Terça-feira, 14 de outubro de 2008
Destaques dos jornais de hoje. Se você não tem paciência ou não teve tempo para ler as notícias nos principais jornais, clique nos links logo abaixo das matérias para lê-las. Publicaremos esta seleção todos os dias entre 19h00 e 21h00.
Capitalismo seguirá igual, diz Chomsky
FERNANDO RODRIGUES
Folha de S. Paulo
Crítico de Bush, lingüista diz que governo evita palavra "estatização" para que público não reivindique direito de interferir
Um dos intelectuais de esquerda mais respeitados do planeta, o lingüista Noam Chomsky, acha que a estatização total ou parcial do sistema financeiro dos EUA não vai ocorrer por causa da atual crise. Colocaria em risco o que ele classifica de "tirania privada". Por essa razão os governos do mundo desenvolvido evitam usar o termo até mesmo quando se trata de assumir o controle, ainda que só por algum tempo, de alguns bancos e corretoras que faliram por causa da crise atual. Aos 79 anos, Chomsky leciona no MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das mais renomadas instituições de ensino superior dos EUA. Para ele, se o governo norte-americano assumisse publicamente algumas de suas ações como "estatizações", abriria tecnicamente espaço para que os cidadãos do país também passassem a reivindicar o poder de interferir na condução do sistema. Até porque, diz o lingüista, "em princípio, o governo representa o público".
A possibilidade de um novo tipo de capitalismo surgir no pós-crash, com maior presença do Estado, é um cenário descartado por Chomsky. "A economia já é altamente dependente da dinâmica do setor estatal. É um sistema no qual o público paga os custos e assume os riscos, e os lucros são privados. Eu não vejo nenhuma indicação de que as instituições básicas do capitalismo de Estado estejam prestes a serem significativamente modificadas. É claro que a liberalização será reduzida, mas no interesse das instituições financeiras que vão sobreviver", diz ele.
A seguir, trechos da entrevistas de Chomsky concedida à Folha por e-mail.
FOLHA - Por que o governo dos EUA e banqueiros evitam expressões como "nacionalizar" ou "estatizar" ao falar dos pacotes de resgate para bancos nos quais haverá dinheiro público ou compra de ações pelo Estado?
NOAM CHOMSKY - Nós vivemos numa cultura altamente ideológica na qual "estatização" é uma palavra que põe medo, como "socialismo" (ou, para muitos, até "liberal"). A propósito, esse é um assunto sério. Se o Wells Fargo compra o Wachovia, então tudo fica dentro do setor privado -ou seja, dentro do sistema de tirania privada no qual o público não tem voz, em princípio. Dentro do sistema ideológico isso é chamado "livre mercado" e "democracia". Se [Henry] Paulson dá dinheiro público para bancos mas sem o direito de tomar decisões dentro dessas instituições, trata-se de um distanciamento da tirania pura chamada "liberdade", mas não muito. Se o governo adquire ações com poder de decisão dentro dos bancos, há sempre o risco de o público então também poder interferir - uma vez que, em princípio, o governo representa o público. Essa ameaça de democracia é muito mais severa para ser aceitável dentro do sistema doutrinário reinante. Um aspecto intrigante do sistema é que o governo é visto como uma força externa, separada da população. E em muitos círculos, é interpretado como força opressora da população. A idéia de o governo ser "para e pelo povo" é restrita a discursos patriotas e aulas de civismo nas escolas. Ou deveriam ser.
FOLHA - A onda de intervenção do Estados nas instituições financeiras será revertida no futuro ou haverá um novo cenário no qual mais bancos passarão de maneira perene a ser controlados pelo poder público?
CHOMSKY - A estatização completa é muito improvável pelas razões que eu mencionei. Uma ação nessa direção traria junto uma ameaça de democracia, ou seja, uma ameaça de o público se tornar envolvido nas tomadas de decisões sobre o sistema socioeconômico. O principal filósofo americano do século 20, John Dewey, observou que enquanto o público não ganhar controle efetivo das principais instituições da sociedade -financeiras, industriais, mídia etc.- a política permanecerá como "uma sombra dos negócios sobre a sociedade". Naturalmente, esse é o tipo de negócio que o mundo prefere. E a sua dominância sobre os sistemas doutrinários e políticos é tão enorme que a tirania privada é chamada de "democracia".
Já a ameaça de haver democracia real é chamada de "ameaça da tirania".
Capitalismo seguirá igual, diz Chomsky "Recessão nos EUA é inevitável", afirma "pai" do Consenso de Washington
FERNANDO CANZIAN
Folha de S. Paulo
O economista britânico John Williamson, 71, criador do termo Consenso de Washington, diz ser inevitável uma recessão nos Estados Unidos. Ele afirma que ficará "surpreso" se o nível de desemprego nacional (de 6,1%) não superar os 7,7% registrados na Califórnia, Estado onde os efeitos do estouro da bolha imobiliária foram sentidos bem antes do que no resto do país. "O que estamos vendo são as conseqüências do modo como os Estados Unidos vem se comportando há vários anos", afirma Williamson ao se referir ao forte endividamento das famílias e dos bancos, e que agora atingirá o governo para resgatar o sistema. O Consenso de Washington designava uma série de recomendações liberais dos principais órgãos financeiros dos Estados Unidos para os países latino-americanos. Foi criado por Williamson em novembro de 1989, durante um seminário na capital norte-americana. Leia a entrevista à Folha.
FOLHA - O sr. acredita que os Estados Unidos estejam mesmo a caminho de uma recessão? A expectativa é que o consumo caia fortemente em função do grande endividamento das famílias e dos bancos, não?
JOHN WILLIAMSON - Creio que seja absolutamente inevitável uma recessão. O que não sabemos ainda é se será uma forte e rápida recessão, ou alguma coisa bem mais prolongada. Eu ainda estou otimista em acreditar que ela será forte e curta. Mas o fato é que ninguém consegue prever isso direito agora. Espero que as medidas que vêm sendo tomadas neste momento pelos bancos centrais de todo o mundo confirmem minha previsão.
FOLHA - A Califórnia foi o primeiro Estado dos Estados Unidos a passar pela bolha imobiliária e onde ela também explodiu primeiro. A taxa de desemprego lá hoje é de 7,7%, bem acima da média nacional, de 6,6%. Essa pode ser a realidade para todo o país daqui a algum tempo?
WILLIAMSON - Sim, acredito nisso. Ficarei até muito surpreso se o nível de desemprego geral não ficar ainda acima de 7,7%. Creio que muitos Estados já estão seguindo o mesmo caminho da Califórnia em vários aspectos, não apenas no que se refere ao desemprego (assim como o Estado da Costa Oeste norte-americana, vários outros têm anunciado dificuldades no Orçamento e para refinanciar suas dívidas).
"Recessão nos EUA é inevitável", afirma "pai" do Consenso de Washington
Adeus às estribeiras
Dora Kramer
O Estado de S. Paulo
A situação do PT em São Paulo era difícil. Praticamente impossível para Marta Suplicy virar o jogo sobre Gilberto Kassab, segundo avaliação do próprio Palácio do Planalto, expressa na formal participação do presidente Luiz Inácio da Silva. De todo modo, o partido e a candidata tinham duas semanas para administrar a desvantagem da melhor maneira possível e tentar sair da disputa, senão com uma vitória quantitativa, ao menos com seu capital político razoavelmente preservado no maior colégio eleitoral do País para enfrentar a dura luta pela sucessão de Lula. Os primeiros acordes da campanha dessa última fase deram a impressão de que os petistas faziam uma aposta arriscada no discurso ideológico, quando meio ministério desembarcou em São Paulo atacando o adversário na linha esquerda contra direita. Uma coisa meio antiga, incongruente frente às parcerias do PT no exercício do poder federal, mas uma tentativa até compreensível, pois fora adotada e bem-sucedida na reeleição de Lula em 2006.
Adeus às estribeiras
Há governo
Celso Ming
O Estado de S. Paulo
Desta vez há governo. E as autoridades chegaram ao talo da crise, pelo menos na sua manifestação atual: a enorme insuficiência de capital dos bancos. E foi o governo trabalhista inglês o primeiro a entender a natureza do problema. Os demais pacotes salvadores tratam agora de aplicar a solução de Gordon Brown. Além de reforçarem o patrimônio dos bancos, garantem os empréstimos interbancários e os depósitos dos correntistas, sem olhar demais para quantos bilhões a megaoperação vai custar. O resto se verá depois. Não dá para dizer que o jogo virou, porque novos desdobramentos poderão acontecer. Isso aí é como a cebola: tira-se a casca de cima, tem outra logo embaixo. Mas já há coisas a aprender
Há governo
Licença de Jirau sai até o fim do ano, diz Minc
Fabiana Cimieri
O Estado de S. Paulo
Mudança no projeto original da usina provocou revisão
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, prevê para até o fim do ano a concessão da licença ambiental para a construção da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. A licença prévia já havia sido concedida na gestão de sua antecessora, Marina Silva, mas está sendo revista porque houve uma modificação no projeto original, que deslocou em nove quilômetros o local da barragem.
Licença de Jirau sai até o fim do ano, diz Minc
Lula apóia onda de estatização
Jamil Chade
O Estado de S. Paulo
Presidente não descarta compra de bancos em dificuldade no Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não exclui a possibilidade de que, em caso extremo, o governo atue para estatizar bancos brasileiros se a situação de uma instituição financeira atingir um nível crítico. O presidente, que esteve em Toledo para receber o Prêmio Dom Quixote, insinuou que a estatização seria uma das opções, e não descartou que o governo possa comprar ações, como vem ocorrendo na Europa. Questionado na entrevista coletiva se o Brasil deveria seguir o exemplo europeuse comprar ações de bancos, Lula tentou evitar uma resposta clara e apenas indicou de forma evasiva que não excluiria a possibilidade. “Depende, depende se tiver um banco numa situação que avaliarmos que precisa. Primeiro vamos fomentar outro banco que compre sua carteira, como o Banco do Brasil já comprou três e terá a disponibilidade de comprar mais”, afirmou Lula. “Segundo, se for necessário, faremos o redesconto via Banco Central. O que eu acho é que precisamos ficar atentos.”
Lula apóia onda de estatização
Política, economia e credibilidade
Sandra Cavalcanti
O Estado de S. Paulo
Nós, seres humanos racionais, vivemos de acreditar! Crédito é a palavra-chave de todas as nossas formas de convivência. Todo o processo de educação da criatura humana se desenvolve no terreno da credibilidade. Mesmo quando ainda não adquirimos a capacidade de raciocinar, nós somos movidos pela capacidade de acreditar. A criança acredita naquele rosto lindo que se debruça sobre ela a cada instante, desde que ela chega ao mundo, trazendo-lhe conforto, segurança, carinho, alimento e, de forma quase imperceptível, muitas informações. Vai crescendo e vai acreditando... Depois acredita na professora, acredita nos livros, acredita nas histórias que lhe vão sendo contadas. Na verdade, todos nós passamos a vida acreditando. O pior que pode acontecer ao ser humano é a perda da capacidade de acreditar no outro ou a incapacidade de ser objeto da credibilidade desse outro.
Política, economia e credibilidade
De olho em 2010
Panorama Político - Ilimar Franco
O Globo
O governador Jaques Wagner decidiu entrar de cabeça na campanha de Walter Pinheiro, em Salvador. Avalia que o PT não teve até agora uma vitória expressiva nas eleições e que a capital baiana é a melhor chance no segundo turno. Como o estado tem o quarto maior colégio eleitoral, acredita que essa vitória o colocará como uma das alternativas do presidente Lula à sua sucessão.
Tabuleiro baiano
Enquanto o PMDB conquistou os grotões da Bahia, nos 12 municípios com maior eleitorado, sem contar Salvador, PT e PSDB ganharam em três cada. Os petistas comandarão Camaçari, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista, enquanto os tucanos ficarão com Alagoinhas, Teixeira de Freitas e Simões Filho. O DEM ganhou Feira de Santana e Itabuna. O PSB venceu em Ilhéus; o PCdoB, em Juazeiro; e o PR, em Barreirinhas. Já em Salvador, a campanha esquentou. O senador César Borges (PR) acusou Jaques Wagner de oferecer cargos em troca do apoio a Walter Pinheiro. O governador reagiu chamando-o de "mentiroso".
O PV NO RIO e o PT em Salvador. Caetano Veloso, que deu apoio a Fernando Gabeira (PV), também está pedindo voto para Walter Pinheiro (PT). Em seu blog Obra em Progresso, ele diz: "O cara (João Henrique) que levantou uma favela nas areias da orla e tirou a calçada portuguesa do Porto da Barra não pode ser reeleito. Acorda, baianada! Vamos votar no petista e dizer a ele que a condição é repor as pedras portuguesas no porto".
Os "Pigs"
Os empresários espanhóis e europeus criaram um novo grupo informal de países na comunidade internacional. O "Pigs" é formado por Portugal, Itália, Grécia e Espanha (Spain em inglês), os mais vulneráveis à crise na União Européia.
PT tour
O PT apostou no prestígio dos ministros petistas no primeiro turno das eleições municipais. O partido gastou R$359 mil em passagens aéreas para que eles participassem da campanha dos candidatos da legenda.
Ninguém mexe no salário mínimo
Aconteça o que acontecer com a economia, o governo e o Congresso não pretendem mexer no salário mínimo. Mesmo com a crise americana e seus efeitos no mundo globalizado, a medida seria muito impopular. O governo adotou uma fórmula que prevê a correção do salário mínimo com base na inflação do ano anterior e a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores. Essa regra deve ser mantida.
De olho em 2010
O mundo caminha para um novo Bretton Woods?
Liana Melo
O Globo
Premiê britânico defende nova arquitetura financeira. Para alguns economistas brasileiros, ainda não é hora
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu ontem que os líderes mundiais se encontrem para tentar estabelecer um novo acordo de Bretton Woods. A primeira vez em que o mundo se encontrou para discutir uma nova ordem monetária foi há 64 anos. Desta vez, é a Grã-Bretanha quem está liderando o pedido - em 1944, foi capitaneado pelos Estados Unidos. Ainda que alguns economistas brasileiros concordem com a gravidade da crise financeira global, muitos consideram que a idéia de Brown é precipitada.
- Às vezes, torna-se uma crise concordar com o que é óbvio e que o que deveria ter sido feito há anos não pode mais ser adiado. Mas, agora, nós devemos criar a nova arquitetura financeira para uma nova era global - defendeu Brown.
O mundo caminha para um novo Bretton Woods?
América Latina e a tempestade
Mary Anastasia O'Grady
Valor Econômico
Em 18 de setembro, o presidente brasileiro Luiz Inácio da Silva declarou seu país em grande medida blindado contra os problemas nos mercados financeiros dos EUA. "A imprensa fica me perguntando sobre a crise americana", disse Lula a repórteres. "Eu respondo, "perguntem ao Bush". Essa crise é dele, não minha". Poucos dias depois, Lula estava recuando dessa posição, e em 29 de setembro admitiu que o Brasil estava algo exposto aos acontecimentos nos EUA. "É importante que o povo brasileiro saiba que uma crise recessiva num país tão importante quanto os EUA poderá desencadear problemas em todos os países do planeta", disse ele em seu programa semanal de rádio. Com isso, Lula minimizou enormemente a situação. A moeda brasileira, o real, sofreu uma desvalorização de 40% nas últimas quatro semanas e o índice Bovespa também deu um mergulho.
América Latina e a tempestade
Carta aberta a Jagdish Bhagwati
Celso Amorim
Valor Econômico
A propósito de entrevista concedida pelo professor Jagdish Bhagwati a este jornal, em que há citações a meu respeito, senti a necessidade de dar a minha visão sobre a reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) de julho último, em Genebra, mesmo porque o professor Bhagwati é um intelectual de respeito com quem interagi mais de uma vez e cujas opiniões muitas vezes compartilhei. O Brasil sempre esteve à frente da coordenação do G-20, junto com a Índia, a Argentina, a China, a África do Sul e outros países em desenvolvimento. Em Cancún, assumimos plenamente os riscos envolvidos. Recorde-se, aliás, o artigo publicado no Financial Times ("America will not wait for the won"t do countries", 22/09/03) pelo então titular do USTR [United States Trade Representative, equivalente ao Ministério de Comércio Exterior nos Estados Unidos] , no qual o Brasil é citado cinco vezes de maneira nada positiva.
Carta aberta a Jagdish Bhagwati
“Argumentos”, com Cléber Barbosa
Diário do Amapá
Coisa de cinema
TV Legislativa
O presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, de-putado Jorge Amanajás (PSDB) e o diretor do Departamento de Comunicação Social, Marco Antônio Ferreira, foram convidados para participar do lançamento da transmissão em sinal digital da TV Câmara e TV Assembleia, no canal 61. Será no dia 20, na Assembléia Legislativa de São Paulo.
Sala de aula
Uma aula inaugural no auditório da Federação das Indústrias do Amapá (Fiap) deu início, na última quinta-feira, 9, ao primeiro curso técnico em Mecânica Industrial do Amapá. A iniciativa é uma parceria da Anglo Ferrous Brazil e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Qualificação sempre é bom.
Grande Milhomen
E bota grande nisso. Ontem, na volta da propaganda eleitoral gratuita, o parlamentar amapaense apareceu no programa da Coligação Nosso Forte é Macapá, ao lado do candidato a prefeito Roberto Góes (PDT). A diferença de estatura entre os dois é considerável, mas sem dúvida que numa reta final de campanha trata-se de uma grande adesão.
NÃO, GIGANTE LOGO...
Esta é a nova mania dos turistas e visitantes do monumento do Marco Zero do Equador. As pessoas ficam em uma das extremidades do pavimento e, devido a uma ilusão de ótica, se “agigantam” diante do obelisco do meio do mundo, que aperece ao fundo da imagem. Vale todo tipo de armação, desde que saiam falando bem da estada entre nós. Voltem sempre!
Lucas e o PTB
O ex-candidato a prefeito de Macapá, Lucas Barreto (PTB) confirmou o que já havia dito em entrevistas anteriores, de que vai ficar imparcial neste segundo turno. Ontem à tarde, o seu partido concedeu entrevista coletiva para ratificar essa posição e soltou nota afirmando que pela coerência com o que ele dizia sobre ser independente deveria fazê-lo. Mas liberou militância.
Aniversário de Santana
Iniciados os preparativos para o 21º aniversário do município de Santana, o segundo maior município do Estado. A equipe de técnicos da Prefeitura de Santana já discute o que recheará a programação esportiva e cultural. Sabe-se que, além do Triatlon Caboclo, que já está na quarta edição, haverá Mini-maratona “Cidade Morena”, música regional e gospel, dança, teatro, Festival de cinema e o Sorteio de prêmios do IPTU.
Mudança na regra
Um amigo diz que estava todo feliz com o fato de seu pai estar freqüentando um curso de alfabetização de adultos. Mas com a notícias da reformulação na escrita da nossa língua portuguesa, o pai reclamou: - Meu filho, agora que eu estava acertando uma palavras que sempre fiz confusão vai mudar tudo de novo? Indagou o homem. Liga não, a mudança é para melhor.
Consumidor agradece
Se já não bastasse aquela linguagem característica dos operadores de telemarketing, o tal do gerúndio, que diz: “eu posso estar verificando” ou ainda “vou estar transferindo o senhor para outro ramal”, o que irritava mesmo era o tempo que a gente perdia. Digo isso porque a partir do dia 1º de dezembro isso terá que acabar, já que os call center terão um minuto para fazê-lo.
Coluna “FROM”, com Luiz Melo
Diário do Amapá
Beleza
Ainda nem bem assumiu posto, Adrianna Ramos já contabiliza um título: “musa da CVM”.
A coluna carimba e assina embaixo.
Sombra
Sugestão para o próximo prefeito.
Arborize imediatamente as ruas por onde o Círio passa. E depois arborize todas as ruas e avenidas de Macapá.
Sangue dourado
Guiana Francesa continua sendo ao mesmo tempo redenção e desgraça para brasileiros. Nesse fim de semana mais um garimpeiro foi morto por lá. Caso ainda está nebuloso e, como sempre, deve ficar guardado na caixa preta indevassável da polícia de Sarkozy.
Tropa de choque
Mais de 30 carros ocupavam estacionamento em frente à residência governamental, ontem. Articulações políticas para o embate do segundo turno, supõem-se — com puxões de orelha de WG em relação àqueles mais preocupados em eleger vereadores, seus futuros cabos eleitorais.
À frente
Ainda não é “prego batido, ponta virada”. Mas os Borges vão, sim, abraçar e pilotar a campanha de Roberto Góes, nesse segundo tempo do jogo. É só esperar.
Promessa
Os candidatos que disputam a Prefeitura em Macapá, Camilo e Roberto Góes, acompa-nharam o Círio e, claro, ficaram por perto da população católica. Coladinhos nos familiares deles, claro.
Vai somar
Até anteontem, só Dalva Figueiredo havia dito claramente que vai estar ao lado de Roberto Góes, no segundo turno. Fátima Pelaes ainda opta pelo silêncio absoluto.
Mano a mano
Dito à coluna por Paulo José, no sábado, não existe ranço nas relações em família — leia-se Zé Paulo e Alceu (os irmãos). Por conta da eleição da filha Adrianna e as derrotas de Petrus e do próprio Alceu. Dizendo ele, acha possível contornar.
Tucuruí
Queiram ou não queiram alguns, maioria sabe muito bem que responsável maior pela vinda da linha de Tucuruí é o senador Sarney. Colocando de vez nosso Estado na estrada do desenvolvimento.
Salvação
Grave acusação que pesa sobre costado do vereador reeleito Antônio Grilo pode cair na ribanceira.
É que família de uma senhora cuja aposentadoria teria sido providenciada por ele em troca de voto está desmentinda tal acusação. E afirma com todas as letras que tudo não passa de armação – É Grilo saindo rapidinho do purgatório para o céu.
Destaques dos jornais de hoje. Se você não tem paciência ou não teve tempo para ler as notícias nos principais jornais, clique nos links logo abaixo das matérias para lê-las. Publicaremos esta seleção todos os dias entre 19h00 e 21h00.
Capitalismo seguirá igual, diz Chomsky
FERNANDO RODRIGUES
Folha de S. Paulo
Crítico de Bush, lingüista diz que governo evita palavra "estatização" para que público não reivindique direito de interferir
Um dos intelectuais de esquerda mais respeitados do planeta, o lingüista Noam Chomsky, acha que a estatização total ou parcial do sistema financeiro dos EUA não vai ocorrer por causa da atual crise. Colocaria em risco o que ele classifica de "tirania privada". Por essa razão os governos do mundo desenvolvido evitam usar o termo até mesmo quando se trata de assumir o controle, ainda que só por algum tempo, de alguns bancos e corretoras que faliram por causa da crise atual. Aos 79 anos, Chomsky leciona no MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das mais renomadas instituições de ensino superior dos EUA. Para ele, se o governo norte-americano assumisse publicamente algumas de suas ações como "estatizações", abriria tecnicamente espaço para que os cidadãos do país também passassem a reivindicar o poder de interferir na condução do sistema. Até porque, diz o lingüista, "em princípio, o governo representa o público".
A possibilidade de um novo tipo de capitalismo surgir no pós-crash, com maior presença do Estado, é um cenário descartado por Chomsky. "A economia já é altamente dependente da dinâmica do setor estatal. É um sistema no qual o público paga os custos e assume os riscos, e os lucros são privados. Eu não vejo nenhuma indicação de que as instituições básicas do capitalismo de Estado estejam prestes a serem significativamente modificadas. É claro que a liberalização será reduzida, mas no interesse das instituições financeiras que vão sobreviver", diz ele.
A seguir, trechos da entrevistas de Chomsky concedida à Folha por e-mail.
FOLHA - Por que o governo dos EUA e banqueiros evitam expressões como "nacionalizar" ou "estatizar" ao falar dos pacotes de resgate para bancos nos quais haverá dinheiro público ou compra de ações pelo Estado?
NOAM CHOMSKY - Nós vivemos numa cultura altamente ideológica na qual "estatização" é uma palavra que põe medo, como "socialismo" (ou, para muitos, até "liberal"). A propósito, esse é um assunto sério. Se o Wells Fargo compra o Wachovia, então tudo fica dentro do setor privado -ou seja, dentro do sistema de tirania privada no qual o público não tem voz, em princípio. Dentro do sistema ideológico isso é chamado "livre mercado" e "democracia". Se [Henry] Paulson dá dinheiro público para bancos mas sem o direito de tomar decisões dentro dessas instituições, trata-se de um distanciamento da tirania pura chamada "liberdade", mas não muito. Se o governo adquire ações com poder de decisão dentro dos bancos, há sempre o risco de o público então também poder interferir - uma vez que, em princípio, o governo representa o público. Essa ameaça de democracia é muito mais severa para ser aceitável dentro do sistema doutrinário reinante. Um aspecto intrigante do sistema é que o governo é visto como uma força externa, separada da população. E em muitos círculos, é interpretado como força opressora da população. A idéia de o governo ser "para e pelo povo" é restrita a discursos patriotas e aulas de civismo nas escolas. Ou deveriam ser.
FOLHA - A onda de intervenção do Estados nas instituições financeiras será revertida no futuro ou haverá um novo cenário no qual mais bancos passarão de maneira perene a ser controlados pelo poder público?
CHOMSKY - A estatização completa é muito improvável pelas razões que eu mencionei. Uma ação nessa direção traria junto uma ameaça de democracia, ou seja, uma ameaça de o público se tornar envolvido nas tomadas de decisões sobre o sistema socioeconômico. O principal filósofo americano do século 20, John Dewey, observou que enquanto o público não ganhar controle efetivo das principais instituições da sociedade -financeiras, industriais, mídia etc.- a política permanecerá como "uma sombra dos negócios sobre a sociedade". Naturalmente, esse é o tipo de negócio que o mundo prefere. E a sua dominância sobre os sistemas doutrinários e políticos é tão enorme que a tirania privada é chamada de "democracia".
Já a ameaça de haver democracia real é chamada de "ameaça da tirania".
Capitalismo seguirá igual, diz Chomsky
FERNANDO CANZIAN
Folha de S. Paulo
O economista britânico John Williamson, 71, criador do termo Consenso de Washington, diz ser inevitável uma recessão nos Estados Unidos. Ele afirma que ficará "surpreso" se o nível de desemprego nacional (de 6,1%) não superar os 7,7% registrados na Califórnia, Estado onde os efeitos do estouro da bolha imobiliária foram sentidos bem antes do que no resto do país. "O que estamos vendo são as conseqüências do modo como os Estados Unidos vem se comportando há vários anos", afirma Williamson ao se referir ao forte endividamento das famílias e dos bancos, e que agora atingirá o governo para resgatar o sistema. O Consenso de Washington designava uma série de recomendações liberais dos principais órgãos financeiros dos Estados Unidos para os países latino-americanos. Foi criado por Williamson em novembro de 1989, durante um seminário na capital norte-americana. Leia a entrevista à Folha.
FOLHA - O sr. acredita que os Estados Unidos estejam mesmo a caminho de uma recessão? A expectativa é que o consumo caia fortemente em função do grande endividamento das famílias e dos bancos, não?
JOHN WILLIAMSON - Creio que seja absolutamente inevitável uma recessão. O que não sabemos ainda é se será uma forte e rápida recessão, ou alguma coisa bem mais prolongada. Eu ainda estou otimista em acreditar que ela será forte e curta. Mas o fato é que ninguém consegue prever isso direito agora. Espero que as medidas que vêm sendo tomadas neste momento pelos bancos centrais de todo o mundo confirmem minha previsão.
FOLHA - A Califórnia foi o primeiro Estado dos Estados Unidos a passar pela bolha imobiliária e onde ela também explodiu primeiro. A taxa de desemprego lá hoje é de 7,7%, bem acima da média nacional, de 6,6%. Essa pode ser a realidade para todo o país daqui a algum tempo?
WILLIAMSON - Sim, acredito nisso. Ficarei até muito surpreso se o nível de desemprego geral não ficar ainda acima de 7,7%. Creio que muitos Estados já estão seguindo o mesmo caminho da Califórnia em vários aspectos, não apenas no que se refere ao desemprego (assim como o Estado da Costa Oeste norte-americana, vários outros têm anunciado dificuldades no Orçamento e para refinanciar suas dívidas).
"Recessão nos EUA é inevitável", afirma "pai" do Consenso de Washington
Adeus às estribeiras
Dora Kramer
O Estado de S. Paulo
A situação do PT em São Paulo era difícil. Praticamente impossível para Marta Suplicy virar o jogo sobre Gilberto Kassab, segundo avaliação do próprio Palácio do Planalto, expressa na formal participação do presidente Luiz Inácio da Silva. De todo modo, o partido e a candidata tinham duas semanas para administrar a desvantagem da melhor maneira possível e tentar sair da disputa, senão com uma vitória quantitativa, ao menos com seu capital político razoavelmente preservado no maior colégio eleitoral do País para enfrentar a dura luta pela sucessão de Lula. Os primeiros acordes da campanha dessa última fase deram a impressão de que os petistas faziam uma aposta arriscada no discurso ideológico, quando meio ministério desembarcou em São Paulo atacando o adversário na linha esquerda contra direita. Uma coisa meio antiga, incongruente frente às parcerias do PT no exercício do poder federal, mas uma tentativa até compreensível, pois fora adotada e bem-sucedida na reeleição de Lula em 2006.
Adeus às estribeiras
Há governo
Celso Ming
O Estado de S. Paulo
Desta vez há governo. E as autoridades chegaram ao talo da crise, pelo menos na sua manifestação atual: a enorme insuficiência de capital dos bancos. E foi o governo trabalhista inglês o primeiro a entender a natureza do problema. Os demais pacotes salvadores tratam agora de aplicar a solução de Gordon Brown. Além de reforçarem o patrimônio dos bancos, garantem os empréstimos interbancários e os depósitos dos correntistas, sem olhar demais para quantos bilhões a megaoperação vai custar. O resto se verá depois. Não dá para dizer que o jogo virou, porque novos desdobramentos poderão acontecer. Isso aí é como a cebola: tira-se a casca de cima, tem outra logo embaixo. Mas já há coisas a aprender
Há governo
Licença de Jirau sai até o fim do ano, diz Minc
Fabiana Cimieri
O Estado de S. Paulo
Mudança no projeto original da usina provocou revisão
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, prevê para até o fim do ano a concessão da licença ambiental para a construção da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. A licença prévia já havia sido concedida na gestão de sua antecessora, Marina Silva, mas está sendo revista porque houve uma modificação no projeto original, que deslocou em nove quilômetros o local da barragem.
Licença de Jirau sai até o fim do ano, diz Minc
Lula apóia onda de estatização
Jamil Chade
O Estado de S. Paulo
Presidente não descarta compra de bancos em dificuldade no Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não exclui a possibilidade de que, em caso extremo, o governo atue para estatizar bancos brasileiros se a situação de uma instituição financeira atingir um nível crítico. O presidente, que esteve em Toledo para receber o Prêmio Dom Quixote, insinuou que a estatização seria uma das opções, e não descartou que o governo possa comprar ações, como vem ocorrendo na Europa. Questionado na entrevista coletiva se o Brasil deveria seguir o exemplo europeuse comprar ações de bancos, Lula tentou evitar uma resposta clara e apenas indicou de forma evasiva que não excluiria a possibilidade. “Depende, depende se tiver um banco numa situação que avaliarmos que precisa. Primeiro vamos fomentar outro banco que compre sua carteira, como o Banco do Brasil já comprou três e terá a disponibilidade de comprar mais”, afirmou Lula. “Segundo, se for necessário, faremos o redesconto via Banco Central. O que eu acho é que precisamos ficar atentos.”
Lula apóia onda de estatização
Política, economia e credibilidade
Sandra Cavalcanti
O Estado de S. Paulo
Nós, seres humanos racionais, vivemos de acreditar! Crédito é a palavra-chave de todas as nossas formas de convivência. Todo o processo de educação da criatura humana se desenvolve no terreno da credibilidade. Mesmo quando ainda não adquirimos a capacidade de raciocinar, nós somos movidos pela capacidade de acreditar. A criança acredita naquele rosto lindo que se debruça sobre ela a cada instante, desde que ela chega ao mundo, trazendo-lhe conforto, segurança, carinho, alimento e, de forma quase imperceptível, muitas informações. Vai crescendo e vai acreditando... Depois acredita na professora, acredita nos livros, acredita nas histórias que lhe vão sendo contadas. Na verdade, todos nós passamos a vida acreditando. O pior que pode acontecer ao ser humano é a perda da capacidade de acreditar no outro ou a incapacidade de ser objeto da credibilidade desse outro.
Política, economia e credibilidade
De olho em 2010
Panorama Político - Ilimar Franco
O Globo
O governador Jaques Wagner decidiu entrar de cabeça na campanha de Walter Pinheiro, em Salvador. Avalia que o PT não teve até agora uma vitória expressiva nas eleições e que a capital baiana é a melhor chance no segundo turno. Como o estado tem o quarto maior colégio eleitoral, acredita que essa vitória o colocará como uma das alternativas do presidente Lula à sua sucessão.
Tabuleiro baiano
Enquanto o PMDB conquistou os grotões da Bahia, nos 12 municípios com maior eleitorado, sem contar Salvador, PT e PSDB ganharam em três cada. Os petistas comandarão Camaçari, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista, enquanto os tucanos ficarão com Alagoinhas, Teixeira de Freitas e Simões Filho. O DEM ganhou Feira de Santana e Itabuna. O PSB venceu em Ilhéus; o PCdoB, em Juazeiro; e o PR, em Barreirinhas. Já em Salvador, a campanha esquentou. O senador César Borges (PR) acusou Jaques Wagner de oferecer cargos em troca do apoio a Walter Pinheiro. O governador reagiu chamando-o de "mentiroso".
O PV NO RIO e o PT em Salvador. Caetano Veloso, que deu apoio a Fernando Gabeira (PV), também está pedindo voto para Walter Pinheiro (PT). Em seu blog Obra em Progresso, ele diz: "O cara (João Henrique) que levantou uma favela nas areias da orla e tirou a calçada portuguesa do Porto da Barra não pode ser reeleito. Acorda, baianada! Vamos votar no petista e dizer a ele que a condição é repor as pedras portuguesas no porto".
Os "Pigs"
Os empresários espanhóis e europeus criaram um novo grupo informal de países na comunidade internacional. O "Pigs" é formado por Portugal, Itália, Grécia e Espanha (Spain em inglês), os mais vulneráveis à crise na União Européia.
PT tour
O PT apostou no prestígio dos ministros petistas no primeiro turno das eleições municipais. O partido gastou R$359 mil em passagens aéreas para que eles participassem da campanha dos candidatos da legenda.
Ninguém mexe no salário mínimo
Aconteça o que acontecer com a economia, o governo e o Congresso não pretendem mexer no salário mínimo. Mesmo com a crise americana e seus efeitos no mundo globalizado, a medida seria muito impopular. O governo adotou uma fórmula que prevê a correção do salário mínimo com base na inflação do ano anterior e a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores. Essa regra deve ser mantida.
De olho em 2010
O mundo caminha para um novo Bretton Woods?
Liana Melo
O Globo
Premiê britânico defende nova arquitetura financeira. Para alguns economistas brasileiros, ainda não é hora
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu ontem que os líderes mundiais se encontrem para tentar estabelecer um novo acordo de Bretton Woods. A primeira vez em que o mundo se encontrou para discutir uma nova ordem monetária foi há 64 anos. Desta vez, é a Grã-Bretanha quem está liderando o pedido - em 1944, foi capitaneado pelos Estados Unidos. Ainda que alguns economistas brasileiros concordem com a gravidade da crise financeira global, muitos consideram que a idéia de Brown é precipitada.
- Às vezes, torna-se uma crise concordar com o que é óbvio e que o que deveria ter sido feito há anos não pode mais ser adiado. Mas, agora, nós devemos criar a nova arquitetura financeira para uma nova era global - defendeu Brown.
O mundo caminha para um novo Bretton Woods?
Mary Anastasia O'Grady
Valor Econômico
Em 18 de setembro, o presidente brasileiro Luiz Inácio da Silva declarou seu país em grande medida blindado contra os problemas nos mercados financeiros dos EUA. "A imprensa fica me perguntando sobre a crise americana", disse Lula a repórteres. "Eu respondo, "perguntem ao Bush". Essa crise é dele, não minha". Poucos dias depois, Lula estava recuando dessa posição, e em 29 de setembro admitiu que o Brasil estava algo exposto aos acontecimentos nos EUA. "É importante que o povo brasileiro saiba que uma crise recessiva num país tão importante quanto os EUA poderá desencadear problemas em todos os países do planeta", disse ele em seu programa semanal de rádio. Com isso, Lula minimizou enormemente a situação. A moeda brasileira, o real, sofreu uma desvalorização de 40% nas últimas quatro semanas e o índice Bovespa também deu um mergulho.
América Latina e a tempestade
Carta aberta a Jagdish Bhagwati
Celso Amorim
Valor Econômico
A propósito de entrevista concedida pelo professor Jagdish Bhagwati a este jornal, em que há citações a meu respeito, senti a necessidade de dar a minha visão sobre a reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) de julho último, em Genebra, mesmo porque o professor Bhagwati é um intelectual de respeito com quem interagi mais de uma vez e cujas opiniões muitas vezes compartilhei. O Brasil sempre esteve à frente da coordenação do G-20, junto com a Índia, a Argentina, a China, a África do Sul e outros países em desenvolvimento. Em Cancún, assumimos plenamente os riscos envolvidos. Recorde-se, aliás, o artigo publicado no Financial Times ("America will not wait for the won"t do countries", 22/09/03) pelo então titular do USTR [United States Trade Representative, equivalente ao Ministério de Comércio Exterior nos Estados Unidos] , no qual o Brasil é citado cinco vezes de maneira nada positiva.
Carta aberta a Jagdish Bhagwati
“Argumentos”, com Cléber Barbosa
Diário do Amapá
Coisa de cinema
Fale a verdade. Com essa crise econômica que assola todo o planeta, a situação só melhorou com o que se convencionou chamar de “esforço internacional anticrise” para salvar as economias mundiais. Ontem, as bolsas de va-lores reagiram e a cotação do dólar voltou a patamares “aceitáveis”. Parece filme de ameças ao planeta, não é?
TV Legislativa
O presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, de-putado Jorge Amanajás (PSDB) e o diretor do Departamento de Comunicação Social, Marco Antônio Ferreira, foram convidados para participar do lançamento da transmissão em sinal digital da TV Câmara e TV Assembleia, no canal 61. Será no dia 20, na Assembléia Legislativa de São Paulo.
Sala de aula
Uma aula inaugural no auditório da Federação das Indústrias do Amapá (Fiap) deu início, na última quinta-feira, 9, ao primeiro curso técnico em Mecânica Industrial do Amapá. A iniciativa é uma parceria da Anglo Ferrous Brazil e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Qualificação sempre é bom.
Grande Milhomen
E bota grande nisso. Ontem, na volta da propaganda eleitoral gratuita, o parlamentar amapaense apareceu no programa da Coligação Nosso Forte é Macapá, ao lado do candidato a prefeito Roberto Góes (PDT). A diferença de estatura entre os dois é considerável, mas sem dúvida que numa reta final de campanha trata-se de uma grande adesão.
NÃO, GIGANTE LOGO...
Esta é a nova mania dos turistas e visitantes do monumento do Marco Zero do Equador. As pessoas ficam em uma das extremidades do pavimento e, devido a uma ilusão de ótica, se “agigantam” diante do obelisco do meio do mundo, que aperece ao fundo da imagem. Vale todo tipo de armação, desde que saiam falando bem da estada entre nós. Voltem sempre!
Lucas e o PTB
O ex-candidato a prefeito de Macapá, Lucas Barreto (PTB) confirmou o que já havia dito em entrevistas anteriores, de que vai ficar imparcial neste segundo turno. Ontem à tarde, o seu partido concedeu entrevista coletiva para ratificar essa posição e soltou nota afirmando que pela coerência com o que ele dizia sobre ser independente deveria fazê-lo. Mas liberou militância.
Aniversário de Santana
Iniciados os preparativos para o 21º aniversário do município de Santana, o segundo maior município do Estado. A equipe de técnicos da Prefeitura de Santana já discute o que recheará a programação esportiva e cultural. Sabe-se que, além do Triatlon Caboclo, que já está na quarta edição, haverá Mini-maratona “Cidade Morena”, música regional e gospel, dança, teatro, Festival de cinema e o Sorteio de prêmios do IPTU.
Mudança na regra
Um amigo diz que estava todo feliz com o fato de seu pai estar freqüentando um curso de alfabetização de adultos. Mas com a notícias da reformulação na escrita da nossa língua portuguesa, o pai reclamou: - Meu filho, agora que eu estava acertando uma palavras que sempre fiz confusão vai mudar tudo de novo? Indagou o homem. Liga não, a mudança é para melhor.
Consumidor agradece
Se já não bastasse aquela linguagem característica dos operadores de telemarketing, o tal do gerúndio, que diz: “eu posso estar verificando” ou ainda “vou estar transferindo o senhor para outro ramal”, o que irritava mesmo era o tempo que a gente perdia. Digo isso porque a partir do dia 1º de dezembro isso terá que acabar, já que os call center terão um minuto para fazê-lo.
Coluna “FROM”, com Luiz Melo
Diário do Amapá
Beleza
Ainda nem bem assumiu posto, Adrianna Ramos já contabiliza um título: “musa da CVM”.
A coluna carimba e assina embaixo.
Sombra
Sugestão para o próximo prefeito.
Arborize imediatamente as ruas por onde o Círio passa. E depois arborize todas as ruas e avenidas de Macapá.
Sangue dourado
Guiana Francesa continua sendo ao mesmo tempo redenção e desgraça para brasileiros. Nesse fim de semana mais um garimpeiro foi morto por lá. Caso ainda está nebuloso e, como sempre, deve ficar guardado na caixa preta indevassável da polícia de Sarkozy.
Tropa de choque
Mais de 30 carros ocupavam estacionamento em frente à residência governamental, ontem. Articulações políticas para o embate do segundo turno, supõem-se — com puxões de orelha de WG em relação àqueles mais preocupados em eleger vereadores, seus futuros cabos eleitorais.
À frente
Ainda não é “prego batido, ponta virada”. Mas os Borges vão, sim, abraçar e pilotar a campanha de Roberto Góes, nesse segundo tempo do jogo. É só esperar.
Promessa
Os candidatos que disputam a Prefeitura em Macapá, Camilo e Roberto Góes, acompa-nharam o Círio e, claro, ficaram por perto da população católica. Coladinhos nos familiares deles, claro.
Vai somar
Até anteontem, só Dalva Figueiredo havia dito claramente que vai estar ao lado de Roberto Góes, no segundo turno. Fátima Pelaes ainda opta pelo silêncio absoluto.
Mano a mano
Dito à coluna por Paulo José, no sábado, não existe ranço nas relações em família — leia-se Zé Paulo e Alceu (os irmãos). Por conta da eleição da filha Adrianna e as derrotas de Petrus e do próprio Alceu. Dizendo ele, acha possível contornar.
Tucuruí
Queiram ou não queiram alguns, maioria sabe muito bem que responsável maior pela vinda da linha de Tucuruí é o senador Sarney. Colocando de vez nosso Estado na estrada do desenvolvimento.
Salvação
Grave acusação que pesa sobre costado do vereador reeleito Antônio Grilo pode cair na ribanceira.
É que família de uma senhora cuja aposentadoria teria sido providenciada por ele em troca de voto está desmentinda tal acusação. E afirma com todas as letras que tudo não passa de armação – É Grilo saindo rapidinho do purgatório para o céu.
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