Terça-feira, 07 de outubro de 2008Salto no exercício da cidadania e no direito à democracia
A Assembléia Legislativa do Amapá deu um salto no exercício da cidadania e no direito à democracia nas eleições municipais deste ano. A Casa conseguiu indicar três dos 24 parlamentares estaduais. Moisés Souza (PSC) obteve 4,69% das intenções de voto. Camilo Capiberibe (PSB) e Roberto Góes (PDT) atingiram 33,07% e 26,53%, respectivamente, confirmando assim o páreo para o 2° turno das eleições em Macapá.Com o intuito de disseminar as informações do Poder Legislativo, a equipe de assessores do Departamento de Comunicação da Assembléia Legislativa, se revezaram na cobertura das eleições. Durante a manhã, os jornalistas Ranolfo Gato, Fabíola Gomes, Stefanny Marques e Everlando Mathias entrevistaram os candidatos à prefeitura em seus colégios e zonas eleitorais. Nos estúdios da rádio Equatorial FM (94,5), Cristina Homobono, Joel Elias e o diretor do Departamento de Comunicação Marco Antônio Ferreira de Melo conduziam o programa “Legislando com o Povo – Especial Eleições 2008”.
Coluna “Argumentos”, com Cléber Barbosa
Diário do Amapá
Todo mundo sabe que o terceiro colocado na eleição de domingo para a Prefeitura de Macapá, o ex-deputado Lucas Barreto (PTB), é louco por uma boa pescaria. Agora o que se comenta é que ele teria dito a amigos que caso não chegasse ao segundo turno iria pescar. Uma dica sobre como vai ser difícil convencê-lo a apoiar alguém, agora.
Vitória da AL
Deputados estaduais se reencontraram ontem (em clima de ressaca eleitoral) durante a sessão de todas as segundas-feiras. Camilo Capiberibe (PSB) e Roberto Góes (PDT) compareceram e até discusaram. O mesmo fez Moisés Souza (PSC) que disse anunciar hoje para onde vai neste segundo turno. Meire Serrão e Mira Rocha não compareceram.
PP mexe as pedras
Trata-se do vice-governador Pedro Paulo Dias (PP) que conseguiu fazer dois prefeitos no domingo. No município da fronteira, foi eleito Agnaldo Rocha (PP), e em Laranjal do Jari a prefeita Euricélia Cardoso (PP) foi reeleita. O empe-nho de Pedro Paulo, dizem, tem a ver com sua candidatura à reeleição em 2010.
A força dos boleiros
O vizinho Estado do Pará, onde o ídolo da torcida do Paysandu, Robson ou Robgol, é deputado estadual, faz escola com relação aos boleiros. Em Goiânia (GO) quem acaba de ser eleito vereador é o veterano artilheiro Túlio Maravilha. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o ex-craque vascaíno e ex-vereador Roberto Dinamite, derrapa como presidente do Vasco da Gama. A torcida está uma arara...
SENHOR ARTICULADOR
Na volta aos trabalhos ontem na Assembléia Legislativa, o deputado Jorge Amanajás (PSDB) que aparece nesta imagem ao lado da esposa Michele, foi saudado por seus pares devido seu grande poder de articulação e pela liderança mantida como presidente da Casa, apesar das diferenças que as eleições municipais costumam desnudar. O “reitor” está podendo...
Sarney luta pelo forte
O senador e ex-presidente aproveitou a eleição para atualizar os papos sobre o lento processo de tombamento da Fortaleza de São José de Macapá como patrimônio cultural da humanidade. Disse que todas as etapas foram cuidadosamente planejadas em estão em pleno curso. Também destacou a importância do apoio da população para o feito.
A musa da Câmara
Nem bem venceu nas urnas e conquistou uma vaga na Câmara Municipal de Macapá, a jovem advogada Adrianna Ramos (PR) acaba de ganhar outra eleição, a de mais bonita vereadora. No domingo, foi grande o assédio à candidata, na escola onde vota, José de Anchieta, no Santa Rita. Apesar do título ela não quer saber disso e sim de honrar a tradição da família de políticos, como o pai Paulo José e o tio Alceu Filho.
Humor nas eleições
A bancada do PGN, Partido da Genitália Nacional, criado pelo colunista do UOL José Simão, elegeu cinco de seus candidatos nessas eleições. O sucesso do partido ficou por conta de Cagado (PPS), que teve 440 votos e foi o vereador mais votado de Mirante da Serra, em Rondônia. O travesti Leo Kret do Brasil (PR), com 12.861 votos será vereador de Salvador.
“Famosos” ficam de fora
Nem toda a exuberância de Rita Cadillac (PSB) e Gretchen (PPS) foi suficiente para elegê-las nas eleições de 2008. A ex-chacrete tentou ser vereadora em Praia Grande (SP). Morreu na praia. Já a rainha do rebolado tentou ir mais longe: quis a Prefeitura de Itamaracá (PE). Não foi desta vez. O mesmo com ex-BBB’s Taty Pink, Alberto Cowboy e Rodrigo, o cowboy.
Juiz Rommel Araújo: o resultado das eleições foi uma renovação muito grande na Câmara de Vereadores de Macapá
O quantitativo de 5.696 (3,02%) votos nulos para prefeito de Macapá foi considerado elevado pelo juiz, membro da Comissão de Fiscalização da Propaganda Eleitoral (TRE), Rommel Araújo. Para vereador, o quantitativo foi de 2.802 (1,49%). A diferença entre os números se deve ao fato de se tratar de eleições distintas. Trata-se de uma camada da população que os candidatos não conseguiram atingir com as propostas de trabalho.
Nada convicentes
O número elevado de votos nulos para prefeito demonstra que os candidatos não convenceram os eleitores com propostas que pudessem fazer uma boa escolha. “O segundo turno é o momento de se buscar atingir de forma mais eficiente esse eleitorado” frisou o juiz Rommel. Com relação aos vereadores, o magistrado disse que o quantitativo de votos nulos foi razoável. O juiz Rommel mostrou-se satisfeito como transcorreram as eleições no último dia 5 de outubro. “Essas eleições foram as mais tranqüilas que eu já tive oportunidade de presenciar no Estado do Amapá. Desde 1992, quando participei da minha primeira eleição no estado, venho observando uma evolução significativa na conscientização do eleitorado, pois cada vez mais vem exigindo respeito no dia das eleições”, explicou.
• Na mosca
• Surpresa
• Avassaladora
• De chegada
• Sem dinheiro
• Todos no barco
Gazetilha
Nogueira vence, mas pode perder o mandato na Justiça
A Gazeta
Nogueira pode recorrer da cassação ao TRE e TSE
Batalha judicial
Apesar da vitória, Antônio Nogueira terá ainda que lutar na Justiça pelo direito de ser o prefeito. É que na última quinta-feira (2), ele teve o registro de candidatura à reeleição cassado sob acusação de que estaria cometendo abuso do poder político a ponto de publicar nos dias 3 e 4 de agosto deste ano processo licitatório, na modalidade de pregão, visando a contratação de empresas especializadas em fornecimento de combustível, serviços de impressão gráfica e serviços de divulgação em carro-de-som.
Cláudio Humberto
A Gazeta-AP
“A onda vermelha não se confirmou”, Presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que acha que o PT ‘decepcionou’.
• Lula edita MP para salvar bancos
Exportação garantidaA MP disponibilizará a exportadores brasileiros crédito que o Brasil dispõe na “conta positiva de exportação” de cerca de US$ 23 bilhões.
Isenção
O PAC continua
Sumiço do vice
As movimentações políticas já estão sendo costuradas rumo ao segundo turno para a Prefeitura de MacapáJornal do Dia
As movimentações políticas já estão sendo costuradas rumo ao segundo turno para a Prefeitura de Macapá. Mal foi divulgado o resultado das eleições do último domingo, e o candidato Roberto Góes (PDT) já iniciou as conversas buscando seu fortalecimento para as eleições do próximo dia 26. Notícias que chegaram em nossa redação, no final da tarde de ontem, " confirmavam" a grande frente de apoio, composta por Lucas Barreto (PTB) e Moisés Souza (PSC) a convite do presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Amanajás. Tanto Lucas quanto Moisés são amigos de muito tempo do atual presidente do Legislativo. As deputadas Dalva Figueiredo (PT) e Fátima Pelaes (PMDB), também conversavam com o governador Waldez Góes, que é do mesmo partido de Roberto Góes (PDT). Sobrou apenas Joinvile Frota (PSTU), que deve consultar suas bases para apoiar Camilo Capiberibe (PSB), por ambos serem de esquerda.
Jornal do Dia...
PT, PDT e PMDB elegem o maior número de prefeitos nos municípios do Amapá
Jornal do Dia
O Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) elegeram o maior número de prefeitos no último domingo no Amapá. Sexto colocado na eleição de Macapá - Fátima Pelaes obteve somente 8.429 votos -, o PMDB elegeu os prefeitos Mosaniel Passos (Pracuúba), Rildo Oliveira (Tartarugalzinho) e a prefeita Lucimar Lima, de Calçoene. Nenhum destes municípios se situa entre três maiores colégios eleitorais do Estado. Juntos, eles somam pouco mais de 14 mil eleitores. Pracuúba, por exemplo, tem apenas 2.552 eleitores. O PT reelegeu Antônio Nogueira (Santana), Francimar Santos (Serra do Navio) e elegeu Valdo Izackson (Ferreira Gomes). Antônio Nogueira enfrenta processo de cassação do registro da candidatura ju nto ao Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, situação que deve estar resolvida até a data da diplomação. O PDT não elegeu nenhum novo prefeito, mas renovou os mandatos de José Carlos " Marmitão" Carvalho (Mazagão), José Maria Bessa (Porto Grande - eleito em 2004 pelo PP) e Mirivaldo dos Santos Costa (Itaubal). O Partido Progressista (PP) e o PSDB elegeram dois prefeitos cada. Pelo PP foi reeleita a prefeita Euricélia Cardoso (Laranjal do Jari) e eleito Agnaldo Rocha (Oiapoque). O PSDB elegeu Paulo Albuquerque (Cutias) e Luiz Beirão (Vitória do Jari). Com um prefeito ficaram o PV, que reelegeu Antônio José Siqueira da Silva, o Zezinho, na Pedra Branca do Amapari, e o Democratas, que elegeu Carlos César para a prefeitura de Amapá. (Paulo Silva)
Lembrai-vos do JK-65...
Carlos Chagas
Tribuna da Imprensa
É bom esperar pelo segundo turno, em especial porque nada foi decidido em capitais importantes como Rio, São Paulo, Porto Alegre, Salvador e outras. De qualquer forma, com o pronunciamento de 130 milhões de eleitores, foi dada a partida oficial para a sucessão de 2010. Lula, de um lado, e José Serra, de outro, vão desdobrar-se nas próximas três semanas para consolidar nas capitais e grandes cidades a vitória de seus candidatos no primeiro turno ou, com maior preocupação, tentar virar o jogo da votação incompleta de domingo. Um terceiro personagem também não perderá tempo. No caso, Aécio Neves. O problema é que a eleição presidencial não se realizará entre o presidente da República e os governadores de São Paulo e de Minas. Do lado do Palácio do Planalto, contra Serra ou Aécio, ou contra os dois, tudo indica estará a ministra Dilma Rousseff. As eleições de anteontem demonstraram a dificuldade de transferência de votos, apesar da imensa popularidade do presidente da República. Fosse ele o candidato e conquistaria facilmente o terceiro mandato, mas indicada a sua chefe da Casa Civil ou outro companheiro qualquer, o processo muda de figura. Alguns números ainda estão em aberto, como saber o número exato de prefeituras conquistadas pelos partidos, em 5.563 eleições. Até agora o PMDB liderava, dada sua força nos grotões. Detém 1.059 prefeituras, contra 790 do DEM, 620 do PSDB, 620, também, do Partido Socialista, 551 do PP, 436 do PR, 427 do PTB e 411 do PT. É claro que os resultados se invertem quando calculados os votos dados a cada legenda em função do eleitorado muito maior de grandes capitais e cidades maiores. De qualquer forma, para a sucessão de 2010 voltam-se as atenções, com todas as variáveis imaginadas ou desconhecidas.
Tribuna da Imprensa
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou ontem que o governo deve adotar medidas para atacar o problema de liquidez que está sendo registrado pelos exportadores, especialmente para ter acesso aos Adiantamentos de Contrato de Câmbio (ACCs). "Nós teremos de usar dinheiro ou do Tesouro ou das reservas (cambiais) para fazer isso", comentou, depois de participar de evento do setor da construção civil na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O ministro ressaltou que, além de recursos públicos, também será necessário que o governo dialogue com o sistema financeiro privado para que os bancos possam contribuir na concessão de recursos às operações realizadas pelos empresários que atuam no comércio exterior. "Também teremos de ver como o sistema financeiro privado pode participar desse esforço, que é um esforço de todo o País."
Miguel Jorge sugere uso das reservas ou do Tesouro
Lula inaugura 1ª plataforma 100% nacional
Monitor Mercantil
Nossa Caixa anuncia novas carteiras de crédito
Tribuna da Imprensa
O presidente da Nossa Caixa, Milton Luiz de Melo Santos, afirmou ontem que até o final do mês a instituição deverá anunciar um número "considerável" de acordos para a compra de carteiras de crédito. Santos ressaltou que as negociações tiveram início antes da medida do Banco Central que tornou mais atrativo aos grandes bancos esse tipo de aquisição. "Pretendemos anunciar até o final de outubro um número considerável de aquisições. Estamos negociando com cerca de seis instituições", disse o executivo. De acordo com Santos, a prioridade da Nossa Caixa é aumentar a carteira de crédito de consignado, considerada de menor risco. Ao final de junho, o total das operações somava R$ 10,6 bilhões, sendo R$ 4,1 bilhões de consignado. A Nossa Caixa passou a atrair essas instituições em junho, quando fechou com o BMG um acordo que prevê o repasse de R$ 100 milhões ao mês de crédito consignado ao banco paulista.
Agricultores de Mato Grosso recorrem ao STF
Leonel Rocha
Correio Braziliense
Ruralistas decidem não esperar negociações entre governo e bancada do setor no Congresso e pedem na Justiça suspensão de punições
Amargo Regresso
Brasil S.A
Correio Braziliense
Mundo começa a viver deflação da riqueza erguida por dívidas e vai levar tempo para se ajustar
Não é prudente esconder a gravidade da crise com histórias sobre a fortaleza da economia brasileira nem acreditar em tal fato. Ela foi verdadeira na situação de “normalidade” anterior no mundo, em que prevaleciam liquidez farta e juros baixos. Esse mundo acabou. Não significa que derrubará o Brasil. Mas exige adaptações. Vive-se agora a desalavancagem da montanha de dívidas construída nestas condições, o sustentáculo da fortuna econômica dos últimos 10 anos — e isso implica perdas. Pesadas até agora, e crescentes quanto menor for a coordenação entre os bancos centrais, que tem existido apenas em afobadas intervenções supranacionais para deter defaults pontuais de bancos e o mal maior: as corridas bancárias.
Os desafios políticos da Rodovia Transoceânica
João Francisco Salomão
Correio Braziliense
A Rodovia Transoceânica, estrada de 2,6 mil quilômetros ao longo da Floresta Amazônica e dos Andes, que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico, significará alternativa importante para as nossas exportações aos crescentes mercados da Ásia, responsáveis por mais de 15% de nossas vendas externas. Serão 6 mil quilômetros a menos que os produtos nacionais terão de percorrer até chegar aos consumidores chineses, japoneses, indianos, coreanos e de outras nações da região. Convertida em dólares, essa expressiva distância menor significará sensível redução de custo dos fretes, agregando mais um diferencial competitivo aos manufaturados e commodities brasileiros no comércio exterior.
E o vencedor é…
Nas Entrelinhas
Correio Braziliense
Em todos os critérios importantes, o PMDB lidera ou avançou bem. O que não acontece com as outras grandes siglas. Nenhuma consegue apresentar tal portfólio. É normal que os partidos e militantes escolham os números mais convenientes para propagar a idéia de que venceram as disputas políticas nas quais tenham se envolvido. É razoável, entretanto, que essas compilações interessadas passem pelo crivo da crítica, para que a fumaça ideológica e propagandística esconda menos a realidade.
E o vencedor é…
Julgamento rápido
Izabelle Torres
Correio Braziliense
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, disse ontem que a Corte vai julgar todos os recursos que tratam de impugnações de candidaturas antes da data limite para a diplomação dos eleitos, em 18 de dezembro. Segundo ele, aguardam por julgamento cerca de 3.500 processos que tratam de pedidos para impugnar candidatos. “ Todos esses casos serão objeto de rigoroso planejamento para que todos sejam julgados antes da data de diplomação. Para isso, poderemos convocar sessões extraordinárias”, disse.
Julgamento rápido
A face ou as garras
Jânio de Freitas
Folha de S. Paulo
A eleição ainda pede algum tempo mais para mostrar com clareza a sua face, a uns, e as suas garras, a outros
Se confrontado com o poder eleitoral atribuído à sua aprovação popular, e do qual ele próprio se mostrou convicto, Lula sai do primeiro turno municipal com uma derrota que, só por grande e improvável soma de êxitos, no segundo turno, poderia tornar desimportante. Em termos políticos, mais que dos resultados localizados, o efeito insuficiente dos seus empenhos trouxe um clareamento significativo: desinflou o bicho-papão eleitoral que estava condicionando todas as prospecções políticas para a eleição presidencial em 2010.
O problema de Lula em relação ao segundo turno é, portanto, muito maior do que as implicações normais do perde-ganha eleitoral. Antes de tudo, trata-se de aferir os riscos existentes em cada uma das situações a que deveria acorrer. Lançar-se ainda mais no apoio a Luiz Marinho em São Bernardo, integrar-se à luta de Marta, por exemplo? O que será no caso de perder? Ou ao menos a vitória em um atenuaria a derrota no outro? Mas, sem dúvida, não enfrentar o desafio em São Paulo, depois de tanto dar a eleição da companheira Marta como indispensável, seria uma retirada com custos muito altos.
De eleições e tsunami
Clóvis Rossi
Folha de S. Paulo
Em tese, deveria escrever sobre o resultado das eleições municipais, especialmente a paulistana. Mas viajei domingo logo após votar, caí no meio de um vendaval financeiro sem paralelo desde que me lembro como jornalista (sim, nasci depois do "crash" de 1929) e a votação tornou-se quase irrelevante, na comparação. Além disso, o resultado só reforçou uma observação feita no domingo: a capacidade de o presidente Lula transferir maciçamente votos para seus candidatos é menor do que parecia. Pelo menos o foi em São Paulo. Por isso, a candidatura Dilma Rousseff para 2010 poderá eventualmente ser repensada, como, aliás, disse ao site Congresso em Foco o cientista político Alexandre Barros, da consultoria Early Warning. "O resultado da Marta mostra que, pelo menos por enquanto, a transferência de votos não é tão fácil como o presidente imaginou", argumenta.
De eleições e tsunami
Bacia de Campos entra no mapa do pré-sal
Gazeta Mercantil
Depois das promissoras descobertas na bacia de Santos, as petroleiras agora buscam petróleo e gás no pré-sal da bacia de Campos. Responsável por mais de 80% da de toda a produção de petróleo nacional, a bacia recebeu desde setembro sete sondas com objetivos de perfuração com mais de quatro mil metros de profundidade, segundo apurou a Gazeta Mercantil. A Petrobras procura óleo no pré-sal campo de Marlim Leste, um dos maiores campos do País. A americana Anadarko anunciou descobertas relevantes na semana passada e a Shell enviou sonda para explorar a 4.600 metros o BC-10.
Bacia de Campos entra no mapa do pré-sal
IPC da baixa renda tem menor taxa em 3 anos
Gazeta Mercantil
O Índice de Preços o Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado com base na despesa de consumo das famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos mensais, registrou deflação de 0,57% em setembro, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esta foi a menor taxa desde agosto de 2005, quando o índice registrou queda de 0,74%. Com este resultado, as variações no ano e nos últimos 12 meses foram 5,66% e 7,47%, respectivamente.
IPC da baixa renda tem menor taxa em 3 anos
Registro - mulheres
Gazeta Mercantil
O Brasil ganhou mais mulheres comandando os Executivos municipais. Segundo levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as prefeitas respondem por 9,16% das 5.563 prefeituras - 498 - espalhadas pelo Brasil. O número foi dado pelo presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, em coletiva realizada na tarde de ontem. O número de mulheres, apesar de ser proporcionalmente baixo em relação ao total, vem aumentando timidamente nas últimas eleições. Em 2004, elas ficaram responsáveis por 7,32% das prefeituras, enquanto em 2000, de 5,32%. O aumento não ocorreu na eleição para as câmaras de vereadores.
CVM dá aval a incorporações
Gazeta Mercantil
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pôs um ponto final na polêmica sobre as recentes operações de incorporação entre empresas listadas na bolsa. No entendimento do órgão regulador do mercado de capitais brasileiro, apesar de haver uma mudança no controle das companhias, não existe a obrigato-riedade da realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações dos minoritários. Ou seja, apenas o fato de a empresa "dormir com um controlador e acordar com outro", como foi dito pelo mercado à época da incorporação da Tenda pela Gafisa e da Company pela Brascan, não é suficiente para enquadrar a empresa no artigo 254-A da Lei das S/A, que determina a oferta.
CVM dá aval a incorporações
Lobão defende diplomacia com Equador
Márcio de Morais
Jornal do Brasil
O ministro e Minas e Energia, Edison Lobão, saiu em defesa dos interesses da Petrobras no Equador, ao avaliar declarações do presidente andino, Rafael Correa, no fim de semana, segundo as quais a permanência da empresa brasileira naquele país corre riscos caso não colabore com a revisão das regras locais sobre remuneração de petróleo. Correa pretende retirar dos atuais contratos de concessão o caráter de propriedade assegurado às empresas que lá atuam e remunerá-las apenas pelos serviços relativos às atividades de exploração.
Lobão defende diplomacia com Equador
Câmara renovada, mas nem tão diferente
Idelina Jardim Paula Máiran
Jornal do Brasil
Em 51 edis, há 31 clientelistas e oito investigados
Parece que mudou muito a Câmara Municipal do Rio, com índice de 43% de renovação de seus parlamentares. A se levar em conta, porém, o perfil dos vereadores, nada tende a funcionar de modo tão diferente. Pelo contrário, características que definiam o plenário anterior se acentuaram ainda mais no novo conjunto, agora aumentado para 51, um a mais do que no passado. Em um quadro de extrema fragmentação partidária, com a representação de nada menos do que 21 legendas, subiu o número de vereadores suspeitos de ligação com crimes (oito), assim como o daqueles de perfil fisiológico e clientelista (31). Outros 12 teriam perfil considerado de origem ideológica.
Deputados e senadores reprovados nas urnas
Márcio FalcãoLuciana Abade
Jornal do Brasil
A partir de janeiro de 2009, pelo menos 13 deputados vão deixar o gabinete em Brasília para despachar em uma prefeitura. Na eleição de domingo, dos 95 parlamentares que participaram do chamado "recall" nas urnas, 67 já foram rejeitados pelos eleitores. Outros 15 ainda esperam o segundo turno para saber se serão eleitos prefeitos ou vices. Entre os que receberam um novo aval, 11 são da base aliada, que também sai na frente em meio aos deputados que ainda têm chance de saírem vitoriosos na disputa municipal, com 12 aliados do Palácio do Planalto no páreo contra três da oposição. O baixo desempenho registrado pelos congressistas já era esperado. A maioria se lança na eleição de olho na próxima disputa ao Congresso. Sem chance de vitória, a idéia é retomar a atenção do eleitores com a exposição no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão - inclusive para divulgar as ações que desenvolvem na Câmara e no Senado. Sem contar que não há risco algum em participar do pleito. Os parlamentares só têm a lucrar, uma vez que não precisam abrir mão do mandato durante a campanha e de alguns benefícios como a verba indenizatória.
Deputados e senadores reprovados nas urnas
''The giant sucking sound''
Ilan Goldfajn
O Estado de S. Paulo
As conseqüências da crise chegaram definitivamente ao Brasil. Ao fundo, escuta-se um som gigante. É o crédito sendo sugado e desaparecendo em todos os cantos do mundo. Quem precisa de crédito para terminar um projeto ou simplesmente financiar seu negócio está com dificuldades: o crédito doméstico tem ficado mais escasso e caro, como resultado da busca de alternativas ao financiamento externo. O Brasil está (estava?) no auge do ciclo de investimentos. Como será o fim desta crise? Como o Brasil deve reagir?
''The giant sucking sound''
Uma certa hecatombe
Celso Ming
O Estado de S. Paulo
Hecatombe era o sacrifício único de cem (heca) bois (bous) na Grécia antiga. Vem dessa impressionante enxurrada de sangue animal o uso residual da expressão. Sempre que ocorre algo parecido com o que ocorreu ontem no mercado de câmbio e na Bolsa brasileira, recorre-se a velhas palavras como essa que, apesar dos exageros, não deixam de dizer alguma coisa. Ontem foi a primeira vez que a interrupção do pregão da Bovespa aconteceu duas vezes no mesmo dia. Mas o fato que mais refletiu a insegurança aqui foi a disparada das cotações do dólar no câmbio interno, que saltaram no fechamento para R$ 2,20, alta de 7,6% num único dia.
Uma certa hecatombe
'Brasil pode ter estouro da bolha na agricultura'
Jamil Chade
O Estado de S. Paulo
Economista vê escassez dos créditos como um problema para o campo, que recebeu dinheiro de investidores estrangeiros
O Brasil não está imune à crise e corre o risco do estouro de uma bolha na agricultura diante da crise internacional. O alerta é do Prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz. Em entrevista ao Estado, ele diz que o Brasil precisa se preparar para um cenário em que os créditos estarão escassos por vários meses ainda. Na opinião do economista americano, a crise marca o fim de uma era, e a Europa pode ter problemas tão severos quanto os dos Estados Unidos. Ele pede um plano europeu para a economia e adverte: o pior ainda está por vir.
'Brasil pode ter estouro da bolha na agricultura'
Nobel premia a descoberta do HIV e o estudo que liga HPV ao câncer
O Estado de S. Paulo
Metade do prêmio vai para Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier; Harald zur Hausen fica com o restante
A pesquisa de dois importantes vírus para a história do século 20 mereceu o Prêmio Nobel de Medicina de 2008. Metade dos 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3 milhões) foi para o pesquisador alemão Harald zur Hausen, que descobriu a relação entre o papilomavírus humano (HPV) e o câncer de colo de útero, segundo tumor que mais mata mulheres no mundo. A outra metade será dividida entre os descobridores do HIV, vírus que causa a aids, os franceses Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier. Cerca de 250 mil mulheres morrem por ano vítimas do câncer de colo de útero, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Nobel premia a descoberta do HIV e o estudo que liga HPV ao câncer
Brasil é o 4º credor dos EUA; posição preocupa
Patricia Campos Mello
O Estado de S. Paulo
País tem US$ 148,4 bilhões em títulos do Tesouro americano, só perde para Japão, China e Grã-Bretanha
O Brasil já é o quarto maior credor individual dos Estados Unidos. Tem US$ 148,4 bilhões em títulos do Tesouro americano, de acordo com os dados mais recentes de Washington, de julho. O País só perde para Japão (US$ 593,4 bilhões), China (US$ 518,7 bilhões) e Grã-Bretanha (US$ 290,8 bilhões) - os países exportadores de petróleo aparecem na frente do Brasil porque estão agrupados. Em meio à crise nos Estados Unidos e ante a perspectiva de um grande aumento na dívida do país, a concentração das reservas brasileiras em títulos do Tesouro americano (Treasuries) desperta preocupação. Rússia e a Índia vêm reduzindo a exposição ao dólar.
Brasil é o 4º credor dos EUA; posição preocupa
Cartel também é crime
Mariana Tavares de Araújo e Ana Paula Martinez
O Globo
Cartel é um acordo entre concorrentes para fixar preços, dividir clientes ou mercados e constitui a mais grave lesão à concorrência. Segundo a OCDE, cartéis aumentam os preços de produtos e serviços em média de 10% a 20%, causando prejuízos anuais de centenas de bilhões de reais aos consumidores. Nos últimos anos, as autoridades de defesa da concorrência de todo o mundo intensificaram esforços para identificar e impor sanções à prática de cartel. A Comissão Européia aplicou multas que superaram US$3 bilhões somente em 2007 e os EUA, de 1997 a 2007, puniram empresas e indivíduos em mais de US$4 bilhões. A pena média para cartéis nos EUA é de 31 meses de prisão - desde 2000 mais de 150 executivos já cumpriram pena naquele país.
Cartel também é crime
Uma nova política externa
João Augusto de Castro Neves
O Globo
A relação do Brasil com os países vizinhos não é mais a mesma. O episódio recente no Equador, com a expulsão da Odebrecht e a ameaça do presidente Rafael Correa de não pagar um empréstimo do BNDES, constitui mais um capítulo turbulento da diplomacia regional e sublinha uma interrogação cada vez mais freqüente: existe, no âmbito do atual governo brasileiro, uma estratégia política para lidar com esse tipo de situação na América do Sul? Até agora, a principal reação do governo brasileiro foi a de considerar a decisão de Correa como uma jogada política para enfrentar o referendo constitucional da semana passada. Trata-se de uma postura contemporizadora, mas que não reduz a magnitude do problema. Afinal, os atritos com Bolívia e Paraguai também tiveram motivações político-eleitorais e os interesses brasileiros seguem ameaçados. Essa cautela, na verdade, emana do princípio de não intervenção nos negócios internos de outros países.
Uma nova política externa
Lula na TV
Ilimar Franco - Panorama Político
O Globo
O presidente Lula tropeçou nas eleições. No primeiro turno, ele gravou mensagens personalizadas para 94 candidatos. Desses, 45 perderam a disputa, apesar de usarem o apoio de Lula na TV. Mas 40 governistas venceram, e outros nove estão no segundo turno. O presidente Lula, com a popularidade em alta, quase não foi atacado na campanha, mas, como se vê, não fez milagre.
Os palanques em 26 de outubro
O presidente Lula só vai participar da campanha no segundo turno em 12 cidades. Nelas, haverá confronto entre o governo e a oposição. Os aliados disputam 16 prefeituras, e em uma delas a briga é entre a oposição. Para evitar problemas com a base, Lula foi aconselhado a evitar posicionar-se em Porto Alegre e Florianópolis, onde quem disputa é o PMDB da oposição. Nesse caso, a cúpula do partido argumentou que a ida do presidente acabaria estimulando núcleos dissidentes, o que criaria dificuldades para 2010. Isso exclui São Paulo, onde o PMDB está com Gilberto Kassab (DEM) e Lula fará campanha para Marta Suplicy (PT). O Lula vai ter que escolher entre um candidato que conheceu na esquerda e outro que conheceu na CPI dos Correios" - Sérgio Guerra, senador (PE), presidente do PSDB, sobre o segundo turno no Rio
FÊNIX.
Clãs
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reelegeu Renan Filho prefeito de Murici. Já o filho de Fernando Collor (PTB-AL), Fernando James, perdeu em Rio Largo, assim como o irmão de Heloísa Helena (PSOL) em Palmeira dos Índios.
Lula na TV
PMDB ganha peso para 2010
César Felício
Valor Econômico
O PMDB e o PSB são os partidos que tiveram desempenho eleitoral mais expressivo no primeiro turno das disputas municipais, encerrado no domingo. Pela primeira vez desde 1988 o PMDB interrompeu uma trajetória declinante e elegeu no domingo pelo menos 1.194 prefeitos, 140 a mais do que há quatro anos, sem contar os municípios em que disputa o segundo turno, de acordo com um balanço preliminar divulgado pelo TSE na tarde de ontem. Em relação ao total de 2004, o PMDB cresceu 13,8%. Já o PSB passou de 177 eleitos em 2004 para ao menos 309. Um aumento de 74,5%.
PMDB ganha peso para 2010
Metade nova classe média
Marcelo Néri
Valor Econômico
O Centro de Políticas Sociais da FGV apresentou dois estudos recentes que colocaram no mapa a nova classe média, leia-se a família de classe C que ganha entre R$ 1.064 e R$ 4.591 por mês, a preços de hoje da Grande São Paulo. Em vez de análises da distribuição da parcela relativa de cada grupo na renda total, nos fixamos na parcela da população que está dentro de determinados parâmetros de renda fixados para todo o período. A presente abordagem é similar àquela de pobreza absoluta, só que estamos preocupados também com outras fronteiras, como aquelas que determinam a entrada na classe C e a saída deste grupo para as classes A e B.
Metade nova classe média
Braga perde nos grandes municípios do Amazonas
Daniela Chiaretti
Valor Econômico
O maior derrotado das urnas em Manaus, o governador Eduardo Braga (PMDB), fazia ontem uma avaliação das eleições de domingo junto das lideranças de sua coalizão. Além de perder na capital com o candidato Omar Aziz (PMN), que ficou em terceiro, os nomes apoiados por Braga não venceram em municípios importantes do interior como Parintins, Tefé e Itacoatiara. A perda tem efeitos imediatos e de longo prazo. É preciso decidir de quem se aproximar para a disputa do segundo turno. E como evitar arranhões no horizonte do poder em 2010.
Braga perde nos grandes municípios do Amazonas
Crise paralisa fusões e aquisições no Brasil
Cristiane Perini Lucchesi
Valor Econômico
A crise externa de liquidez e crédito chegou com tudo ao Brasil em setembro a ponto de paralisar até mesmo o movimento de fusões e aquisições de empresas brasileiras. Segundo os dados da Thomson Reuters Markets, não houve sequer uma operação envolvendo empresas brasileiras em setembro. O valor das fusões e aquisições até o final de setembro chegou a US$ 62,3 bilhões, o mesmo número do que no acumulado até o final de agosto. O total representa um recorde: na soma de todo o ano passado, foram anunciadas transações de US$ 59 bilhões. O Credit Suisse manteve liderança no ranking de assessores, seguido de perto pelo segundo colocado, o Citigroup. O Rothschild continua o terceiro colocado. De janeiro a setembro do ano passado, o Citi havia conseguido a primeira posição seguido do Credit Suisse.
Crise paralisa fusões e aquisições no Brasil
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