segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sexta edição do "Troféu Raça Negra"

Sarney foi um dos homenageados

O senador José Sarney (PMDB-AP) esteve entre as 31 personalidades que receberam, no domingo à noite, em São Paulo, a sexta edição do “Troféu Raça Negra”. Entre os homenageados, estavam o ator Milton Gonçalves, as atletas Daiane dos Santos e Maurren Maggi, os ministros Fernando Haddad (Educação), Miguel Jorge (Desenvolvimento), Orlando Silva (Esportes) e Edson Santos (Igualdade Racial), e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). (clique aqui para ver a lista completa dos homenageados). A premiação é realizada anualmente pela ONG Afrobras e pela Faculdade da Cidadania Zumbi dos Palmares para o reconhecimento de personalidades e autoridades que se destacam pela luta a favor da diversidade e dos negros. "Este é um momento de reflexão sobre o papel do negro na formação deste Estado chamado Brasil", afirmou o ministro Edson Santos.
Em vários momentos da cerimônia, foi citado o nome de Barack Obama, primeiro negro eleito presidente dos Estados Unidos. Foram feitas homenagens póstumas ao cantor Wilson Simonal
(clique aqui e saiba mais sobre Simonal) e ao sambista Jamelão. Foram lembrados ainda os 120 anos da abolição da escravidão, decretada em 13 de maio de 1888, e o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado todos os anos no dia 20 de novembro.
O senador Sarney (PMDB-AP) afirmou que, na sua opinião, a maior dívida brasileira é com a raça negra. Para o ex-presidente, a escravidão é "uma mancha na História do país", principalmente pelo fato de o Brasil tê-la mantido até ao final do século XIX, época em que quase todos os países do mundo já haviam abolido a prática. E cobrou atitudes concretas para a promoção da ascensão da raça negra, ressaltando que a causa não merece apenas discursos. Ele lembrou que, à época de seu mandato de presidente da República, pôde criar a Fundação Cultural Palmares - entidade pública vinculada ao Ministério da Cultura - destinada a promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira. “Veio da África a maior parcela do que constitui a identidade do povo brasileiro: a cultura da alegria, do carnaval, do futebol, do botequim, da convivência, da paz”, disse. Sarney citou diversos nomes que marcaram a história na luta do abolicionismo, destacando a trajetória de Joaquim Nabuco. Nobre de nascença, conviveu, segundo o senador, com negros no engenho Massangana, o que o sensibilizou a lutar pelo fim da escravidão. Político e advogado, Nabuco é considerado o mentor intelectual do abolicionismo. Escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, Sarney destacou duas heroínas negras da literatura brasileira: Teresa Batista Cansada de Guerra, de Jorge Amado, e Saraminda, personagem do romance de sua autoria que ressalta a beleza da mulher negra. “Sou ligado à causa como político, escritor e cidadão”, concluiu o senador.
Outros homenageados foram os ministros do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto e Joaquim Barbosa; o desembargador Erickson Gavazza Marques; o cantor e vereador eleito em São Paulo Netinho; o cantor Billy Paul; a secretária de Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães.
Também foram premiados José Luis Bueno, Ruth Guimarães, Nelio Alfano Moura, Pedro Salles, Fábio Barbosa, Edgardo Martolio, Sueli Carneiro, Sandra de Sá, Nei Lopes, Fabricio Boliveira, Mário Hélio Souza, Roberto Setúbal, Marcelo Paixão, Larry Palmer e Laura Gold. Parentes do sambista Jamelão também receberam um troféu.
A cerimônia foi realizada na Sala São Paulo, na região central da capital paulista.

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http://www.trofeuracanegra.com.br/
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