quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Amapá, o Brasil e o Mundo...

Quarta-feira, 08 de outubro de 2008

Confira os destaques dos jornais do Amapá e do Brasil. Se você não teve tempo para ler as notícias de hoje, clique nos links logo abaixo das matérias para lê-las no clipping do Ministério do Planejamento, sem que seja necessário que se cadastre. Publicaremos esta seleção todos os dias entre 19h00 e 21h00. Nos finais de semana os links com as matérias completas serão da Radiobras, que exige cadastro. Para o Amapá, serão disponibilizados os links para os sites dos jornais do Estado.

Abismo entre norte e sul
João Cláudio Garcia
Correio Braziliense

Sem ilusões, a relação entre os Estados Unidos e a América Latina tende a piorar, seja qual for o sucessor de George W. Bush. Independentemente da visão de mundo que tenham democratas e republicanos, o diálogo com os latino-americanos se pauta, em primeiro lugar, pelo comércio, e, em seguida, pela cooperação política. Nas duas frentes houve clara deterioração durante o segundo mandato de Bush. Desde as eleições de Hugo Chávez na Venezuela e Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, a região deixou de lado a idéia de que quase tudo o que é bom para a América é bom também para quem está abaixo do Equador.
MEC assume papel de ranqueador das IES
Janguiê Diniz
Correio Braziliense

Sempre defendemos a avaliação da educação superior no contexto do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). A partir dessa premissa, afirmamos que a comunidade acadêmica foi surpreendida com a criação do Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC), instituído pelo MEC, em 2008, como indicador que sintetiza a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu das instituições de educação superior. Essa qualidade é traduzida por meio de conceitos resultantes de modelos matemáticos que agregam realidades, missões, perfis, vocações distintas e até antagônicas, utilizando, inclusive, períodos diferenciados como referência.
MEC assume papel de ranqueador das IES
Congresso vota aumento de verba para expandir limite marítimo
Ricardo Brito
Correio Braziliense

O Congresso Nacional pode dar um importante passo hoje para que o Brasil aumente o limite do seu vasto território marítimo. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) se reúne nesta tarde para votar a concessão de um crédito especial, no valor de R$ 177,4 milhões, que dará ao país condições de concluir estudos para aumentar, de 200 para 350 milhas marítimas, o limite máximo territorial para exploração comercial nas águas do oceano.
Congresso vota aumento de verba

O foco do PMDB
Brasília-DF
Correio Braziliense


Os peemedebistas passaram as últimas 24 horas contando os números e a presença de seus deputados para o lançamento da candidatura de Michel Temer à Presidência da Câmara — o cargo que o partido pretende usar como vitrine para 2010, com o resgate da imagem do Legislativo e, ao mesmo tempo, o fortalecimento da legenda. Tanta preocupação tem um objetivo: garantir uma votação que demonstre unidade suficiente para atrair as juras de amor do presidente Lula à agremiação. Explica-se: unido, o PMDB, campeão em número de prefeitos eleitos, pretende se sentar à mesa de 2010 em condições de discutir com o PT em pé de igualdade. “Nosso palanque em 2010 será o do presidente Lula”, diz o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que não se cansa de realçar as qualidades da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, mas não deixa de lado um flerte com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB).
Em tempo: por falar em Aécio, o PMDB acredita que o governador mineiro terá que ser um lorde inglês neste segundo turno, em Belo Horizonte. É que não dá para esquecer que o adversário é do PMDB, potencial aliado de Aécio na hipótese de o tucano concorrer à Presidência da República.
O foco do PMDB

À distância regulamentar
Nas Entrelinhas
Correio Braziliense

A eleição de São Paulo é a única onde o presidente Lula é obrigado a subir no palanque. Mas é uma casa de caboclo em termos políticos

A grande diferença entre o primeiro e o segundo turno das eleições é a natureza da contradição eleitoral. Em tese, no primeiro turno, nada impede que dois adversários mantenham um pacto de boa convivência, de olho na aproximação futura. No segundo turno, há um combate frontal, mesmo quando estão no mesmo campo político, que inviabiliza a recomposição das forças locais. Por essa razão, o presidente Lula ficará longe da maioria dos palanques.

São Paulo —A eleição de São Paulo é a única onde o presidente Lula é obrigado a subir no palanque. Mas é uma casa de caboclo em termos políticos, uma vez que Gilberto Kassab (DEM) virou o primeiro turno à frente de Marta Suplicy (PT). O governador paulista, José Serra (PSDB), fará campanha para Kassab com gosto. Se conseguir a reeleição do prefeito paulistano, será uma vitória estratégica: a derrota de Lula. Com isso, o tucano aumentaria a expectativa de poder criada por sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2010. Agora é tarde para Lula evitar o confronto. Seria fugir à luta
À distância regulamentar


PMDB amplia reinado nos grotões do país
Os donos dos grotões
Lúcio Vaz
Correio Braziliense

Nos pequenos municípios com menos de 5 mil eleitores, espalhados pelo interior do Brasil, o PMDB reinou absoluto. Elegeu 409 de 1.940 prefeituras disputadas nessa faixa e, assim, garantiu 21,1% do bolo. Há quatro anos, a fatia peemedebista era de 20,8%. O PSDB ficou em segundo, seguido do PP e do DEM. O PT melhorou o desempenho em relação às eleições de 2004, mas não conseguiu avançar nos grotões do país tanto quanto esperava. Quem manteve o domínio absoluto nos pequenos municípios, elegendo o maior número de prefeitos, foi o PMDB, seguido a uma boa distância pelo PSDB. As maiores perdas nessa faixa do eleitorado foram sofridas pelo DEM. O PT só consegue igualar o PMDB nas cidades de 50 mil a 100 mil eleitores. E obtém o melhor desempenho entre todos os partidos nos municípios na faixa de 100 mil a 200 mil eleitores. A liderança das grandes metrópoles só poderá ser definida após o segundo turno das eleições.
PMDB amplia reinado nos grotões do país

Amapá contemplado com ações na educação, saúde e meio ambiente
Diário do Amapá


O ministro de Estado da Educação, Fernando Haddad, publicou no Diário Oficial da União (DOU) de ontem, 7 de outubro, autorizações para a realização de concurso público com 9.311 cargos de professor de 3º grau e 7595 cargos de técnico-administrativo para instituições federais de ensino, inclusive a Fundação Universidade Federal do Amapá. A nomeação dos candidatos aprovados no concurso público deverá ocorrer a partir de janeiro do próximo ano. Também foi publicado no Diário Oficial da União de ontem, pela Secretaria de Vigilância em Saúde, a liberação de verba com total de R$ 165.973,40 para a aquisição de materiais hospitalares, sendo R$ 41.493,35 para aquisição específica de agulhas e seringas destinadas as ações do Programa Nacional de Imunização desenvolvidas pelas Secretarias Estaduais de Saúde (SES). O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicou também no Diário Oficial da União de ontem autorização para o Centro Especializado em Prevenção e Combate aos incêndios Florestais (Prevfogo) a criar brigadas temporárias no Estado do Amapácom 31 brigadistas divididos entre gerente, chefe e brigadistas para prevenção e combate.
As informações foram divulgadas pelo gabinete do Senador da República, José Sarney (PMDB - AP).

“Termômetro”
Diário do Amapá


Eleições municipais sempre servem de "termômetro", primeiro para medir a atuação dos gestores públicos municipais e estaduais e Câmara de Vereadores. Dependendo do resultado das urnas, será possível se fazer um prognóstico sobre o que poderá acontecer nas eleições gerais, quando serão eleitos o Presidente da República, governadores, senadores e deputados federais. Quando o resultado das urnas aponta para o crescimento da oposição é o sinal de que o povo está descontente com a situação e que por isso aspira por mudanças. Foi isso que aconteceu nas eleições do dia 5 último, quando a disputa para a Prefeitura de Macapá favoreceu um candidato da oposição com larga margem de votos. Entre os sete candidatos que disputaram o importante cargo de prefeito da capital, maior reduto eleitoral do Estado, os dois opositores de fato, Camilo Capiberibe (PSB) e Lucas Barreto (PTB), somando-se os votos obtidos por ambos, ultrapassam a casa dos cem mil contra 74 mil conferidos aos outros candidatos. E diga-se que por pouco o candidato do governo, Roberto Góes (PDT), não foi superado por Lucas Barreto. Apoiado por uma mega-estrutura partidária e a máquina pública, o candidato pedetista conquistou a vaga para disputar o segundo turno com apenas 1% de vantagem sobre Lucas Barreto. Resta agora aguardar a eleição do segundo turno para se saber quem é quem na disputa pela sucessão do prefeito João Henrique Pimentel. Verifica-se, no entanto, que pelo andar da carruagem vai ser difícil a “força de coalisão” que dá apoio ao governo Waldez Góes eleger o futuro governador do Estado. Tal previsão se baseia no crescimento da oposição em que Lucas Barreto desponta como forte candidato ao Palácio do Setentrião. Eleito deputado esta-dual em 1990, cumpriu quatro legislaturas na Assembléia Legislativa. O ponto alto da sua trajetória política foi registrado quando exerceu a presidência da Casa. Em pouco tempo de gestão conseguiu equilibrar as contas, pagar salários atrasados aos servidores. Ao deixar o cargo de presidente, recebeu calorosa manifestação po-pular de aplausos. Entregou a casa arrumada ao seu sucessor, deputado Jorge Amanajás, que vem mantendo um ritmo de trabalho invejável, tanto que foi reeleito pela terceira vez como presidente da Assembléia Legislativa. Analisando o quadro político majoritário atual, em que dois deputados estaduais disputam em segundo turno o cargo de prefeito de Macapá, conclui-se que a Assembléia Legislativa se mantém com a credibilidade em alta e aparece como trampolim para a conquista da Prefeitura de Macapá e do governo do Estado. (Colaborou Ruy Guarany Neves) "Quando o resultado das urnas aponta para o crescimento da oposição é o sinal de que o povo está descontente com a situação e que por isso aspira por mudanças. Foi isso que aconteceu nas eleições do dia 5 último, quando a disputa para a Prefeitura de Macapá favoreceu um candidato da oposição com larga margem de votos."
Diário do Amapá

Espectador
Coluna “From”
Diário do Amapá


Gente bem próxima a Lucas Barreto garante que ele vai ficar como mero espectador no segundo turno. No máximo, vai liberar eleitorado – diga-se de passagem muito grande – para votar em quem bem entender.
É que ele está de olho na sucessão de Waldez Góes.

Credibilidade
Assembléia Legislativa, sem nenhuma dúvida, é uma das instituições de maior credibilidade junto ao povaréu.
Tanto que nas eleições deste ano, só em Macapá, obteve exatos 89,48% dos votos, conquistados pelos deputados estaduais.

Liderança
Deputado Jorge Amanajás é, sem nenhum favor, liderança política cada vez mais emergente. Passado o primeiro turno, na primeira chance que teve, em plenário cumprimentou os colegas Roberto Góes e Camilo Capiberibe que duelam no segundo turno. Sem deixar de destacar as performances de Moisés Souza e do ex-estadual Lucas Barreto que teve um caminhão de votos.

Estrago
Se Marta Suplicy perder eleições em São Paulo, para o atual prefeito Gilberto Kassab, o presidente Lula vai ficar em maus lençóis. É que pode escoar pelo ralo pretensão de eleger o sucessor (ele prefere sucessora) nas eleições de 2010. Porque cacife do governador paulista José Serra, que apóia Kassab, vai para as alturas. E isso está muito fácil de acontecer.

A limpo
TSE vai acelerar julgamento dos processos de políticos que tiveram candidaturas impugnadas, mas disputaram as eleições desse domingo. Presidente do tribunal, Carlos Ayres Britto, disse que os processos serão julgados até à data da diplomação dos eleitos, em 18 de dezembro.

Crupiê
O PMDB, grande vitorioso do primeiro turno das eleições municipais, mais uma vez tem o presidente Lula nas mãos. Por conta do reforço do poder político, é o partido de Sarney que vai dar as cartas nas sucessões presidenciais. Via de conseqüência, poder de barganha pode beneficiar em muito o Amapá.

Recorde
Nosso Estado é, mais uma vez, referência nacional. Desta vez, por ter encerrado em tempo recorde a apuração do primeiro turno das eleições. E o que é melhor: sem nenhuma trapalhada registrada. Como diz o Faustão: quem sabe faz ao vivo.

Fraude
Aprimorando cada vez mais o processo eleitoral, TSE anuncia para eleições de 2012 uso das urnas biométricas. Aquelas que foram experimentadas em três estados nas eleições deste ano, em que eleitor é identificado através das impressões digitais. Vai ver que, depois, derrotadoss ainda vão achar que urnas não são seguras...

Reprovação
Se no Amapá os deputados estaduais foram os grandes vitoriosos das eleições deste ano, em nível nacional os federais e senadores se deram mal, muito mal. Apenas 13 dos 93 deputados se elegeram prefeitos e nenhum senador conseguiu passar no teste nas urnas. Mau sinal, mau sinal...

Liberou geral
Violência está nas nuvens por estas bandas, por assim dizer. Aumento do efetivo policial, prometido por Waldez Góes, deve dar um basta em tantos excessos. Ainda bem que polícia é eficiente e acaba colocando criminosos atrás das grades. Como está acontecendo, um a um, com os autores do bárbaro assassinato do médico Ailton Barbosa, no Marabaixo.
Coluna FROM


“Argumentos”, com Cléber Barbosa
Diário do Amapá

Grilo na cuca
Não se trata de nenhuma música dos anos 70 mas sim o sentimento que moveu mais uma vez os eleitores do vereador Antônio Grilo (PV) a manterem o mandato dele. Muito popular, simples e trabalhador, ele marcou sua passagem pela Câmara Municipal pelo trabalho social, com direito a faxina em mutirão do seu Perpétuo Socorro.

Estreante nada
Dois deputados estaduais que estão com sorriso tipo Silvio Santos (como diz o Melo) encontraram-se pelos corredores da Assembléia Legislativa, deram parabéns pela eleição dos pupilos e já engataram negociações por cargos na Mesa Diretora. Eram Paulo José (PR) e Jorge Souza (PCB), referindo-se a Adrianna Ramos e Nelson Souza.

Juventude na política
A renovada Câmara de Vereadores de Macapá, onde apenas cinco parlamentares devem retornar em 2009 terá também um perfil jovem. Entre os dois candidatos a prefeito da Capital, Roberto Góes (PDT) e Camilo Capiberibe (PSB), a mesma juventude. Então não vai ser por falta de disposição. Tomara.

Lá vem os debates
Começam as articulações de emissoras de televisão e de rádio (além das faculdades) para a realização de novos debates entre os candidatos a prefeito de Macapá. Agora só tem um detalhe: se não for muito bem organizado eles podem se recusar e não tem essa de “se não quiser não vem”. Afinal, se um faltar, não tem debate. Quando um não quer, dois não brigam, já diz aquele velho ditado...

SENTA A BOTA!
Os jipeiros do Amapá estão preparando duas grandes jornadas para divulgar o Amapá e o Festival Off Road que Macapá vai sediar em 2009. No próximo dia 3 de novembro, eles partem rumo ao Rally das Savanas, no Suriname. Em janeiro, o grupo segue por nove estados do Nordeste do Brasil, para atrair outros aventureiros a virem concorrer na Expofeira do ano que vem.

Amapá no DOU
Senador José Sarney (PMDB-AP) informa que o Ministro da Educação publicou no Diário Oficial de ontem autorizações para a realização de concurso público com 9311 cargos de professor de 3º grau e 7595 cargos de Técnico-Administrativo para instituições federais de ensino, inclusive a Universidade Federal do Amapá. Posse já em janeiro de 2009.

Compras da Saúde
Também foi publicado no Diário Oficial da União de ontem, pela Secretaria de Vigilância em Saúde a liberação de verba com um total de R$ 165.973,40 para a aquisição de materiais hospitalares, sendo R$ 41.493,35 para a aquisição específica de agulhas e seringas destinadas as ações do Programa Nacional de Imunização desenvolvidas pelas Secretarias Estaduais de Saúde (SES). Em boa hora.

Julgamentos no TRE-AP
Pauta cheia na tarde de ontem no pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), com o julgamento de processos da eleição municipal. A maioria casos de pedido de direito de resposta, multas por propaganda eleitoral extemporânea, além de outros que não chegam nem aos pés do que está por vir. É aquela história de ganhar mas não levar. Vai babar...

Vem aí a Feira das Américas
A coluna registra recebimento de convite da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) para a cobertira da Feira das Américas 2008, o maior evento do segmento turístico, no Rio de Janeiro, no final deste mês. O repórter-cinematográfico José Albenir (TV Amapá) também foi convidado e confirmou presença na Feira. O Amapá vai enviar uma delegação.

Argumentos

Boa vida para entrevistados
Ruy Castro
Folha de S. Paulo

A lei reza: repórter de jornal, de rádio ou de TV, só com diploma. Significa que são rapazes e moças que passaram por cursos de jornalismo - e, quando eles vão às ruas, ao fim do curso, não vêm "como espiões solitários, mas em batalhões", apud "Hamlet". Pois temo que, na faculdade, seus professores estejam se esquecendo de ensinar uma regra básica: ao entrevistar alguém, façam apenas uma pergunta de cada vez. É o que mais se vê nas entrevistas coletivas que a TV transmite, principalmente aquelas com os técnicos de futebol, aos domingos, depois dos jogos. O repórter faz uma longa pergunta, que parece maior ainda pela falta de objetividade, e, quando enfim a dá por encerrada, emenda com: "Outra coisa..." -e segue-se uma segunda pergunta, tão interminável quanto a primeira. O treinador, ou qualquer entrevistado, se for esperto, só responderá à segunda pergunta, e levará tanto tempo fazendo isto que, quando acabar, ninguém mais se lembrará da primeira. Ou responderá apenas à que lhe for conveniente, com o que a outra também irá para o espaço. Contraria frontalmente um princípio elementar da profissão: numa entrevista, o que importa não é a pergunta, mas a resposta.
Boa vida para entrevistados


Fim de papo: começa a estatização
Vinícius Torres Freire
Folha de S. Paulo

A estatização de fatias grossas do sistema financeiro euroamericano vai começar, agora de modo sistemático. Hoje, o Reino Unido anuncia o plano de comprar até US$ 87 bilhões (R$ 202 bilhões) em ações dos seus cinco maiores bancos. Havia rumores de que pelo menos dois deles não resistiriam à virada da noite -o dinheiro vale um terço da economia argentina. A idéia inicial é que os bancos continuem a ser companhias privadas. Mas o governo terá representantes na direção e algumas normas serão baixadas para que os bancos não parem de emprestar para clientes de varejo e a pequenas e médias empresas. De quebra, jogando para a galera, o governo vai limitar o rendimento dos altos executivos.
Fim de papo: começa a estatização

Para o alto
Mónica Bérgamo
Folha de S. Paulo

Produtores já estudam reajuste de até 15% na farinha de trigo, o que pode se refletir no preço de massas e do pãozinho. A crise internacional, de acordo com um dos maiores moinhos do país, já elevou o custo do trigo em grão importado, que passou de R$ 664 a tonelada para R$ 700.

TORCIDA
Na safra deste ano, que começa neste mês, devem ser colhidos 5 milhões de toneladas de trigo. O Brasil consome 10 milhões, tendo que importar o dobro do que produz. "É bom que o governo cuide desde já de assegurar o abastecimento, se necessário promovendo estoques reguladores", diz o relatório elaborado pela empresa produtora. Outra "torcida" é para que o preço internacional do trigo continue caindo.

BANDEIRA BRANCA
O ex-ministro Luiz Fernando Furlan, que reassumiu anteontem a presidência do conselho da Sadia, deve ir a Brasília na sexta para se encontrar com Lula. O presidente acusou a empresa de especulação e ganância na semana passada. "A empresa não apostou contra o Brasil, ao contrário: acreditou que o real não se desvalorizaria", diz Furlan. "E teve a coragem de realizar seus prejuízos. Outras que não fizeram isso ficaram com o risco em aberto."

MAIS UM
Além do Banco do Brasil, pelo menos um dos maiores bancos privados do país fez empréstimo recentemente à Sadia. Furlan não confirma, mas diz que "a empresa tem mais de 60 anos e excelente relacionamento com muitos bancos."

FORA, DILMA
Denise Abreu, a ex-diretora da Anac, comemorou em alto e bom som a vitória de Gilberto Kassab (DEM-SP) no primeiro turno em SP. Numa roda com amigos que fumavam charuto no restaurante Gabriel, ela vibrava: "Ninguém segura o [governador José] Serra!". Denise detesta Dilma Rousseff, candidata de Lula em 2010.

ATÔNITO
O ex-governador Cláudio Lembo (DEM-SP) se dizia "exaurido" anteontem com a chegada de Kassab ao segundo turno. "Nós, do DEM, estamos tão desacostumados com a vitória que ficamos até zonzos. É uma tragédia!", dizia, depois de uma série de entrevistas em rádios e TVs. O DEM colheu fracassos por todo o país.

TODOS SÃO
Ainda Lembo, ao ser questionado sobre o fato de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) ter dito que Kassab é "dissimulado". "Todo bom político é dissimulado. Eu, por exemplo, sou péssimo porque digo o que penso". Lembo perdeu duas das três eleições que já disputou.

SUBTRAÇÃO

O PMDB impôs outra derrota ao governador Aécio Neves (PSDB-MG) em Minas: em Uberaba, Anderson Adauto venceu o tucano Fahim Sawan por 54% a 42%.

SOTAQUE
E o delegado Protógenes Queiroz não conseguiu alavancar a candidatura do petista Paulo Tadeu em Poços de Caldas (MG), para quem gravou depoimento. Com 33%, Tadeu perdeu para Paulinho Courominas, do PPS, que teve 59%.
Para o alto

BNDES prevê crédito normal em 3 meses

JANAINA LAGE
Folha de S. Paulo

Para Luciano Coutinho, presidente do banco, dólar reflete momento de grande tensão, mas não se sustenta no patamar atual. Linha de financiamento para pré-embarque vai receber recursos adicionais de R$ 5 bilhões para tentar suprir a escassez de crédito
BNDES prevê crédito normal em 3 meses



A crise das ONGs e das políticas sociais
Paul Singer
Folha de S. Paulo

Há mais de um ano as relações entre o Estado brasileiro e as organizações não-governamentais estão em estado quase catatônico

Há mais de um ano as relações entre o Estado brasileiro e as organizações não-governamentais estão em estado quase catatônico, devido a um enrijecimento crescente dos controles de convênios que regem as parcerias entre ambos. As causas desse enrijecimento são múltiplas. O número de ONGs vem crescendo cada vez mais depressa, conforme os censos do IBGE das Fasfil (fundações e associações sem fins lucrativos): em 1996, havia 107.332 no Brasil; em 2002, elas passaram a ser 275.895; em 2005 (último censo), eram 338.162. Se o ritmo de crescimento do último triênio meramente se manteve, o número de ONGs deve neste ano andar por volta de 416 mil. A análise dos resultados do censo de 2005 pelo IBGE aponta algumas razões desse crescimento acelerado: "A idade média das Fasfil, em 2005, era 12,3 anos, e a maior parte delas (41,5%) foi criada na década de 1990. Entre os vários fatores que contribuíram, naquele momento, para o crescimento acelerado dessas entidades, destaca-se o fortalecimento da democracia e da participação da sociedade civil na vida nacional".
A crise das ONGs e das políticas sociais

Comprar e vender voto é crime e contribui para aumentar a corrupção
Gazetilha
A Gazeta

• Segundo turno
Roberto Góes (PDT) já ligou para todo mundo. Dalva vai reunir o PT para decidir. Talvez hoje diga o que vai fazer no segundo turno. Mas há quem afirme que ela não terá dificuldades de ir com Roberto.

• Uma fatia a mais
O PT vai exigir mais do que tem no governo Waldez hoje. Além da CEA e do Rurap, outros órgãos poderão entrar na cota. O PT tem o apoio do governo federal, por isso tem mais direito.

• E o Moisés?
Apesar de terem brigado, indo até as vias de fato, as conversas avançam para um acordo em que o PSC e PHS embarcariam na canoa de RG. Dizem que Moisés tem uma lista para reivindicar. Quer pelo menos ressarcir os investimento de campanha.

• Meio bicuda
Magoada até o fio do cabelo, Fátima Pelaes, para quem a conhece está recolhida. Depois põem a cabeça para fora . Vai querer valorizar o apoio ao Góes. Sinais bem claros da coordenação do PDT revelam que, para quem teve uma performance inexpressiva tem que haver contentamento.

• E o Lucas?
Pois é. Na sexta-feira o PTB reúne a executiva para decidir para onde o partido vai, no segundo turno. O que ficar acertado será cumprido pelo candidato Lucas. O PTB vem sendo assediado pelos dois, tanto Camilo quanto pelo Roberto. É esperar para ver. Afinal com 45 mil votos, Lucas passa a ser o fiel da balança.

• Agradecimento na TV
Depois da grande manifestação popular de segunda-feira à noite na frente da cidade, quando a militância, eleitores e simpatizantes fizeram uma festa e Lucas aproveitou para agradecer, o candidato do PTB vai gravar uma mensagem que será veiculada no final de semana. A expectativa é grande. Nesse filme Lucas vai agradecer os votos e falar de sua postura no segundo turno.

• Em Santana
Ainda vai dar muito pano para as mangas as eleições de Santana. Nogueira concorreu sub-judice, ou seja, tinha sido cassado, recorreu e agora aguarda julgamento. Se for confirmada a cassação do registro é Rosemiro quem toma posse.

• Duas justiças
No caso da decisão sobre a manutenção ou não do mandato de Nogueira é critério único e exclusivo da Justiça. Na decisão entre os dois candidatos de Macapá, a decisão é única e exclusiva do eleitor. Agora são só os dois. Um deles tem que ser o prefeito. Quem é quem todos sabem. É a decisão da consciência e maturidade política do eleitor macapaense.
A Gazeta/Gazetilha

Uma lei para ser posta em prática
Luiz Gonzaga Bertelli
A Gazeta


“Nossa Constituição é uma mistura de dicionário de utopias e regulamentação minuciosa de efêmero”. A frase do economista Roberto Campos pode soar pessimista, mas leva a uma reflexão: o que não seria do nosso país se as leis fossem praticadas ao pé da letra? Tome-se como exemplo o segundo e terceiro item da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que determina, como finalidades do ensino médio, “a preparação básica para o trabalho e cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores” e “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”. Essa edição da LDB foi instituída há 12 anos e, como se constata nas citações acima, já deixava explícita que a preparação dos jovens para o mercado de trabalho deve começar bem antes do ensino superior. O CIEE sempre classificou o estágio como uma escola para a vida. Para os universitários, a parte mais importante é sem dúvida a possibilidade de aplicar os conceitos teóricos na prática da empresa, num processo altamente enriquecedor da formação profissional. Já o foco para os alunos de ensino médio é outro: o estágio permite aos jovens aprender, no dia-a-dia, regras de comportamento corporativo, dicas profissionais básicas dadas por colegas mais experientes, normas de etiqueta e de comunicação, tal como orienta a LDB. Apesar de tudo, a autorização para que a capacitação dos pré-universitários por meio do estágio só veio em 1998, com uma medida provisória que gerou dúvidas sobre sua aplicabilidade e acumulou pareceres favoráveis e contrários por dez anos. Somente em 2008, com a sanção presidencial ao Projeto de Lei nº 2.419 já aprovado pelo Congresso Nacional, o estágio para jovens do ensino médio poderá ser praticado com toda a segurança jurídica. Além de constituir um fator de empregabilidade para os jovens, essa modalidade de formação profissional tem o efeito adicional de contribuir para reduzir a carência de mão-de-obra capacitada, deficiência que é constatada em todos os setores da economia e tornou-se um dos grandes obstáculos para que o país ingresse efetivamente na era do desenvolvimento sustentável. Afinal, todos os especialistas concordam, a construção de um profissional de sucesso deve começar pela base sólida. No banco de dados do CIEE, dos 1,2 milhão de candidatos a vagas de estágio, 25% estão no ensino médio e devem ser vistos como uma fértil matéria-prima a ser preparada para assegurar o futuro das empresas e dos próprios órgãos públicos, pois o estágio tem também o efeito de despertar vocações e atrair talentos para determinadas áreas de atuação. Além do mais, é oportunidade para exercício de responsabilidade social, tendo em vista que a bolsa-auxílio pode ajudar tanto nas despesas escolares quanto no aumento da renda familiar, contribuindo assim para aumentar o nível de escolaridade média dos futuros profissionais.
A Gazeta...

PTB discutirá na sexta-feira qual candidato vai apoiar no segundo turno
A Gazeta

Ex-deputado Lucas Barreto defende a neutralidade do partido, mas obedecerá a orientação do partido

A executiva do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) decidirá na sexta-feira qual o caminho a ser tomado no segundo turno das eleições 2008 para prefeito de Macapá. O ex-deputado Lucas Barreto, que obteve 45.595 votos (25,19%) no primeiro turno, defende a neutralidade do partido. Assim, os militantes ficariam livres para votar em quem quisessem.

Fiel à decisão do PTB
Em recente entrevista na imprensa, Lucas Barreto disse que não estaria sendo incoerente nessa decisão porque durante a campanha política dizia à população para ser livre, não deixar que ninguém lhe pressionasse ou humilhasse. “A minha posição é de estar neutro nesse segundo turno. O voto é pessoal, intransferível”. Mas no caso da decisão do partido ser a de apoiar um dos candidatos, Lucas frisou que obedecerá a orientação. Mesmo tendo uma opinião formada sobre o assunto, Lucas coloca como principal a orientação da executiva do partido. Acredita ser uma maneira de retribuir a garantia recebida do PTB de que seria o candidato à Prefeitura de Macapá. “O presidente do partido, Eduardo Seabra, confirmou nossa candidatura, a executiva escolheu-me por unanimidade e eu tenho o maior respeito pelo deputado Seabra porque ele podia ter acompanhado uma outra candidatura, mas acreditou no meu nome. E foi o que mais pregamos à população nessa eleição, que acreditassem no Lucas. Fizemos um programa com marqueteiros genuinamente amapaenses, com pessoas do povo que conhecem a nossa realidade e ouvimos muito a população”.

Faltou tempo
Na visão de Lucas, a vitória para o segundo turno estava garantida se o período de campanha política se estendesse por apenas mais um dia. A explicação estaria no fato da tendência de crescimento da candidatura chegar a dois pontos percentuais por dia. Com esse crescimento de progressão geométrica, bastava um dia para ultrapassar o segundo colocado na contagem final dos votos. Disse ainda que os votos se multiplicavam na medida em que as pessoas se convenciam da possibilidade em ser eleito. Um outro fator que pesou negativamente na jornada foi o encerramento do prazo para ocorrer debates. Mesmo assim, considerou-se vitorioso. “As urnas mostraram que nós conseguimos convencer muitos cidadãos que estavam indignados e até sem perspectiva de votar. Conseguimos mudar a opinião desses eleitores apresentando a nossa candidatura, o nosso trabalho, a nossa experiência. E isso foi o que nos deu essa votação expressiva”, comentou.
A Gazeta...

Gás natural do pré-sal: onde e como utilizar?
Humberto Viana Guimarães
Gazeta Mercantil


Muito tem se falado no petróleo do pré-sal, mas quase nada em relação à destinação do gás natural que será extraído destes campos. Neste sentido, é bom deixar claro que, em relação ao pré-sal - tanto para o petróleo como para o gás natural - não há absolutamente nenhuma informação segura a respeito dos volumes existentes. A própria Petrobras no Fato Relevante sobre o campo de Tupi (08/11/07), fala em "estimativa" de volume recuperável. Assim sendo, qualquer outra afirmação neste sentido, antes que sejam feitos todos os testes necessários, não passa de mera especulação de quem não conhece o assunto. No que se refere ao gás natural da camada do pré-sal, há somente dois panoramas possíveis, a saber: 1º) Pouca existência de gás, que neste caso seria utilizado nas próprias plataformas para geração de energia e reinjetado para auxiliar na extração do petróleo; e 2º) O volume dos depósitos é gigantesco.
Gás natural do pré-sal: onde e como utilizar?



Inviolabilidade jurídica, o fundamento da nova lei
Fabiano Campos Zettel
Gazeta Mercantil

O presidente da República em exercício, José Alencar, sancionou, embora com vetos, a Lei n 11.767/2008, que trata da inviolabilidade dos escritórios de advocacia. O texto manteve os pontos defendidos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que já eram assegurados pela Constituição Federal. A inviolabilidade do escritório do advogado, bem como de seus instrumentos de trabalho e de suas correspondências que estejam fora do caso investigado, está garantida pela lei. É importante destacar que o Estado brasileiro é um estado democrático de direito e, como tal, rege-se pelo princípio da presunção de inocência (todos são inocentes até que se prove o contrário), de modo que, somente quando constatados indícios e provas, poderá ser o estabelecimento profissional do advogado violado. O exercício da advocacia é uma atividade que envolve informações sigilosas que, pela segurança e proteção das relações sociais, devem assim permanecer durante processos de investigação. Segundo a lei, somente na hipótese de existirem indícios de autoria e provas de prática de crime por parte do advogado, o juiz poderá decretar a quebra da inviolabilidade, expedindo mandado de busca e apreensão.
Inviolabilidade jurídica, o fundamento da nova lei

Crise global pode ser benéfica à Amazônia
Gazeta Mercantil


A desaceleração da economia mundial pode ajudar a brecar o desmatamento na Amazônia, por causa da queda no preço de commodities, e o Brasil deveria fixar metas compulsórias sobre a derrubada de árvores, disse ontem o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Ele também disse, no evento "Reuters Global Environment Summit", em Brasília, serem exageradas as suspeitas sobre a ação de organizações não-governamentais estrangeiras na Amazônia. Alguns nacionalistas do Congresso, das Forças Armadas e do governo afirmam que a crescente presença de estrangeiros naquela região vem minando a soberania brasileira e alimentando o desmatamento. "Eu acho que há exagero nessas acusações. Há realmente algumas poucas empresas e ONGs que estão realmente ligadas à biopirataria. Mas são uma minoria", disse Minc, referindo-se a grupos que contrabandeiam plantas para laboratórios farmacêuticos desenvolverem novos remédios no exterior.
Crise global pode ser benéfica à Amazônia

Estatais devem dominar a disputa pelo "linhão"
Gazeta Mercantil

As empresas estatais devem dominar a disputa das linhas de transmissão do rio Madeira, marcada para o dia 29 deste mês. Esta é a avaliação do Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ, que prevê uma participação tímida das empresas privadas internacionais por conta da crise financeira mundial. "As estatais vão segurar a disputa ao lado de empresas privadas brasileiras", avalia o especialista. O analista cita três possíveis consórcios que participarão do certame: as estatais Chesf e Furnas, ao lado da construtora Odebrecht e da Cteep. "A Cteep é do ramo de transmissão e tem uma posição muito boa no mercado, não trabalha alavancada e possui boa geração de caixa", analisa o professor.
O outro grupo, segundo Castro, será formado pelas estatais Eletrosul, Eletronorte e a construtora Andrade Gutierrez. E o terceiro consórcio será formado pela estatal Cemig e a Terna, empresa de capital italiano. "Esta dupla está correndo por fora, talvez ingressem outros investidores no consórcio. Além disso, a Terna possui bom fluxo de caixa".
Estatais devem dominar a disputa pelo "linhão"

Lei Kandir dá mais R$ 3,250 bilhões a governos estaduais
Viviane Monteiro
Gazeta Mercantil


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem uma lei que autoriza a União a destinar R$ 3,25 bilhões a estados e municípios e ao distrito federal. O objetivo é fomentar as exportações. A lei nº 11.793, de 06 de outubro de 2008, aprovada pelo Congresso, foi publicada ontem no Diário Oficial da União e já entrou em vigor a partir de ontem. Na prática, os recursos são resgates de débitos da União com estados e municípios no âmbito da Lei Kandir, segundo informações do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O montante representa um adicional no orçamento da União (da Lei Kandir) deste ano, de R$ 3,9 bilhões. Segundo a Câmara dos Deputados, o orçamento aprovado pelo Congresso Nacional para este ano, no entanto, eleva o montante para R$ 5,2 bilhões.
Lei Kandir dá mais R$ 3,250 bilhões a governos estaduais


O cenário fosco do segundo turno
Villas-Bôas Corrêa
Jornal do Brasil

Com a natural empolgação dos vitoriosos no primeiro turno e o contraste com o abatimento dos derrotados, não sobrou um palmo de serenidade na inundação de entrevistas, palpites e previsões da cobertura maciça das redes de televisão para o encaixe de uma análise, ainda que superficial, sobre o cenário fosco do segundo turno, espremido entre três semanas de articulação de alianças e de debates já anunciados por jornais, revistas e TVs. Há muitas novidades a examinar na mudança da água para o champanhe do desmoralizante desperdício de tempo e dinheiro dos ridículos e milionários programas gratuitos de propaganda eleitoral no primeiro turno, especialmente de candidatos ao maná de uma vereança e o mano a mano entre os finalistas a prefeito em 29 cidades, para a decisão pelo voto de mais de 26 milhões de eleitores.
O cenário fosco do segundo turno

Paes vai recorrer aos ministros
Informe JB
Jornal do Brasil

Enquanto o verde Fernando Gabeira quer distância do DEM ­ mas busca vereadores de Cesar Maia e sua militância ­ o candidato do PMDB, Eduardo Paes, traça a estratégia mais viável e menos sofrida para mostrar aos cariocas que está em sintonia com o governo federal. Como o presidente Lula não subirá em seu palanque, nem vai à TV por ele, Paes vai aproveitar a parceria de Sérgio Cabral e o bom trânsito do partido com os ministros do PMDB, PT, PP e PDT. Praticamente metade do primeiro escalão de Lula poderá aparecer no programa de TV e mandar o recado. O PMDB quer mostrar que Gabeira é o candidato da oposição ao presidente Lula ­ embora Paes, ex-PV, e ex-tucano, também já tenha sido. E isso pode ser o contra-golpe de Gabeira. A campanha vai ferver.

Geddel x Jaques
Com o prefeito João Henrique (PMDB) contra Walter Pinheiro (PT), a Bahia toda, de olhos em Salvador, vai assistir à disputa pelo Estado em 2010 entre Geddel Vieira e Jaques Wagner. O ministro da Integração "instalou" um gabinete auxiliar na capital.

Bolsa-eleição
O Bolsa Família virou terro- rismo eleitoral. Só um exemplo: em Muriaé (MG), distribuiu-se uma falsa carta assinada pelo presidente Lula, na qual afirmava que a bolsa seria cortada e pedia votos para o candidato do PMDB.

Identidade própria
O prefeito de Cruzeiro do Oes- te (PR), Zeca Dirceu, filho do ex-ministro de Lula, conseguiu a reeleição sem que o pai pusesse os pés lá e atuasse por ele.

Salve-se quem puder
O governo federal nega pacote aqui e acolá, mas vai socorrendo quem encontra pelo caminho. O que será, porém, do setor exportador ­ cuja balança já não é favorável ­ com o dólar subindo?

Barbeiragem...
O piloto brasileiro Hélio Castroneves, da Fórmula Indy, virou réu na Justiça americana e pode pegar até cinco anos de prisão por sonegação.

... milionária
Castroneves deixou de decla- rar R$ 5,6 milhões entre 2000 e 2002, desviando o dinheiro para uma conta offshore no Panamá.

O velho e o mar
Em reunião com os Caymmi, o governador baiano Jaques Wagner debateu a construção de um memorial para Dorival em Salvador, que receberá todo o seu acervo. A idéia avança.
Paes vai recorrer aos ministros

Senadores do RN batem boca
Jornal do Brasil

Garibaldi e Agripino provocam tensão em plenário

Um bate-boca entre o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), marcou o retorno dos senadores ao trabalho depois do recesso branco das eleições municipais. Agripino foi à tribuna rebater aos ataques que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparou quando participou de comício em Natal, na campanha da candidata do PT, Fátima Bezerra. O discurso causou um mal-estar com Garibaldi, seu tradicional adversário político e deu o tom da briga pelas duas vagas do Estado ao Senado em 2010. Agripino disse que o presidente Lula patrocinou um acordão entre Garibaldi e a governadora Wilma Faria (PSB) - que também vão disputar a vaga ao Senado em 2010 - para excluí-lo da vida pública, mas que a democracia prevaleceu.
Senadores do RN batem boca

Governo já injetou R$ 75 bi na economia
Lu Aiko Otta

O Estado de S. Paulo

Valor inclui reforço do BNDES e liberação de compulsórios

O governo já injetou pelo menos R$ 75,28 bilhões na economia para amenizar os efeitos da crise internacional no País. Esse é o valor das medidas anunciadas nas últimas duas semanas cujo valor é conhecido. Essa quantia tende a ser bem maior, pois há iniciativas do governo cujo total não está estimado, como é o caso da medida provisória (MP) que deu ao Banco Central (BC) poderes para comprar carteiras de crédito de bancos em dificuldades. A conta do pacote deverá ficar maior também porque há outras medidas em estudo. A parte que pode ser contada inclui medidas como o reforço de R$ 15 bilhões, feito pelo Tesouro Nacional, do caixa do BNDES, os leilões de câmbio realizados pelo BC e o reforço de R$ 10 bilhões do Fundo da Marinha Mercante, anunciado ontem pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No caso da agricultura, foram contabilizados os R$ 5 bilhões em reforços, mas o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, quer dobrar essa quantia.
Governo já gastou R$ 75,2 bi


Reeleitos tiveram mais verbas federais
Sônia Filgueiras
O Estado de S. Paulo

Dos 15 prefeitos vitoriosos nas capitais, 9 são da base e integram grupo que mais recebeu verbas

Dos 15 prefeitos de capitais que conseguiram liquidar a fatura eleitoral no primeiro turno, 9 integram a base aliada e figuram no grupo dos que mais verbas receberam do governo federal neste ano. No topo da lista de liberações está Iradilson Sampaio (PSB), reeleito para Boa Vista (RR), com o importante apoio do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB). Neste ano, o governo liberou R$ 52,9 milhões para a cidade, que tem 159 mil eleitores. Na média, são R$ 332,80 por voto.
Reeleitos tiveram mais verbas federais

Os delegados e a política
Aloísio de Toledo César
O Estado de S. Paulo


Os delegados de polícia de São Paulo estão enfrentando um problema grave e delicado, que começa com os vencimentos recebidos ao final do mês. O assunto mereceria ser enfrentado politicamente, e não pela greve deflagrada, temporariamente suspensa, porque servidores públicos vinculados à área de segurança não poderiam sequer aventar o propósito de paralisação dos serviços. Percebe-se que faltou aos delegados uma sensibilidade política maior que os conduzisse a um clima de entendimento, e não de confronto, com o Executivo. O problema que os atinge é mesmo intrincado. Antes da aprovação das Constituições federal e do Estado de São Paulo, uma lei complementar estadual vinculou os vencimentos dos delegados de polícia aos recebidos pelos segundos-tenentes da Polícia Militar. Isso significa que eventual majoração de vencimentos destinada a beneficiar os delegados alcançaria forçosamente os segundos-tenentes e todos os policiais militares que estiverem acima deles, como capitães, majores e coronéis. Por força dessa vinculação, torna-se clara a dificuldade do Executivo em proporcionar melhor remuneração aos policiais.
Os delegados e a política

Aperto e desaperto
O Estado de S. Paulo

Celso Ming, celso.ming@grupoestado.com.br

Em apenas três dias úteis seguidos, o governo Lula criou dois mecanismos destinados a facilitar o acesso a mais dinheiro pelos bancos pequenos e médios.

Dia 2, o Banco Central deu incentivos para que bancos comerciais de grande porte adquirissem carteiras de crédito de outras instituições. E, segunda-feira, foi editada a medida provisória que autoriza o Banco Central a repassar dinheiro a bancos e receber como garantia (colateral) contratos ou títulos privados, como promissórias, duplicatas, hipotecas, contratos de financiamento de veículos (com reserva de domínio), etc. Esse reforço pode ter passado a impressão de que há problemas no sistema bancário brasileiro. Mas, até onde o mercado está informado, isso não acontece. Em épocas de aperto, bancos pequenos e médios sempre enfrentam dificuldades para captar recursos porque o correntista prefere colocar seu dinheiro nos maiores, que transmitem mais segurança.
Aperto e desaperto

Nem por decreto
Sônia Racy
O Estado de S. Paulo

Temos que ter cuidado para não cair na sinistrose. A frase - de Paulo Bernardo - sintetiza o pensamento do governo Lula. Segundo o ministro, a avaliação da crise tem que ser feita dia a dia, acompanhada de ações pertinentes. “Não há como baixar uma MP para proibir a crise de entrar, mas podemos sim minimizar seus efeitos.”

Agora, vai
A medida aprovada pelo BC, autorizando os grandes bancos a usarem seu compulsório para comprar carteiras de crédito de instituições médias e pequenas, está surtindo efeito. Os primeiros desembolsos saem entre hoje e amanhã.

Rumo certeiro
O BC relutou em mexer nas reservas externas. Lula, intuitivo, bateu na mesa e mandou fazer. Corretamente.

Última escala
Se o mundo não acabar até lá, Lula fará sua última viagem internacional de 2008 no dia 10 de novembro.
Vai à Itália, encontrar o colega Silvio Berlusconi.

Nem por decreto




Saindo de uma fria
Dora Kramer
O Estado de S. Paulo

A mudança de tom foi nítida. Duas semanas antes do primeiro turno, o presidente Luiz Inácio da Silva e o governador José Serra anunciaram convictos e entusiasmados que, na etapa final, mergulhariam “de cabeça” nas campanhas de seus candidatos em São Paulo. Contados os votos, consolidada a falácia da transferência automática de prestígio como valor absoluto na expressão eleitoral, Lula anuncia presença “na medida do necessário” e Serra avisa que comparecerá “se for chamado”. Noves fora, o presumido embate entre o presidente da República e o candidato mais cotado à sua sucessão pelo jeito queda-se devidamente adiado. Se houver, será só depois das eleições municipais.
Saindo de uma fria

'Alta de juros no Brasil está fora de cogitação'
Patrícia Campos Mello
O Estado de S. Paulo

Entrevista com
Michael Mussa: economista internacional do Instituto Peterson; para pesquisador, economia real será afetada com a crise e pressões inflacionárias tendem a sumir. Para o Brasil lidar com a crise internacional, elevações de juros estão fora de cogitação e há espaço para expansão da política fiscal. Essa é a opinião de Michael Mussa, pesquisador sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional, que acompanhou várias crises econômicas nos últimos anos. Para Mussa, o Brasil está bem preparado para lidar com a crise por ser menos dependente de capitais externos e menos endividado do que antigamente. Mas deve começar a pensar em políticas para lidar com a turbulência. Abaixo, trecho das entrevistas que ele concedeu ao Estado:De que maneira o Brasil vai ser afetado pela crise?Eu acho que o Brasil será relativamente pouco afetado. O País não tem mais dívida externa significativa, a taxa de câmbio está um pouco sobrevalorizada, mas é flexível e pode se corrigir. O fato é que durante quase um ano a crise se desenrolava nos Estados Unidos e os emergentes pareciam imunes. Nos últimos meses, particularmente em setembro, eles foram atingidos de forma radical, principalmente suas bolsas de valores e preços de commodities. Mas o Brasil deve ser pouco afetado.Como o Banco Central deve lidar com a possibilidade de inflação e a ameaça ao crescimento?O Banco Central precisa defender sua credibilidade e não pode deixar a inflação voltar para os 10%. Mas na medida em que a economia real vem sendo afetada de forma negativa, as pressões inflacionárias vão sumir. Isso não significa que o Banco Central deva sacrificar sua credibilidade com rápidas reduções nos juros. Mas podemos dizer que alta de juros está fora de cogitação e o início de redução é apropriado em algum momento.
'Alta de juros no Brasil está fora de cogitação'


Construção bate à porta do governo
Renée Pereira
O Estado de S. Paulo

Sindicato do setor vai apresentar proposta de criação de linha direta de crédito para irrigar mercado

O setor de construção civil vai encaminhar ao governo federal uma proposta para garantir o equilíbrio das construtoras durante a crise financeira. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe, a idéia é reivindicar a abertura de uma linha de crédito direto para financiar as obras no longo prazo, o que poderia ser feito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “O governo já anunciou medidas para ampliar o crédito à exportação e para ajudar os bancos. A construção civil também tem de ser acompanhada atentamente”, argumentou o executivo. Ele acrescenta que, ao lado da agricultura, o setor é uma das principais alavancas de crescimento econômico do País. Hoje as empresas da área empregam cerca de R$ 1,1 milhão de trabalhadores, com carteira assinada.
Construção bate à porta do governo

E a crise cruzou o Atlântico
Roberto DaMatta
O Globo

Tudo indica que a crise atravessou o Atlântico, conforme disse em Nova York, no dia 22 do corrente, quando da 63ª Assembléia Geral das Nações Unidas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmando temores já expressos em 17 de setembro do ano passado, quando, em Madri, avisou que alertaria o presidente George W. Bush, no sentido de que ele não deixasse a quebradeira das hipotecas "atravessar o Atlântico". O erro de geografia é relativo diante da percepção do presidente, inclusive, de que a crise na maior economia do planeta, na primeira hipernação de um mundo globalizado e com plena consciência de si próprio, tem muito de hipocrisia. Hipocrisia porque se fala muito pouco da pior dimensão do capital financeiro: a especulação pela especulação, que leva à volatilidade e à volubilidade. Falei em relatividade porque de fato a crise atravessou todos os oceanos, pegando na sua rede os peixes vivos (e mortos) do planeta. Não há duvida, como afirmam os entendidos, que a crise vai passar. Afinal, como tenho tentado aprender, trata-se de um ciclo dentro da economia de mercado, esse sistema relativamente desligado, conforme lembra a crise, de todas as dimensões sociais do dinheiro, e que funcionaria independentemente de agenciamentos externos. Se o mercado é a instituição humana que opera com mais autonomia, sem se deixar comover por apelos, rezas e até mesmo pela tal "vontade política" que, entre nós, ainda é uma palavra de ordem do messianismo e do populismo, não deixa de ser curioso verificar como ele, como tudo o que é, afinal de contas humano, é também afetado por fatores sociais.
E a crise cruzou o Atlântico

Crise é uma coisa, lambança é outra
Élio Gaspari
O Globo

As crises econômicas são ruins em si. Adicionar à sua discussão uma opção preferencial da ignorância é covardia. Teorias como a "marola" de Nosso Guia e a "pequenininha gripe" de Dilma Rousseff ofendem a inteligência alheia. O mesmo sucede quando o governo diz que pretende aliviar "bancos pequenos". Não existe "banco pequeno". Há bancos solventes e insolventes, como se o adjetivo "pequeno" inspirasse sentimentos misericordiosos capazes de aprovar a criação de um Bolsa Banca. É o bilionário Warren Buffett (US$50 bilhões de patrimônio) quem ensina: "Quando a maré baixa é que você vê quem estava nadando nu." Em matéria de sabedoria, é sempre bom lembrar o que dizia o professor Mário Henrique Simonsen: "O problema mais difícil do mundo, se for corretamente enunciado, um dia poderá ser resolvido. Já o problema mais fácil, ao ser mal apresentado, é irremediavelmente insolúvel."
Crise é uma coisa, lambança é outra

Servidores vão pagar imposto sindical
Coluna - Ilimar Franco
O Globo

R$450 milhões
Este é o montante de recursos que o ministro Carlos Lupi (Trabalho) está injetando nas entidades sindicais do funcionalismo público federal, estadual e municipal. Os 7,4 milhões de servidores de Executivo, Legislativo e Judiciário, a partir de agora, terão que pagar imposto sindical no valor de um dia de salário. A decisão de Lupi é de 30 de setembro, mas só foi publicada na sexta-feira.

Servidores vão pagar pela primeira vez
A cobrança do imposto sindical dos funcionários públicos está prevista na Constituição, mas não havia sido regulamentada até hoje. Sua adoção, no entanto, ocorre num momento em que o governo encaminhou ao Congresso lei substituindo a cobrança do imposto sindical dos trabalhadores privados pela contribuição negocial. Lupi explicou que fez isso provocado por três acórdãos do STF, determinando a inclusão dos servidores no "regime da contribuição legal compulsória".
- A Constituição diz que é devido e há acórdãos judiciais. Eu só regulamentei. Se não fizesse isso, poderia ser preso - diz Lupi.
Tem uma torcida indisfarçada pela crise, no primeiro semestre essa turma torceu pela inflação" - Paulo Bernardo, ministro do Planejamento
Servidores vão pagar imposto sindical

Travessia
O Globo


Superar uma crise de confiança em relação a sistemas financeiros é tarefa árdua, pois, além de fatores objetivos que a alimentam, é preciso neutralizar aspectos comportamentais. Os mercados financeiros abrem agora todos os dias na expectativa de uma reversão da crise, mas basta uma notícia negativa para os preços dos ativos se desvalorizarem, o que por sua vez realimenta o clima de desconfiança quanto ao futuro das instituições. Os bancos centrais têm procurado evitar que a crise se prolifere e desestabilize grupos financeiros que não enfrentam hoje problemas de maior gravidade. Nos Estados Unidos, aparentemente os rumores começaram a cessar, e já há até disputas pelos espólios de instituições seriamente atingidas - é o caso do Wachovia, que começou a ser motivo de uma briga judicial entre o Citigroup e o Wells Fargo.
Travessia

Governo prepara novo reforço ao crédito rural
Mauro Zanatta
Valor Econômico

O governo estuda alternativas para injetar recursos adicionais de curto prazo no sistema de crédito rural. Apertado pela forte demanda por capital de giro, concentrada especialmente nesta época do ano-safra, e pela queda nos depósitos à vista no sistema financeiro, o governo avalia ampliar a parcela de recursos de aplicação obrigatória no setor rural (exigibilidades). Os índices passariam de 25% para 27% ou 30% no caso dos depósitos à vista e de 65% para até 70% na poupança rural.
Governo prepara novo reforço ao crédito rural


Banco Central pode intervir no câmbio
Cristiano Romero
Valor Econômico

O Banco Central (BC) optou, até o momento, por não atuar diretamente no mercado de câmbio, mas pode, a qualquer momento, mudar de tática e intervir, vendendo reservas, para diminuir a perda de valor do real frente ao dólar. Do dia 1º de agosto até ontem, a cotação do dólar saltou de R$ 1,55 para R$ 2,31. Foi uma verdadeira maxidesvalorização do real em relação à moeda americana - de 32,5%. No gerenciamento da crise, o BC tem optado por dar liquidez aos mercados onde ela está faltando. No caso do mercado de câmbio, o banco tem preferido fazer operações nas quais empresta reservas, em vez de vendê-las no mercado à vista. A escolha dessa estratégia diz respeito às incertezas quanto à dimensão e à duração da crise financeira internacional. A preocupação é evitar queimar reservas, que na segunda-feira somavam US$ 208,3 bilhões. Desfazer-se desse colchão de liquidez seria eliminar o principal seguro do país anticrise.
Banco Central pode intervir no câmbio

PC do B fecha apoio ao candidato Roberto Góes
Jornal do Dia

O Partido Comunista do Brasil (PC do B) no Amapá fechou ontem à tarde apoio ao candidato Roberto Góes (PDT) na corrida do segundo turno para a prefeitura de Macapá. Foi durante reunião na sede do PC do B, com participação de Roberto Góes e do deputado Jorge Amanajás (PSDB), presidente da Assembléia Legislativa do Amapá. Pelo Partido Comunista do Brasil participaram do encontro o presidente regional Luiz Pingarilho, o deputado federal Evandro Milhomem, e o vice-prefeito de Macapá Eury Farias, que foi candidato a vice-prefeito na chapa da deputada federal Fátima Pelaes (PMDB) e outras lideranças da agremiação. A chapa Fátima/Eury obteve 8.429 votos (4,66%) na eleição do último domingo, ficando em sext o lugar entre as sete candidaturas. Luiz Pingarilho disse ao JD que o PC do B fez sugestões de questões programáticas e de incorporação de algumas propostas do partido no plano de governo de Roberto Góes, entre elas a criação da Secretaria da Mulher e da Secretaria da Juventude. " Também apresentamos propostas para o setor da infra-estrutura, da participação popular no governo municipal e o fortalecimento dos conselhos comunitários" , destacou Pingarilho, afirmando que as proposições foram aceitas por Roberto Góes.
PC do B fecha apoio ao candidato Roberto Góes

Candidatos só começam propaganda no rádio e televisão na segunda-feira
Jornal do Dia

A propaganda eleitoral do segundo turno para a prefeitura de Macapá, no rádio e na televisão, só começa na próxima segunda-feira 13. Os candidatos Camilo Capiberibe (PSB) e Roberto Góes (PDT) dividirão igualmente 20 minutos diários, incluindo os domingos, além dos spots de 30 segundos nos intervalos da programação de rádio e TV. Foi o que ficou acertado em reunião entre a Justiça Eleitoral e os representantes das coligações " Frente pela Mudança" (Camilo Capiberibe) e " Nosso Forte é Macapá" (Roberto Góes). Pelo calendário eleitoral, a propaganda gratuita poderia ter iniciado ontem, mas o mesmo calendário estabelece 13 de outubro como "último dia para o início do período de propa ganda eleitoral gratuita, no rádio e na televisão, relativo ao segundo turno" . A propaganda eleitoral no rádio e na televisão vai até o dia 24 de outubro, dois dias antes da eleição. No mesmo dia acaba a divulgação paga, na imprensa escrita, de propaganda eleitoral, encerra o prazo para a realização de debates e para a propaganda eleitoral em páginas institucionais na internet. Até agora não existe nenhum debate entre os candidatos a prefeito sendo anunciado por emissora de rádio ou de televisão em Macapá.
Candidatos só começam propaganda no rádio e televisão na segunda-feira

Refrescando” a memória com historinhas antigas da política no Amapá
Jornal do Dia

Histórias que muita gente não gosta de lembrar, nós do JD vamos ajudar a mudar a frase tão corriqueira que dizem: " brasileiro tem memória curta" . Como não concordamos com isso, vamos mostrar que temos memória. E como temos! Quem não lembra em Macapá, de uma eleição para governador que tinha João Capiberibe (PSB) como candidato? Ele foi para o segundo turno disputando com Jonas Pinheiro, em 1994, tendo o apoio de Salomão Alcolumbre (PMDB), que ficou em terceiro lugar mais votado. Capiberibe chamou para uma grande coligação o hoje senador José Sarney (PMDB), o senador Bala Rocha (PSDB), o senador Gilvam Borges (PMDB), o prefeito Papaléo Paes, grupos empresariais, o próprio hoje governador Waldez Góes, enfim, todos que lhe podiam oferecer, pelo menos, apoio moral rumo ao governo do Estado.

Rasteira.

Passada tal eleição e João Capiberibe já sentado na cadeira do Setentrião, eis que surge o inesperado: uma desavença do nada com José Sarney. A situação deixou todos que lhe apoiaram um tanto surpresos. A primeira pergunta entre a frente de apoio foi certeira: " se com o ex-presidente da República está assim, imaginem com a gente..." O comentário foi geral e o resultado não foi outro. A partir daí, começaram as desavenças políticas com aqueles que lhe apoiaram.
Refrescando” a memória com historinhas antigas da política no Amapá

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