terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Senado Federal

Papaléo alerta para a necessidade de adaptação das políticas sociais ao aumento da população idosa

O Brasil precisa rever e readaptar as políticas sociais à nova distribuição da população, que não se concentrará mais nas camadas jovens. Esse foi o alerta feito pelo senador Papaleo Páes (PSDB-AP), em discurso nesta terça-feira (9). O parlamentar comentou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os quais, no ano de 2050, existirão cinco milhões de homens e 17 milhões de mulheres com mais de 80 anos no país.
Nesse ambiente, completou o senador, torna-se cada vez mais importante que os parlamentares apóiem as iniciativas da subcomissão permanente do idoso, que funciona no âmbito da
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). A subcomissão fará, em 2009, uma série de audiências em vários municípios brasileiros coletando informações e sugestões para garantir a aplicação e a fiscalização das leis em prol dos idosos, como o Estatuto do Idoso, e, assim, conceder efetivamente a proteção devida.
- O Senado deve se dedicar a erigir, no seio da Nação brasileira, a exata noção do amparo à velhice - disse.
Pelo Censo Demográfico de 2000, apontou o parlamentar, a parcela de idosos correspondia a 5% do total da população de 150 milhões. Pela projeção do IBGE, essa parcela será de 18%, num universo de 270 milhões de brasileiros em 2050. A mudança na distribuição da população, segundo avaliação do parlamentar, se deverá ao decréscimo das taxas de fecundidade (numero médio de filhos que uma mulher teria até o final de seu período reprodutivo) - de 6,15 em 1950 para 1,85 em 2050 - , além do aumento da longevidade.
Medidas que acompanhem essa mudança do perfil da sociedade - como o incentivo à formação de médicos geriatras - se fazem necessárias e devem ser implantadas a longo prazo, apontou Papaléo.
- Oportunidades de trabalho, atendimento à saúde, apoio logístico, infra-estrutura urbana, amparo à velhice abandonada são questões que precisam ser pensadas e resolvidas antes que a população da terceira idade se torne um problema social tão ou mais grave do que a pobreza de hoje - declarou Papaléo.

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