ofertados não são suficientes para atender a todos os cidadãos. A UAB é resultante da adesão voluntária de 55 universidades federais, além do conjunto de centros federais de educação tecnológica, articulados e integrados com a rede de pólos de apoio presencial para educação a distância, que são criados e mantidos pelos municípios e estados. Cada pólo poderá apoiar cursos a distância de diferentes instituições, e o estudante não precisa residir na cidade onde está instalada a sede da instituição consorciada, fato que permitirá atender a todo o território nacional, com a interiorização do ensino superior. O atendimento do aluno nas etapas presenciais ocorrerá nos pólos, onde funcionarão salas de aula, bibliotecas e laboratórios. A utilização estratégica da educação a distância já ocorre em vários países (Reino Unido, Cuba, Espanha, China, Turquia) e, no Brasil, inaugura alternativa de expansão do ensino superior com padrões de qualidade, como forma de combate ao histórico quadro de desigualdade de acesso à educação superior no País.
Universidade Aberta...
Governo admite estagnação no plantio
Ayr Aliski e Fabiana Batista
Gazeta Mercantil
Até então tentando manter discurso otimista, o governo teve que admitir ontem que a produção brasileira de grãos vai, na melhor das hipóteses, subir ínfimos 0,5%. Primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre intenção de plantio da safra 2008/09 indica que a produção de grãos deve praticamente estagnar, senão cair, na comparação com o ciclo passado. A próxima colheita, segundo a companhia, oscilará entre 142,03 milhões e 144,55 milhões de toneladas, frente aos 143,81 milhões de toneladas da safra 2007/2008. Ou seja, o governo estima, na hipótese pessimista, uma retração de 1,5% no campo. E, na otimista, uma expansão de, no máximo, 0,5%. Sobre o impacto das condições climáticas, o titular do Ministério da Agricultura, Reinhold Stephanes, se mostra otimista. "O clima será favorável", prevê o ministro.
Governo admite estagnação no plantio
GWI fecha dois fundos depois de registrar perdas com a crise
Silvia Rosa
Gazeta Mercantil
A crise no mercado financeiro já começa a ter reflexos no setor de fundos no Brasil. Ontem a gestora de investimentos GWI Asset Management anunciou o fechamento para aplicações e resgates de dois dos seus fundos de ações, o GWI FIA e o GWI Classic FIA, com o aumento das perdas com a queda da bolsa. Segundo dados disponibilizados no site da gestora, só na terça-feira, o fundo GWI FIA, que tem patrimônio de R$ 36,232 milhões registrou queda de 47,38%, acumulando no ano desvalorização de 89,04% até terça-feira, contra baixa de 39,59% do Ibovespa até ontem. Já o fundo GWI Classic, com patrimônio de R$ 52,054 milhões, acumula no ano, até 7 de outubro, queda de 36,19%.
GWI fecha dois fundos depois de registrar perdas com a crise
Mais 184 itens na substituição tributária
Gilmara Santos
Gazeta Mercantil
A partir de dezembro, pelo menos 184 novos itens de produtos estarão sujeitos ao regime de substituição tributária do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do estado de São Paulo. Segundo o coordenador adjunto da administração tributária paulista, Guilherme Rodrigues Silva, os novos produtos são dos setores de: alimentos, higiene, material de construção, medicamentos e limpeza. "A substituição tributária não é a garantia de pagamento do imposto devido, mas aumenta a eficiência de cobrança porque o estado passa a fiscalizar apenas as indústrias que fazem o pagamento do imposto", diz o representante do Estado.
Mais 184 itens na substituição tributária
União vai devolver IR a aposentados
Luiz Orlando Carneiro
Gazeta Mercantil
É indevida a cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre valores de complementação de aposentadoria e de resgate de contribuição correspondente para entidade de previdência privada. A União terá de devolver aos aposentados o que recolheu indevidamente como IR, com correção monetária, de acordo com os índices pevistos no manual aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, no ano passado. A decisão unânime da Primeira Seção (reunião das Primeira e Segunda Turmas) do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi tomada, ontem, no julgamento do primeiro recurso especial repetitivo encaminhado ao colegiado, com base na recente Lei 11.672/2008, e vale para milhares de recursos idênticos sobre o mesmo assunto.
União vai devolver IR a aposentados
BC ALIVIA NORMAS E PÕE R$ 23 BI NO MERCADO
Ayr Aliski
Jornal do Brasil
O Banco Central anunciou mudanças nas regras dos depósitos compulsórios - parcela dos recursos dos clientes que os bancos precisam recolher. O mecanismo ajuda a controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. Na prática, o BC injeta R$ 23,2 bilhões no mercado. Em Washington, o FMI reviu a previsão para o crescimento global de 2008 e 2009. O Brasil foi o único a ter a perspectiva ampliada. Segundo o Fundo, o país deve crescer 5,2% este ano e 3,5% em 2009. Ontem as bolsas continuaram em queda livre, mesmo com a redução de juros nos EUA, na Europa e Ásia, numa ação conjunta inédita de vários bancos centrais.
MAIS R$ 23 BI NA ECONOMIA
Pouca renovação entre as mulheres
Fred Raposo
Jornal do Brasil
Bancada feminina na Câmara Municipal não aumentou e teve nove vereadoras reeleitas
A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro teve pouca renovação no campo feminino. Das 13 candidatas que obtiveram mandato em 2004, nove foram reeleitas neste domingo. O número de mulheres que irão compor o quadro legislativo do município, contudo, é o mesmo da votação passada: 13 com os quatro novos nomes.
As duas parlamentares mais votadas são também as que têm mais tempo de Casa: Lucia Helena Amaral Pinto, a Lucinha (PSDB), se encaminha para o terceiro mandato e Rosa Fernandes (DEM), para o quarto. A dobradinha encabeça a lista com 133.058 votos – um terço do total obtido no pleito pelas mulheres eleitas.
Pouca renovação entre as mulheres
China estuda permitir venda de direitos sobre a terra
Cláudia Trevisan
O Estado de S. Paulo
O Comitê Central do Partido Comunista da China inicia hoje sua reunião anual tendo na agenda uma proposta que, se aprovada, irá revolucionar a vida dos 730 milhões de camponeses do país, ao permitir que eles negociem os direitos de exploração da terra ou o utilizem como garantia para obtenção de crédito no sistema financeiro. A propriedade da terra na zona rural chinesa é coletiva e os camponeses ganham direito de exploração por meio de contratos por tempo determinado, normalmente 30 anos. Ao contrário dos moradores das cidades, os camponeses não podem vender esse direito nem realizar qualquer negociação que o envolva, como arrendamento ou financiamento. Em razão disso, eles ficam presos à terra e não têm possibilidade de se mudar, a menos que estejam dispostos a perder tudo.
China estuda permitir venda de direitos sobre a terra
A ameaça do pré-sal aos biocombustíveis
Adriano Pires e Rafael Schechtman
O Estado de S. Paulo
No Brasil, as políticas de combustíveis veiculares sempre foram caracterizadas por movimentos ciclotímicos em resposta a situações conjunturais, sem uma visão de longo prazo. Foi assim no primeiro choque do petróleo, quando se incentivou a "dieselização" da frota de veículos na tentativa de conter a inflação. No segundo choque, visando a equilibrar o balanço de pagamentos, o governo lançou o Proálcool para substituir a gasolina por etanol e, a partir de 1986, no chamado contrachoque do petróleo, abandonou completamente o programa, retornando à gasolina. Mais recentemente, um excedente conjuntural provocado pela importação de gás natural da Bolívia levou a um incentivo desmedido do uso de GNV. Um ponto comum de todas essas políticas é a ausência de transparência na fixação do preço dos derivados de petróleo, muitas vezes sem sintonia com o mercado internacional. A cada mudança, ilude-se o consumidor que, ao acreditar nas políticas governamentais, adquiriu veículos com novas tecnologias. Somente agora o consumidor passa a ter maior ingerência sobre o mercado de combustíveis graças ao veículo flexfuel, que, ao lhe dar opção de escolha, aumentou e consolidou o mercado de etanol.
A ameaça do pré-sal aos biocombustíveis
A turbulência e o agronegócio
Alexandre de Castro
O Estado de S. Paulo
Apesar da elevação de custos dos insumos agrícolas e das conseqüentes estimativas de retração da produtividade e das exportações para 2009, o produto interno bruto (PIB) do agronegócio ainda vem puxando o crescimento da economia brasileira. A expansão do PIB em 6,1% no segundo trimestre de 2008 e o incremento de 6% em relação ao período de janeiro a junho de 2007 refletem o desempenho do setor agropecuário, que cresceu 7,1% em relação ao segundo trimestre de 2007 e 5,2% no semestre. Na comparação com o primeiro trimestre, a agropecuária teve expansão de 3,8%.
A turbulência e o agronegócio
G-20 fará reunião extraordinária sábado
Fabio Graner
O Estado de S. Paulo
Atendendo a um pedido do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atual presidente do G-20 Financeiro, convocou para sábado uma reunião do grupo para discutir os desdobramentos da crise financeira sobre a economia mundial. O G-20 Financeiro é formado por ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos 19 países mais ricos mais a União Européia. A reunião ocorrerá na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, às 18 horas. “No exercício da presidência do G-20 Financeiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, decidiu convocar reunião extraordinária dos ministros de Fazenda, presidentes de bancos centrais e integrantes do bloco. O objetivo é discutir os aspectos da crise financeira mundial e seu impacto na economia global”, informou Mantega, em nota.
G-20 fará reunião extraordinária sábado
Amazonino não será mais processado
O Estado de S. Paulo
A coligação União por Manaus, do candidato derrotado à prefeitura Omar Aziz (PMN), protocolou no Tribunal Superior Eleitoral requerimento desistindo de recurso contra a candidatura de Amazonino Mendes (PTB), que disputa o 2.º turno, sob alegação de não-pagamento de dívidas de campanha. Segundo Aziz, isso não significa apoio a Amazonino.
Amazonino não será mais processado
Cine BNDES
Ancelmo Gois
O Globo
O BNDES vai dar R$2 milhões para restaurar, catalogar e digitalizar todo o acervo da Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Entre as relíquias, há imagens de famílias abastadas do século XIX e películas que fizeram a história do nosso cinema.
Muuuuuuu...
O Ministério Público Federal pediu à Justiça para capturar e vender os chamados bois piratas que encontrar na reserva da Terra do Meio, no Pará.
Os fazendeiros da região tinham até dia 30 para tirar o gado dos pastos ilegais. Foi ali que o Ibama apreendeu os 3 mil bois que o ministro Minc leiloou.
Cine BNDES
Manter o PAC
Ilimar Franco - Panorama Político
O Globo
O presidente Lula pretende manter os investimentos previstos no PAC e os gastos com programas sociais. Na reunião sobre a crise, na segunda-feira, o presidente afirmou: "O Mantega e o Meirelles vão ter que fazer muito esforço para me impedir de levar adiante as obras do PAC". Após o encontro de ontem, no Planalto, líderes aliados disseram que, se houver necessidade de fazer cortes no Orçamento, eles serão feitos no custeio.
O tabuleiro apimentado da Bahia
O ministro Geddel Vieira Lima (Integração), que trabalha para reeleger João Henrique em Salvador, não esperava o apoio de Antonio Imbassahy (PSDB) ao candidato do PT, Walter Pinheiro. O DEM também está possesso com o PSDB baiano. O senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) resume assim: "O Imbassahy é o maior canalha que eu conheço". Fora do segundo turno, o líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), anunciará sua posição amanhã, e tudo indica que ficará com o PMDB. Ele disse ontem: "Não vou adotar nenhuma posição que agrida a linha ideológica do meu partido". O DEM veta alianças com o PT.
A crise chegou ao Brasil. Não há mais momento para ficar fazendo gaiatice, porque a crise é muito grave" - Tasso Jereissati, senador (PSDB-CE)
LANÇAMENTO.
Com a presença dos ministros do partido e dos líderes no Senado, os deputados aclamaram ontem a candidatura de Michel Temer (SP) à presidência da Câmara. Embalado pelo desempenho do PMDB nas eleições municipais, a festa só não foi completa por causa de um protesto da deputada Rita Camata (ES). Os senadores compareceram, mas ainda não admitem ceder a presidência da Casa ao PT.
Reprovado
Avaliação do governador José Roberto Arruda (DF) sobre as eleições de Belo Horizonte: "Mais do que uma derrota do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel, foi uma derrota da tese da aliança nacional entre PT e PSDB".
Manter o PAC
O medo da recessão
Merval Pereira
O Globo
O fato de que nenhuma das perguntas dos eleitores reunidos anteontem no debate entre os candidatos a presidente dos Estados Unidos se referiu aos "escândalos" que envolvem os dois, mas sim às questões econômicas, deveria servir de lição nesses últimos dias de campanha. Ninguém do público, escolhido pelo instituto de pesquisas Gallup entre os eleitores indecisos, estava interessado em saber sobre as relações de Barack Obama com o ex-terrorista Bill Ayers, ou com o pastor radical Jeremiah Wright; nem sobre o escândalo em que cinco senadores, entre eles McCain, foram acusados, anos atrás, de tentar proteger o banqueiro Charles Keating, que estava sendo investigado por irregularidades no Lincoln Savings & Loan Association, que quebrou em 1989, levando o amigo de McCain para a cadeia.
O medo da recessão
Zoneamento detecta 37 milhões de hectares para plantio de cana
Mauro Zanatta
Valor Econômico
Ainda à espera de uma arbitragem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o estudo de zoneamento do plantio de cana-de-açúcar no país detectou a existência de 37 milhões de hectares de pastagens degradadas com aptidão total para o cultivo da gramínea, sobretudo nos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul. O governo não permitirá o plantio da cana no bioma amazônico nem no Pantanal, à exceção de áreas onde já existem usinas implantadas, mas decidiu dar prioridade e incentivos ao cultivo da gramínea em uma área de 5 milhões de hectares na próxima década. Como compensação pela proibição do cultivo da cana, o governo incentivará, com política de crédito e isenções fiscais, a produção de óleo de dendê em até 2 milhões de hectares no Pará, Amazonas e Roraima. "Somos francamente favoráveis, por razões ambientais, à expansão do etanol e do biodiesel", afirmou ontem o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em audiência pública no Senado. "Temos sete milhões de hectares hoje e vamos expandir para mais cinco milhões. E não vamos admitir que barreiras comerciais contra nosso etanol sejam usadas como argumentos ambientais".
Zoneamento detecta 37 milhões de hectares para plantio de cana
Crise financeira, setor imobiliário e crescimento
Jorge Mattoso
Valor Econômico
O recente agravamento da crise financeira americana e sua ampliação a outras partes do mundo globalizado geraram não somente justas apreensões, mas também injustos esquecimentos.
Sabem os estudiosos e os brasileiros - ainda que apreensivos com os efeitos que possam advir da retração do crédito e da demanda mundial - que teremos melhores condições de atravessar essa crise do que no passado. Não sem razão, apesar de todas as preocupações com o futuro, as previsões ainda apontam para um crescimento superior a 5% neste ano e entre 3,5% e 4% em 2009, bastante superiores à média das décadas anteriores e às previsões de crescimento das economias centrais. Tampouco podemos esquecer que os dados do PIB do segundo trimestre de 2008 nos apresentaram uma realidade bastante promissora. Além de mostrar uma expansão de 6,1% - a maior dos últimos quatro anos e acima da expectativa do mercado -, trouxe à luz um elemento indispensável, ou seja, que sua expansão continua alavancada em novos investimentos, no dinamismo da formação bruta de capital fixo, afastando maiores preocupações com a contribuição doméstica à inflação.
Crise financeira, setor imobiliário e crescimento
Debate sobre política para hidrelétricas deve ser amplo
Valor Econômico
Está em curso uma mudança importante na postura do governo em relação à autorização para o funcionamento de hidrelétricas que merece ser analisada em toda a sua abrangência e implicações a curto, médio e longo prazos. É preciso que vozes de todos os matizes e interesses se manifestem para que a transição de uma política para outra ocorra sem prejuízos para as gerações futuras. No mês passado, soube-se a quantas andam os estudos e debates no governo sobre como agilizar o licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas. Técnicos dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente iniciaram no primeiro semestre discussões sobre eventuais modificações no processo de obtenção das licenças. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) defendem que a análise dos estudos de inventário de um rio - o primeiro passo na identificação dos potenciais hidrelétricos de uma bacia hidrográfica e o momento em que se estabelece a melhor divisão das quedas d'água - seja feita paralelamente por todos os órgãos envolvidos nos trâmites do licenciamento.
Debate sobre política para hidrelétricas deve ser amplo
Fábricas que viraram pó
Maria Clara R. M. do Prado
Valor Econômico
Um leitor assíduo da coluna pediu que o espaço de hoje fosse dedicado a explicar como uma empresa do mundo real da economia - produtora de bens físicos ou mesmo de serviços - pode perder no mercado financeiro de câmbio o valor equivalente a uma fábrica inteira, de um dia para outro. Aceito o desafio. Alguns dos poucos especialistas em câmbio ainda existentes foram ouvidos. Muitas formas podem ter as operações derivativas de câmbio, mas todas partem do tradicional princípio da trava cambial. Trata-se, como o nome diz, de amarrar (ou travar) a taxa de câmbio em determinados níveis nas operações de futuro. O objetivo é amenizar possíveis perdas com a variação da taxa de câmbio para aqueles que têm despesa em dólar (caso dos importadores ou devedores em moeda estrangeira) ou para aqueles que têm receita em dólar (caso dos exportadores ou credores em moeda estrangeira). A preocupação é óbvia: quem tem dólares a receber, não quer correr o risco da taxa de câmbio cair abaixo de determinado piso (teme o aprofundamento de uma contínua apreciação do real); já quem tem dólares a pagar, tem medo do risco de um processo agudo e contínuo de desvalorização da moeda nacional face ao dólar.
Fábricas que viraram pó
FMI prevê deterioração da economia mundial
Ricardo Balthazar
Valor Econômico
O aprofundamento da crise financeira internacional provocará uma deterioração significativa da economia global nos próximos meses, empurrando os Estados Unidos e parte da Europa para uma recessão e forçando países emergentes como o Brasil a crescer num ritmo bem mais vagaroso que o dos últimos anos, alertou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI). Movimentos coordenados como o que os Bancos Centrais dos países mais avançados fizeram ao baixar as taxas de juros ontem poderão dar algum alento a empresas e consumidores, mas o FMI acredita que eles serão insuficientes se não forem acompanhados de outras medidas que restaurem a confiança dos investidores no sistema financeiro. "A política monetária é mais difícil de usar e menos confiável num ambiente como este em que estamos", disse o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, ao apresentar as novas projeções do Fundo para a economia mundial. "Ela pode e deve ser usada, mas não tem como resolver o problema sozinha."
FMI prevê deterioração da economia mundial
Curtas - Venda da Alitalia
Valor Econômico
Os novos compradores da companhia aérea Alitalia SpA deram, ontem, início às conversações para a venda de uma participação da empresa italiana para a Air France-KLM ou para a alemã Lufthansa, que dará a uma delas acesso a uma parceria com a companhia aérea que controla metade do mercado italiano. O CAI, o grupo de investidores italiano encabeçado pelo empresário Roberto Colaninno, reuniu-se ontem com os executivos da Air France e hoje fala com representantes da Lufthansa. O CAI está capitaneando uma operação de salvamento que tem por objetivo fundir a divisão de vôos da Alitalia com a da concorrente Air One, deixando para o governo a tarefa de liquidar as dívidas e outros ativos da Alitalia, segundo informações da Bloomberg.
Curtas - Venda da Alitalia
Procurador-geral pede intervenção em Rondônia
Juliano Basile
Valor Econômico
O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine intervenção federal em Rondônia. O motivo é a suposta violação de direitos humanos na Casa de Detenção José Mário Alves, conhecida como presídio Urso Branco, em Porto Velho, na capital do Estado. O presídio Urso Branco foi construído na década de 90 com a função de abrigar presos provisórios para posterior envio a uma penitenciária. Mas sempre foi utilizado como penitenciária pelo governo de Rondônia. Com isso, abrigou tanto presos condenados quanto provisórios. É a maior unidade prisional da região Norte, com capacidade para abrigar 420 presos, mas conta, hoje, com mais de mil.
Procurador-geral pede intervenção em Rondônia
Reprovado
Avaliação do governador José Roberto Arruda (DF) sobre as eleições de Belo Horizonte: "Mais do que uma derrota do governador Aécio Neves e do prefeito Fernando Pimentel, foi uma derrota da tese da aliança nacional entre PT e PSDB".
Manter o PAC
O medo da recessão
Merval Pereira
O Globo
O fato de que nenhuma das perguntas dos eleitores reunidos anteontem no debate entre os candidatos a presidente dos Estados Unidos se referiu aos "escândalos" que envolvem os dois, mas sim às questões econômicas, deveria servir de lição nesses últimos dias de campanha. Ninguém do público, escolhido pelo instituto de pesquisas Gallup entre os eleitores indecisos, estava interessado em saber sobre as relações de Barack Obama com o ex-terrorista Bill Ayers, ou com o pastor radical Jeremiah Wright; nem sobre o escândalo em que cinco senadores, entre eles McCain, foram acusados, anos atrás, de tentar proteger o banqueiro Charles Keating, que estava sendo investigado por irregularidades no Lincoln Savings & Loan Association, que quebrou em 1989, levando o amigo de McCain para a cadeia.
O medo da recessão
Zoneamento detecta 37 milhões de hectares para plantio de cana
Mauro Zanatta
Valor Econômico
Ainda à espera de uma arbitragem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o estudo de zoneamento do plantio de cana-de-açúcar no país detectou a existência de 37 milhões de hectares de pastagens degradadas com aptidão total para o cultivo da gramínea, sobretudo nos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul. O governo não permitirá o plantio da cana no bioma amazônico nem no Pantanal, à exceção de áreas onde já existem usinas implantadas, mas decidiu dar prioridade e incentivos ao cultivo da gramínea em uma área de 5 milhões de hectares na próxima década. Como compensação pela proibição do cultivo da cana, o governo incentivará, com política de crédito e isenções fiscais, a produção de óleo de dendê em até 2 milhões de hectares no Pará, Amazonas e Roraima. "Somos francamente favoráveis, por razões ambientais, à expansão do etanol e do biodiesel", afirmou ontem o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em audiência pública no Senado. "Temos sete milhões de hectares hoje e vamos expandir para mais cinco milhões. E não vamos admitir que barreiras comerciais contra nosso etanol sejam usadas como argumentos ambientais".
Zoneamento detecta 37 milhões de hectares para plantio de cana
Crise financeira, setor imobiliário e crescimento
Jorge Mattoso
Valor Econômico
O recente agravamento da crise financeira americana e sua ampliação a outras partes do mundo globalizado geraram não somente justas apreensões, mas também injustos esquecimentos.
Sabem os estudiosos e os brasileiros - ainda que apreensivos com os efeitos que possam advir da retração do crédito e da demanda mundial - que teremos melhores condições de atravessar essa crise do que no passado. Não sem razão, apesar de todas as preocupações com o futuro, as previsões ainda apontam para um crescimento superior a 5% neste ano e entre 3,5% e 4% em 2009, bastante superiores à média das décadas anteriores e às previsões de crescimento das economias centrais. Tampouco podemos esquecer que os dados do PIB do segundo trimestre de 2008 nos apresentaram uma realidade bastante promissora. Além de mostrar uma expansão de 6,1% - a maior dos últimos quatro anos e acima da expectativa do mercado -, trouxe à luz um elemento indispensável, ou seja, que sua expansão continua alavancada em novos investimentos, no dinamismo da formação bruta de capital fixo, afastando maiores preocupações com a contribuição doméstica à inflação.
Crise financeira, setor imobiliário e crescimento
Debate sobre política para hidrelétricas deve ser amplo
Valor Econômico
Está em curso uma mudança importante na postura do governo em relação à autorização para o funcionamento de hidrelétricas que merece ser analisada em toda a sua abrangência e implicações a curto, médio e longo prazos. É preciso que vozes de todos os matizes e interesses se manifestem para que a transição de uma política para outra ocorra sem prejuízos para as gerações futuras. No mês passado, soube-se a quantas andam os estudos e debates no governo sobre como agilizar o licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas. Técnicos dos ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente iniciaram no primeiro semestre discussões sobre eventuais modificações no processo de obtenção das licenças. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) defendem que a análise dos estudos de inventário de um rio - o primeiro passo na identificação dos potenciais hidrelétricos de uma bacia hidrográfica e o momento em que se estabelece a melhor divisão das quedas d'água - seja feita paralelamente por todos os órgãos envolvidos nos trâmites do licenciamento.
Debate sobre política para hidrelétricas deve ser amplo
Fábricas que viraram pó
Maria Clara R. M. do Prado
Valor Econômico
Um leitor assíduo da coluna pediu que o espaço de hoje fosse dedicado a explicar como uma empresa do mundo real da economia - produtora de bens físicos ou mesmo de serviços - pode perder no mercado financeiro de câmbio o valor equivalente a uma fábrica inteira, de um dia para outro. Aceito o desafio. Alguns dos poucos especialistas em câmbio ainda existentes foram ouvidos. Muitas formas podem ter as operações derivativas de câmbio, mas todas partem do tradicional princípio da trava cambial. Trata-se, como o nome diz, de amarrar (ou travar) a taxa de câmbio em determinados níveis nas operações de futuro. O objetivo é amenizar possíveis perdas com a variação da taxa de câmbio para aqueles que têm despesa em dólar (caso dos importadores ou devedores em moeda estrangeira) ou para aqueles que têm receita em dólar (caso dos exportadores ou credores em moeda estrangeira). A preocupação é óbvia: quem tem dólares a receber, não quer correr o risco da taxa de câmbio cair abaixo de determinado piso (teme o aprofundamento de uma contínua apreciação do real); já quem tem dólares a pagar, tem medo do risco de um processo agudo e contínuo de desvalorização da moeda nacional face ao dólar.
Fábricas que viraram pó
FMI prevê deterioração da economia mundial
Ricardo Balthazar
Valor Econômico
O aprofundamento da crise financeira internacional provocará uma deterioração significativa da economia global nos próximos meses, empurrando os Estados Unidos e parte da Europa para uma recessão e forçando países emergentes como o Brasil a crescer num ritmo bem mais vagaroso que o dos últimos anos, alertou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI). Movimentos coordenados como o que os Bancos Centrais dos países mais avançados fizeram ao baixar as taxas de juros ontem poderão dar algum alento a empresas e consumidores, mas o FMI acredita que eles serão insuficientes se não forem acompanhados de outras medidas que restaurem a confiança dos investidores no sistema financeiro. "A política monetária é mais difícil de usar e menos confiável num ambiente como este em que estamos", disse o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, ao apresentar as novas projeções do Fundo para a economia mundial. "Ela pode e deve ser usada, mas não tem como resolver o problema sozinha."
FMI prevê deterioração da economia mundial
Curtas - Venda da Alitalia
Valor Econômico
Os novos compradores da companhia aérea Alitalia SpA deram, ontem, início às conversações para a venda de uma participação da empresa italiana para a Air France-KLM ou para a alemã Lufthansa, que dará a uma delas acesso a uma parceria com a companhia aérea que controla metade do mercado italiano. O CAI, o grupo de investidores italiano encabeçado pelo empresário Roberto Colaninno, reuniu-se ontem com os executivos da Air France e hoje fala com representantes da Lufthansa. O CAI está capitaneando uma operação de salvamento que tem por objetivo fundir a divisão de vôos da Alitalia com a da concorrente Air One, deixando para o governo a tarefa de liquidar as dívidas e outros ativos da Alitalia, segundo informações da Bloomberg.
Curtas - Venda da Alitalia
Procurador-geral pede intervenção em Rondônia
Juliano Basile
Valor Econômico
O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine intervenção federal em Rondônia. O motivo é a suposta violação de direitos humanos na Casa de Detenção José Mário Alves, conhecida como presídio Urso Branco, em Porto Velho, na capital do Estado. O presídio Urso Branco foi construído na década de 90 com a função de abrigar presos provisórios para posterior envio a uma penitenciária. Mas sempre foi utilizado como penitenciária pelo governo de Rondônia. Com isso, abrigou tanto presos condenados quanto provisórios. É a maior unidade prisional da região Norte, com capacidade para abrigar 420 presos, mas conta, hoje, com mais de mil.
Procurador-geral pede intervenção em Rondônia
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