quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Greve Geral

Bancários paralisam atividades no Amapá

Os bancários realizaram durante 24 horas uma greve em oposição à proposta apresentada pelos banqueiros de 7,5% de reajuste salarial no mês de setembro.

Na última segunda-feira (29) o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Anastácio de Melo se reuniu na sede da entidade em uma assembléia geral para esclarecer se a classe aceitaria a proposta. O sindicalista disse que a classe foi contra a proposta apresentada e revelou que a seria realizada uma assembléia na tarde da última terça-feira (30), caso os bancários neguem a proposta dos banqueiros, a classe irá grevar por tempo indeterminado, o que acarretaria vários transtornos para a população. " O que foi apresentado foi uma vergonha, queremos apenas o nosso direito e que a classe tenha seus direitos adquiridos. Essas reivindicações é a nível nacional, todos unidos por melhores condições salariais e mais respeito com a classe" , afirmou.
Para Anastácio, a campanha não se limita a melhores condições salariais e de trabalho, mas busca também o atendimento de qualidade para os clientes lembrando a campanha da Fenaban " Mais Bancários, Menos Filas" .
Ontem no centro da cidade, cerca de 50 bancários protestaram em frente dos principais bancos, acompanhados de um carro som. Várias fachas de protestos eram erguidas a frente das agências bancárias anunciando o motivo da paralisação.
O funcionário público Antônio Vargas disse que os bancos não deveriam paralisar totalmente devidos os juros das contas atrasadas que os bancos cobram, acarretando grandes transtornos ao consumidor. " Eu não tenho nada contra a paralisação, eles estão no seu dever, mas deveria ficar pelo menos metade dos funcionários nas agências, quem perde somos todos nós" , disse.
No Banco do Brasil as filas eram somente nos caixas eletrônicos.
A campanha salarial da categoria está sendo discutida há quatro meses, e após essa discussão foram abertas assembléias para os funcionários decidir qual proposta aceitar.
As principais reivindicações dos bancários é um reajuste de 13,23%, piso salarial de R$ 2.074, Plano de Cargos e Salários, fim dos meses abusivos e do assédio moral, PLR de três salários mais R$ 3.500, contratação de mais funcionários, cesta alimentação de um salário mínimo e vale-refeição de R$ 17,50, auxílio educação, ratificação da Convenção 158 e cumprimento da jornada de seis horas.
"O movimento Sindical reivindica 16% de reajuste, que é uma composição entre o IPNC do período de 12 meses, mais a variação do PIB no mesmo período e um aumento real na ordem de 3% o que dá 16%, porém os bancos estão oferecendo 7,5%" , afirmou Anastacio.


Matéria de Franck Figueira, do
Jornal do Dia

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