quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Senado homenageia cirurgiões plásticos

Papaléo Páes lembra alcance social da categoria

O Senado homenageou nesta quarta-feira (12), com uma sessão especial, os 60 anos de fundação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a requerimento do senador Heráclito Fortes (DEM-PI). A sessão foi aberta pelo 1º vice-presidente do Senado, Tião Viana, que ressaltou a relevância do papel social que esses profissionais da Medicina exercem no Brasil e no mundo inteiro.
Para compor a Mesa, Tião Viana chamou o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, José Tariki; o 1º vice-presidente da entidade, Carlos Oscar Uebel;e os presidentes de honra da sociedade, professor Liacyr Ribeiro, e da regional do Distrito Federal, Ognev Meireles Cosac.
Ao discursar, Heráclito Fortes enfatizou que a entidade representa um foro de excelência da medicina plástica que, nos dias de hoje, está muito mais voltada para a recuperação de acidentados e desfigurados do que para a medicina estética.
O senador lembrou que o expoente mais importante da medicina plástica no Brasil, o professor Ivo Pitanguy notabilizou-se com o atendimento às vítimas de um incêndio num circo de Niterói, em 1961, que deixou mais de 2.500 pessoas feridas, com queimaduras graves. O cirurgião organizou uma numerosa equipe com a finalidade de tratar as vítimas com técnicas inovadoras e eficientes, relatou Heráclito.
O parlamentar pelo Piauí saudou os integrantes do Congresso de Cirurgia Plástica que se realiza em Brasília, no momento, destacando que a cirurgia plástica devolve a saúde física e psicossocial aos doentes. Ele reconheceu o caráter inovador e pioneiro que marca a especialidade no Brasil durante esses 60 anos de funcionamento da entidade representativa.
Para o senador Papaléo Paes (PSDB-AP), o Senado precisa cuidar melhor do amparo legal aos profissionais que fazem cirurgia plástica no Brasil. Segundo apurou, 97% dos médicos que estão sendo alvo de processos legais no ramo da cirurgia plástica não têm título de especialista no ramo.
Papaléo lembrou o alcance social da cirurgia plástica em relação a problemas de má-formação, como o lábio leporino, e à reconstituição de doentes e acidentados, como as mulheres que precisam de reconstrução mamária, decorrente da mastectomia, e das vítimas de escalpelamento, um problema típico da Amazônia.
Segundo o senador pelo Amapá, já existem milhares de pessoas que, atingidas pela rotação do motor ou das hélices de barcos, perdem o couro cabeludo, partes da pele e das orelhas. Ele defendeu a necessidade de o Sistema Único de Saúde (SUS) responsabilizar-se pelos custos das cirurgias plásticas necessárias para restaurar a auto-estima desses acidentados.
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